A performance
do agronegócio brasileiro neste ano de 2009,
período onde o mundo todo ainda tentava se recuperar
da crise econômica deflagrada a partir de setembro
de 2008 foi, de acordo com os diretores da Revista Rural,
motivo de comemoração. O mercado
não tomou conhecimento da crise, passou por cima
das dificuldades de forma impressionante e inédita,
e isso fez com que os efeitos realmente fossem semelhantes
a uma marolinha, afirma o diretor de redação
da Revista Rural, Flávio Albim. Esse fato, aliado
a grande expressão conquistada pelo Top List
em suas duas últimas edições, levaram
a publicação a realizar este ano, pela
primeira vez, uma festa para a entrega do prêmio
às marcas e produtos que contam com a preferência
dos leitores da revista. Desse modo, de acordo com o
diretor, a festa realizada no final de novembro tem
duplo significado: Assim como o Top of Mind sempre
coincide com o aniversário da revista, a festa
do Top List Rural vai marcar também a comemoração
de um ano muito bom para todos os principais setores
do agronegócio, do pasto à lavoura, sem
distinção.
Essa confiança, entretanto, foi conquistada e
confirmada ao longo de todo o ano. No ano passado,
quando começamos a elaboração da
pesquisa, os efeitos iniciais da crise ainda eram muito
recentes, o que gerou certa apreensão quanto
aos resultados. Para nossa satisfação,
nada aconteceu, o mercado mostrou maturidade e este
ano, sedimentamos o Top List como mais uma referência
importante do setor, garante Albim.
A maciça adesão dos leitores é
apontada pela diretora comercial da Revista Rural, Ana
Carolina Albim, como outro fator positivo: Mais
uma vez nosso leitor reagiu de forma interessada no
trabalho desenvolvido. Dos 1.500 questionários
enviados aos leitores selecionados para participarem
da eleição deste ano, a revista recebeu
de volta 1.180 preenchidos, uma adesão de quase
79% que, embora seja um pouco inferior a registrada
em 2008, ainda é extremamente expressiva.
A amostragem procurou respeitar a distribuição
da revista por todas as regiões do país,
com maior peso para a região Sudeste, com 37%.
Participação expressiva também
teve a região Centro-Oeste, com 31%. O Sul respondeu
com 19% e o Norte e Nordeste com 13%. Quarenta e oito
por cento dos entrevistados tinham a pecuária
como atividade principal e 52% com seu trabalho mais
voltado para a agricultura. Vale lembrar, porém,
que todo pecuarista é, de certa forma, também
um agricultor, e vice versa, explica a diretora
comercial. Este ano no mapeamento da amostragem teve-se
o cuidado de atribuir uma parcela das respostas a pequenos
proprietários de terra e participantes de programas
voltados para a agricultura familiar. É
uma fatia do agronegócio brasileiro que vem ganhando
cada vez mais expressão e importância,
seja na produção de alimentos ou na aquisição
de produtos e insumos para sua atividade comercial,
justifica Ana Albim.
Essa preocupação com o mercado representado
pela agricultura familiar vem movimentando os profissionais
de marketing e de vendas das principais empresas que
atuam no agronegócio. Várias delas, inclusive,
vem criando não apenas condições
especiais de venda para atender este mercado, mas, principalmente,
vem criando linhas de produtos exclusivas para este
consumidor. A maioria das grandes montadoras de máquinas
agrícolas já incluiu em sua linha, por
exemplo, tratores de menor porte, voltados para pequenas
áreas e uso misto, atendendo produtores de leite,
fruticultores, e várias outras atividades comuns
a pequenas propriedades. Os programas de incentivo à
produção e a tecnificação
da atividade rural, criados pelo governo federal (como
o Mais Alimentos, entre outros) tem papel importante
nessa mudança do mercado.
E não se pense que o pequeno produtor tem um
nível de exigência proporcional ao tamanho
do seu negócio. Fazendo conta de cada centavo
aplicado na lavoura ou no pasto, o empresário
da agricultura familiar tem hoje elevado nível
profissional, controle de todos os custos produtivos
na ponta do lápis e quer eficiência e resultados
imediatos em cada melhoria que vai fazendo em seu pedaço
de terra. A própria concorrência das empresas
nesse novo nicho faz com que todas elas busquem excelência
e qualidade em seus produtos, não apenas como
forma de sucesso, mas como condição de
sobrevivência.
Poucas novidades
Apenas uma categoria
estreou em 2009. Foi a de Defensivos para pastagem,
conquistada pela Dow, a exemplo do que já vinha
acontecendo na outra pesquisa da Revista Rural, o Top
of Mind. Embora no Top List só sejam considerados
os vencedores da cada categoria, um fato a se destacar
é que a segunda colocação obtida
na categoria defensivos para pastagem foi atribuída
a um produto da própria Dow, o Tordon, que ficou
a apenas 2% de distância do primeiro lugar. Outras
empresas também registraram dobradinha em suas
categorias, casos da Tortuga (com Fosbovi em segundo)
e Gerdau (com o arame Elefante). Entretanto, as distâncias
entre as colocações foram bem maiores.
Uma única empresa saiu do Top List com três
vitórias, em três categorias diferentes.
A façanha, já realizada também
no ano passado, ficou por conta da Pfizer, que venceu
em Vermífugos (com Dectomax), em Vacinas Reprodutivas
(com CattlaMaster) e em Vacinas, com o próprio
nome Pfizer. Várias obtiveram duas conquistas:
a Coimma (com Troncos e Balanças), a Merial (com
Carrapaticida e Anti Mosca-dos-Chifres, ambos vencidos
pelo produto Topline), a Monsanto (com Agroceres em
sementes e Roundup em Herbicidas), Honda (com motobombas
e roçadeiras), Delaval (com ordenhadeiras e tanques
de resfriamento) e a Bayer, que venceu em uma categoria
ligada a agricultura (inseticidas) e outra ligada a
pecuária (anti-mastítico).
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Resultado
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• Semente AGROCERES (41%)
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• Defensivos para pastagem
DOW (18%) |
• Semente p/ Pastagem
MATSUDA (53%) |
• Herbicida
ROUNDUP (24%) |
• Fungicidas
ÓPERA (19%) |
• Inseticida
BAYER (39%) |
• Tratamento de Semente
CRUISER (13%) |
• Sistema Pulverização
JACTO (23%) |
• Fertilizantes
MANAH (51%) |
• Irrigação
VALLEY (24%) |
• Colheitadeira
NEW HOLLAND (21%) |
• Colhedora de cana
- CASE (18%) |
• Enfardadeira
NOGUEIRA (9%) |
• Trator
MASSEY (36%) |
• Colhedora Forragem
JF (5%) |
• Plantadeira
JOHN DEERE (26%) |
• Silo
KEPLER WEBER (34%) |
• Arame
GERDAU (54%) |
• Tela
BELGO (14%) |
• Motoserra - STHIL
(18%) |
• Balança
COIMMA (33%) |
• Tronco
COIMMA (34%) |
• Ração
PURINA (55%) |
• Sal Mineral
TORTUGA (53%) |
• Inseminação
LAGOA (43%) |
• Brinco
ANIMALLTAG (18%) |
• Ordenhadeira
DE LAVAL (21%) |
• Tanque Resfriamento
DE LAVAL (7%) |
• Antibiótico
AGROVET (16%) |
• Estimulador de Cio
CIOSIN (55%) |
• Anti Môsca do Chifre
TOPLINE (21%) |
• Carrapaticida
TOPLINE (19%) |
• Vermífugo
DECTOMAX (37%) |
• Vacina
PFIZER (24%) |
• Vacinas reprodutivas
- CATTLEMASTER (9%) |
• Vacinas para aftosa - COOPERS
(13%)
|
• Anti-mastítico
BAYER (28%) |
• Crédito Rural
BANCO BRASIL (58%) |
• Banco privado BRADESCO
(23%) |
• Picape
HILUX (29%) |
• Caminhão
VOLKSWAGEN (27%) |
• Pneus Agrícolas
FIRESTONE (23%) |
• Roçadeira
HONDA (6%) |
• Motobomba
HONDA (9%) |
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