Ainda
sem ter os dados consolidados de 2011, os principais setores
de insumos como defensivos e fertilizantes avaliaram o ano
passado com um período que deverá trazer saudades.
Ambos os setores foram impulsionados pelos resultados de remuneração
da lavoura brasileira, especialmente, as commodities de maior
expressão no comércio externo.
"No ano passado, o valor das commodities", diz Eduardo
Daher, diretor-executivo da Associação Nacional
da Defesa Vegetal (Andef), "sobretudo sobre as principais
do País, como soja, milho e algodão, teve alta
de preços. Essa maior renda, refletiu em maior cuidados
com a lavoura.
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Então,
a correlação entre preço de commodity
e defensivos, fertilizantes, calcário e sementes é
total. Quanto mais o indivíduo ganha mais ele investe
naquilo que é a renda futura dele".
A estimativa para o setor de defensivos agrícolas no
Brasil é que 2011 gire em torno de US$ 8,2 bilhões
e US$ 8,5 bilhões. De acordo com Daher, o resultado
de US$ 8,2 bi já é o maior dos últimos
três anos. Em comparação com 2010, que
fechou em US$ 7,3 bi, o crescimento previsto foi deve ser
de 11%.
Em alguns aspectos, o crescimento trouxe maior força
no uso de produtos de melhor qualidade técnica em detrimento
a formulações genéricas. "O Estado
de Mato Grosso deve ser, pela oitava vez consecutiva, o maior
consumidor; herbicida o grande produto, em função
da soja, e esta, como sempre, a cultura que mais demandante,
que deve corresponder de 40% a 44%", prevê Daher.
Para o próximo ano, o representante da Andef estima
um período positivo mas de muita cautela, em função
das preocupações climáticas, que já
baixaram as perspectivas da safra 2011/2012. Nesse sentido
o setor estima um crescimento de 3% em relação
a 2011.
Fertilizantes
No compasso da área de defensivos, caminhou o setor
de adubos e fertilizantes. A estimativa realizada pela RC
Consultores, a previsão de entregas de fertilizantes
em 2011 será da ordem de 28 milhões de toneladas,
14,2% a mais que os 24,516 milhões de toneladas entregues
em 2010. "Isso representaria o recorde histórico
do setor que, por sua vez, já foi quebrado quando consideramos
o volume real entregue até novembro de 2011, que foi
de 26,510 milhões de toneladas", avalia David
Roquetti Filho, diretor executivo da Associação
Nacional para Difusão de Adubos (Anda).
A produção nacional, de janeiro a novembro de
2011, foi de 9,030 milhões de toneladas, ou seja, 4,04%
superior às 8,679 milhões produzidas no mesmo
período de 2010.
Sem tecer perspectivas futuras, a Anda se baseia no estudo
da RC Consultores, que estima que o volume de entregas de
fertilizantes para 2012 deve ser igual ao de 2011.
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