do
Paraná (Iapar). A
raça, classificada como bovino composto, nasceu de
cruzamentos sucessivos e controlados envolvendo animais puros
das raças Aberdeen Angus, Canchim, Caracu e Charolês.
Assim como as demais, sejam elas puras, rústicas, cruzadas
e adaptadas, o Purunã se torna mais uma opção
de animal capaz de produzir carcaças de elevado padrão,
com baixo custo e que fica pronta para abate em pouco tempo.
Pela contagem do Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento (Mapa), o Brasil chega a um número
de 97 raças - isso considerando todas as aptidões,
como produção de carne e de leite. Segundo a
Embrapa Pecuária Sudeste, no Brasil, há cerca
de 60 que podem ser exploradas para produção
comercial de carne bovina. Dessas, formam-se os grupos tanto
voltado para raças zebuínas, como o nelore,
assim como para raças taurinas.
Em meio a tantas opções, a riqueza em material
genético também gera inúmeros trabalhos
de pesquisa e de melhoramento com foco numa produção
de carne economicamente viável, socialmente justa e
ambientalmente responsável. A partir disso, então,
que rumos podem-se destacar do trabalho de seleção
do País? A resposta não é tão
simples, mas, ao que tudo indica, há espaço
para todos, desde que estes sigam alguns passos para o sucesso
da raça que queiram conduzir.
Na gênese do melhoramento
Eduardo Biagi, selecionador e presidente da Associação
Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ), é um dos personagens
que contam um pouco sobre a trajetória do melhoramento
de gado, especificamente numa das raças mais difundidas
no País, como a raça nelore. Na criação
de gado, ele começara em 1971, em Ribeiro Preto
(SP), época em que nem se falava em programas de melhoramento.
Foi então a partir da década de 1980 que o tema
começou a ser introduzido e aí a passou a dar
novos rumos criação.
"Um dado que eu vi, dia desses", relembra, "e
que prova a qualidade do melhoramento feito até pelo
julgamento de pistas. Em 1970, foi o primeiro ano que se começou
a pesar os animais antes de entrar em pista em Uberaba (MG),
na Expozebu, evento que existe desde 1937. Então eu
busquei a pesagem daqueles animais - de oito a nove meses.
Em média, eles giravam em torno de 230 quilos (kg).
O ano passado, pegando animais da mesma idade, deu 436 kg.
Houve um incremento de 84% de peso. Nesses 41 anos, evidentemente,
essa diferença não foi só a questão
genética, mas também pela parte de manejo e
alimentação. No entanto, 70% desses ganhos estão
relacionados ao melhoramento genético", destaca
o selecionador.
Assim que começou a surgir os programas de melhoramento,
Biagi entrara logo no da Universidade de São Paulo
(USP). A partir dele, a seleção se baseou em
três critérios - peso, habilidade maternal e
perímetro escrotal dos machos. "Esta última,
dentro das três, era a mais importante - na qual se
relaciona a fertilidade. Então, mediam-se os testículos
dos machos de três em três meses. Daí,
são feitas análises estatísticas e comparativas
entre indivíduos do mesmo grupo contemporâneo,
ou seja, animais do mesmo sexo, mais ou menos da mesma idade
e que so tratados sob o mesmo tipo de manejo".
Com base nos dados, são feitos os acasalamentos dirigidos,
para então fixar as boas qualidades ou as qualidades
desejadas para a produção de carne. "Então,
separávamos a vaca tal que era boa para peso e fertilidade,
mas em termos de habilidade materna, deixava a desejar. Esta
era cruzada com um touro tal que imprimia em sua cria habilidade
maternal superior'. Dessa forma o produtor começou
a perceber os resultados e a importância de um trabalho
bem feito, além de também lidar com algo bem
maior e mais complexo, e que muitas vezes não traz
o resultado que se espera. "Muitas vezes você fica
perdido, pois há resultados que você melhora
um animal e piora outro. No programa de melhoramento lá
da USP, tinha sempre escrito nos papéis, 'não
basta participar de um programa de melhoramento para fazer
o melhoramento' - isso porque você tem de ter números
com qualidade", ressalta Biagi.
Mesmo com a criação caminhando então
pelos índices gerados na diferença esperada
de progênie (DEP), o 'olho' do criador também
não deve ser esquecido. De acordo com o pecuarista
este item é de fundamental importância para o
desenvolvimento da seleçãopois revela um conhecimento
maior do que dizem apenas os números. "Se eu entregar
um rebanho, com todos os dados de melhoramento genético,
para um criador que tenha essa sensibilidade, que tenha esse
'olho', ele vai, com certeza, levar esse gado a um patamar
muito melhor do que outro que não tiver essa sensibilidade.
Falamos, então, de selecionar uma raça, e as
características raciais não são matemáticas".
Para ilustrar esse tal 'olho', Biagi conta a história
de como o açougueiro, 'Paulo', lá da região
de Ribeirão, que comprava os animais para abate, sem
o uso da balança, pois não havia isso nas fazendas
naquela época. Só de olhar para a rês,
ele já estimava o peso dela e assim o preço
a ser pago. Numa dessas vezes, Biagi, já com uma balança,
fez o teste. Na ocasião ele havia superestimado a pesagem,
mas na maioria das vezes ele acertava. "Então,
esse sentido era mais aguçado nos criadores de antigamente,
os mais tradicionais e importadores de genética. Estes
não tinham programa de melhoramento, muito menos peso,
e, mesmo assim, selecionavam. Conheço alguns que só
de bater o olho no animal, já sabem se pariu ou não
pariu, quando perdeu a cria, quantas crias tem. O problema
é que isso é feito cada vez menos. O ideal seria
a conjunção tanto do 'olhar' como da análise
dos números".
Da pista ao pasto
Biagi não era filho de criadores, então teve
de começar do zero, buscando informaçoes de
todos que estavam na área. Logo percebeu que havia
duas classes distintas de criadores na raça nelore
- o purista, aquele criador tradicional e importador da raça
no País, e o técnico, aquele prezava o peso
na balança. Isso chegou a gerar críticas sobre
os julgamentos que se faziam em pista, os quais eram feitos
basicamente pela análise das características
raciais e não dava valor para o peso. "Hoje se
inverteu isso, e a crítica que se faz agora é
que dão muito valor para peso em detrimento às
características raciais".
Para o presidente da ABCZ, a supervalorização
do peso chegou a tal ponto que os animais ficaram exageradamente
grandes. Característica que não colabora em
nada quando esse animal é introduzido no pasto. "Até
1985, eu só criava seletivo. Depois, fui pra Mato Grosso
e iniciei um projeto de cria, recria e engorda. A partir de
ento, mudei muito os meus conceitos. O animal grande
pode até ganhar bastante prêmio, mas quando chega
lá para correr atrás de uma vaca no campo, se
torna muito exigente, tardio e sem saúde. Acho que,
nesse caso, a pista precisa refletir o que se vive lá
no campo, pois o macho que se seleciona lá será
o avô do bezerro de corte", avalia. Um fato marcante
na história do selecionador paulista esteve relacionado
com um dos touros que então mudaria o conceito da seleção
genética do nelore, o Gim de Garça. Segundo
Biagi, o animal era muito bonito, tinha performance, era pesado
e musculoso. Sem titubear, ele usou bastante essa genética.
Foi justamente no ano em que se começava a pesar os
animais.
Por outro lado, a maioria dos criadores puristas não
usava o Gim de Garça, pois dizia que o animal estava
fora do padrão racial. Posteriormente, Biagi, ganhara
muitos prêmios com os filhos dele, e, aos poucos, o
touro então conquistaria o seu devido lugar de destaque.
"Lembro-me que fui fazer uma propaganda do gado e, aí,
cunhei uma frase que uso até hoje, como mote da criação
- "eu crio com um olho na balança e o outro na
pista". Então acho que a seleção
tem de ser assim", destaca.
Herança de família
Noutro canto do País, mais especificamente em Marilândia
do Sul (PR), há cerca de 60 anos, outro projeto pecuário
era iniciado, o objetivo era garantir a produção
de rebanho de alta performance a partir das raças nelore
e limousin. Quem conta um pouco dessa história é
Luiz Meneghel Neto, da Agropecuária 3M. A criação
pecuária passara de seu avô para seu pai e, por
fim, para ele. A intensão era voltada tanto para a
produção de gado comercial e de seleção.
"Especificamente na raça limousin, os trabalhos
iniciaram em 1975, e tinha por objetivo melhorar o desempenho
da raça nelore. Nesse período a raça
tinha resistência, mas ainda não tinha a performance
necessária para confinamento", diz Meneghel.
Diante de alguns resultados feitos a partir dessas duas raças,
o grupo conseguiu perceber um ganho significativo no rebanho
comercial. "Paralelo a isso, então, começamos
a fazer um trabalho tanto com a raça nelore e limousin,
a partir de animais puros e programas de absorção",
destaca.
A busca por melhores índices levara o produtor a estar
constantemente ligado às questões de desempenho,
avaliações morfológicas e programas de
DEP. O próximo passo foi fazer parte do programa de
melhoramento genético coordenado pela Embrapa Gado
de Corte, o Geneplus. "Há cerca de sete anos,
participamos desse programa, no qual é estabelecido
um critério de avaliação de carcaça.
Antigamente, essas duas raças tinham um estigma de
serem difíceis de serem terminadas, além de
não apresentarem marmoreio [a gordura entremeada na
carne]. Dentro desse período, nós conseguimos
detectar linhagens dentro dessas duas raças, em que
há então exemplares de altíssimo marmoreio",
testifica Meneghel. Esse incremento resultou na produção
de animais com média de marmoreio e gordura superficial
superior à média do rebanho nacional. Em marmoreio,
por exemplo, o índice atingido é de 3%, ao passo
que Brasil afora, essa média gire em menos de 2%, segundo
o selecionador.
Aliado a isso, as avaliações de quantidade de
musculatura na carcaça mostram que o trabalho de lapidação
do gado é possível quando há o uso adequado
de ferramentas e tecnologias que possam guiar a produção.
Entre elas, o paranaense cita as próprias DEPs como
um diferencial para a obtenção desses resultados.
"Hoje, no mercado, com todo o avanço da tecnologia,
se consegue detectar, via genótipo de animais e análise
de genes, os animais melhoradores em certas características.
Isso tem, de uma forma muito consistente, trazido ganhos significativos
para os animais. Ganhos que chegam em média a 10% em
performance de terminação, precocidade e reprodutiva",
contabiliza. "Há 15 anos, se você falasse
que ia abater um boi com três anos de idade, isso seria
uma heresia. Agora, vários pecuaristas fazem abate
com 24 meses ou 30 meses".
DEP versus morfologia
Para o pecuarista, falar em seleção é
ter de aliar tanto os dados quanto os aspectos físicos
do animal - isso seria a maneira ideal para se conduzir um
trabalho de melhoramento genético. "Mas muitas
vezes isso não é possível", pondera.
"Há momentos que as características morfológicas
não são de fato a que você quer, pois
a prioridade estaria na produção comercial,
e esta exige performance em lucro. Nesse caso, o produtor
de touro para um rebanho comercial vai estar muito focado
em DEP".
Do mesmo jeito um animal de pista, que é 'show', pode
também mostrar-se eficiente em termos de DEP. "Se
você vai para um julgamento lá fora, como nos
Estados Unidos, por exemplo, a DEP faz parte do catálogo
de cruzamentos. No qual mostra os bons animais. Mas na hora
ali, você estará julgando o animal mais correto
morfologicamente. Se eu tiver dois animais parecidos morfologicamente,
irei no que tiver as melhores DEPs. Se estou julgando duas
fêmeas que são parecidas, uma que tenha um bezerro
ao pé, maravilhoso, e outra que tenha um bezerro horrível
ao pé - o prêmio vai para aquela que estiver
com o bezerro lindo, isso revela que essa vaca, além
de ser boa morfologicamente, é uma excelente matriz".
Seleção genética
Para Meneghel muitos são os avanços que podem
auxiliar o pecuarista atualmente na seleção
do rebanho. Aí se inserem os marcadores moleculares
e, mais recentemente, o sequenciamento do genoma zebuíno.
Na opinião do pecuarista, elas seriam ferramentas úteis
para se errar menos. "Genética não é
um procedimento matemático. Ao cruzar esses dois seres
- com códigos genéticos totalmente distintos
- os genes desses animais se combinam, e aí nasce um
terceiro indivíduo. Pegamos novamente esses dois indivíduos
e os cruzamos. Dessa vez, você pode ter no quarto indivíduo
uma carga genética diferente", exemplifica.
Mesmo diante de números, dados estatisticos e mensurações,
a seleção a partir de DEPs e marcadores genéticos
pode pregar alguma peça. "Quer dizer, o uso de
todos os recursos que passamos a ter hoje faz com que tenhamos
uma certeza maior do que aquilo que fazíamos sem informação
alguma. Tanto que há animais em exposição,
que são um show, aí você cruza, aí
vem uma produção fantástica, e você
faz o cruzamento novamente e, aí, vem um indivíduo
que não é aquilo que você esperava".
Enfim, essas são as regras do jogo - o importante é
saber como dar as cartadas na hora certa.
Respaldo científico
Diante de todas as questes de sensibilidade do olhar,
de peso dos animais, acompanhamento dos índices zootécnicos
e genotópicos, uma coisa é certa - a seleção
genética tem de ser desenvolvida dentro de um contexto
na qual ela se prove efetivamente sustentável e eficiente,
senão o trabalho estaria fadado a não vingar
- seja com o zebu, o taurino e o cruzado. O pesquisador da
Embrapa Gado de Corte e coordenador do Geneplus, Luiz Otávio
Campos da Silva, explica que, seja qual raça for, se
o trabalho for conduzido da melhor maneira é possível
chegar a resultados satisfatórios em termos de melhoramento
genético. Nesse caso é preciso que o pecuarista
entenda ou procure entender sobre esse processo, que não
é matemático, mas tem numeros e que é
estatístico, mas é bem variável. "Baseamos
no índice de Qualificação Genética
(IQG), no qual construímos um global [de referência]
e o criador pode chegar a construir junto conosco o índice
que mais convir à fazenda dele. A gente pensa sempre
assim, o objetivo do negócio dele é a produção
de carne. O melhoramento genético seria então
uma das coisas que fariam parte da atividade dele".
Nesse sentido são estabelecidos os critérios
de seleção para que o produtor alcance seus
objetivos, baseando-se nisso numa só característica
ou num grupo delas. A partir desse trabalho são avaliados
os animais que adequam à categoria de reprodutores,
doadoras ou matrizes. "Existem raças para corte,
leite e dupla aptidão (corte e leite). Qual a melhor?
Eu costumo dizer, se tem muita gente criando, então
ela realmente deve trazer uma resposta maior. Tanta gente
criando essa raça não pode ser ruim... Agora,
a combinação de raças, que é o
cruzamento também é importante. E eu não
considero só uma raça. Isso vai depender do
foco da pessoa", avalia.
O poder da cruza
Num cruzamento, de acordo com o pesquisador, há soma
de forças num mesmo indivíduo. Pode haver animais
que são pouco adaptados só que produtivos, assim
como pode também ter animais muito adaptados e pouco
produtivos. "Em termos gerais, entre os adaptados, já
fiz a seleção e os tornei mais produtivos e,
na outra ponta, com os produtivos, fiz a seleção
e os tornei ainda mais produtivos. Posso combinar aí
essas duas forças numa força só".
Esse tipo de seleção tem um foco especial -
o confinamento, linha intensiva de produção
pecuária na qual o gado cruzado se mostra mais produtivo
em termos de rapidez de retorno. No entanto, de acordo com
Silva, esse nmero de produtores que optam pelo cruzamento
ainda é bem pequeno. E há casos que a produção
não se sustenta pelo próprio ambiente na qual
a criação é colocada.
"Com as ondas de cruzamentos pelo País, um produtor
chega a concluir que isso é de fato a solução
para tudo! Mas, nisso, na propriedade dele, já havia
um quadro de degradação de pastagem e um nelore
pesando menos que outrora. Aí, ele insere o cruzamento.
O que vai acontecer? Vai ser pior ainda! Porque um animal
que cresce mais, não vai crescer só de 'vento',
ele cresce mais porque estará demandando mais".
Outro aspecto é também a falta de critério
para a seleção dos touros cruzados, pois não
são todos que, aparentemente, apresentem testículos
grandes que efetivamente serão touros. A partir daí,
a seleção irá desandar. Esse gado cruzado
não expressará seu potencial e o produtor terá
comprometido seu programa de melhoramento genético.
"Mas há quem permanece e são justamente
aquele que procura conhecer melhor o que está produzindo
e a tecnologia", destaca.
Para dar certo, a seleção de gado cruzado também
se deve pautar ambas as raças que são trabalhadas.
O cruzado, nesse caso é o animal final. "Posso
ter uma cruza de zebuíno com taurino, se eu quero ter
um cruzamento específico para fêmeas para serem
melhores mães do que as zebuínas, por exemplo".
No entanto, para chegar nesse ponto, é fundamental
o conhecimento das raças a serem trabalhadas, bem como
saber se há o ambiente adequado para que se faça
acontecer, de fato, o melhoramento genético na propriedade.
No aspecto de sustentabilidade, por exemplo, essa tecnologia
aliado ao confinamento torna-se bastante interessante, na
opinião do pesquisador da Embrapa Gado de Corte, pois
se intensifica a produtividade, abrem-se mais espaços,
nos quais podem ser conduzidas lavouras de grãos como
milho e soja, e a terminação dos animais será
mais rápida. Neste aspecto menos gases de efeito estufa
(GEE) seriam emitidos no fim das contas.
Genética dez, valorização zero
Em suma, os rumos para pecuária de corte no País
são imensos e com boas expectativas para todos os lados
e raças. Mas ainda há lutas que precisariam
ser vencidas que realmente estimule a qualidade na produção,
que é basicamente uma classificação de
carcaça para remunerar todo esse trabalho do produtor
em se aprofundar tanto em melhoramento genético no
País. "Somos o único País do mundo
que não tem nenhum tipo de classificação
de carcaça", frisa Biagi. "Por exemplo, um
novilho precoce, abatido com 18 a 20 meses, aqui no Brasil,
é vendido pelo mesmo preço de um touro velho
que você vai matar com uns 15 anos de idade. Até
o Paraguai tem um tipo de classificação. Na
Argentina, por exemplo, não tem só dois preços
de boi... Tem oito"!
Sem remuneração, o produtor acaba fazendo de
qualquer jeito. Não bastasse isso, a indústria
também acaba prejudicando as carnes que têm com
abates errados, resfriamento e cortes inadequados. "Nós
somos muito burros mesmo, né! Nem sei porquê
a gente faz isso", desaba Biagi, de forma bem humorada.
"Às vezes penso nisso, mas vamos de teimosia.
É uma pena, realmente, porque a pecuária brasileira
é muito poderosa - é a maior exportadora e com
o maior rebanho comercial do mundo".
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