Uma
Expointer realizada inteiramente dentro de um clima sereno
e de otimismo para o setor. Os bons ventos que sopram a favor
da economia brasileira e principalmente, do agronegócio
verde-amarelo, a despeito da crise instalada em boa parte
do planeta, se refletiram nos números obtidos pela
feira gaúcha. O volume de pedidos de financiamento
junto aos bancos presentes para a compra de máquinas
e equipamentos superou a casa de R$ 1 bilhão, feito
inédito e que encheu de otimismo o Mercado. Em leilões,
foram comercializados 2.147 animais, entre bovinos, ovinos
e equinos, faturando ao todo R$ 11,719 milhões. Até
mesmo a bilheteria apresentou salto gigantesco na arrecadação,
passando de pouco mais de R$ 700 mil (obtidos em 2010) para
R$ 2,184 milhões. Curiosamente, os números oficiais
de visitantes no Parque Assisi Brasil registrou um ligeiro
recuo, passando de 561 mil para 456.365.
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A
Agricultura familiar, artesanato e pequenos comerciantes também
celebraram a evolução dos negócios em
relação à edição anterior.
As vendas de produtos artesanais superaram 2010 (que registrou
R$ 1,05 milhão) e somaram R$ 1,25 milhão. Já
a area reservada aos produtos oriundos da Agricultura Familiar
aumentou em mais de 20%, com R$ 1,050 milhão. No ano
anterior, o setor vendeu R$ 800 mil.
Ao considerar uma "grande Expointer", o secretário
da Agricultura do Rio Grande do Sul, Luis Fernando Mainardi
disse que os resultados obtidos este ano produzem otimismo
ao agronegócio gaúcho. O secretário frisou
o clima de cordialidade e diálogo que predominou entre
os expositores na Feira. "Não encontramos nenhum
segmento econômico aqui dentro reclamando, chorando,
lamentando, dizendo que não tem futuro", observou,
acrescentando que o setor arrozeiro superou uma das crises
mais sérias dos últimos tempos e reforçou
a crença no futuro da orizicultura.???
Mainardi reconheceu, no entanto, que três questões
devem nortear a pauta da administração da Expointer
para melhorias no Parque: drenagem, acesso e ampliação
dos pavilhões. O assunto será tratado pelo governador,
com o Governo Federal, e com o ministro da Agricultura, Mendes
Ribeiro Filho. "Vamos iniciar um conjunto de obras já
previstas como, por exemplo, as de drenagem. Assim que nós
encaminharmos o processo licitatório", disse.
Vitrine
de novidades
A
Expointer também manteve a tradição de
ser um palco importante para o lançamento de novos
produtos e tecnologias voltadas ao aumento da produção.
Desde as gigantes do setor até empresas de menor porte
tiveram novidades para mostrar aos visitantes. A Ipacol máquinas
agrícolas, por exemplo, trouxe para a feira a primeira
Colhedora de Forragem Autopropelida totalmente brasileira.
A CFA 2000 Ipacol traz um novo conceito de funcionamento e
desempenho insuperável em qualquer condição
de trabalho, somando ainda diferentes aplicações
exclusivas do equipamento.
Conforme explica o Diretor da área de desenvolvimento
de produtos, Carlos Antoniolli, "esta é a única
máquina forrageira nacional autopropelida concebida
para trabalhos em médias e grandes propriedades, graças
a sua alta produtividade e qualidade de trabalho". Segundo
o Diretor Comercial da empresa, Luis Carlos Parise, a CFA
2000 Ipacol levou dois anos de trabalho em pesquisa e desenvolvimento
e significou um investimento da empresa na ordem de R$ 3,5
milhões. "Nós acreditamos muito no segmento
de animais confinados, é um mercado que está
em franco crescimento e vai se expandir bastante", ressalta
Parise. Ele acredita nisto a partir dos resultados obtidos
na empresa em 2010 e no primeiro semestre de 2011. "O
ano de 2010 foi o melhor ano da IPACOL até então,
tanto em faturamento como em máquinas produzidas. No
primeiro semestre de 2011 tivemos um crescimento de 22% em
relação ao primeiro semestre de 2010".
A CFA 2000 Ipacol possui um índice de 70% de nacionalização.
A plataforma de corte possui dois metros de largura e é
equipada com dois tambores de grande potência, fabricada
pela Pöttinger, através de uma parceria com a
Ipacol. Tem ainda como opcional uma segadeira de discos com
condicionador de rolos e largura de trabalho de 3,20 metros.
O motor é Mercedes-Benz de 245 cv, eletrônico
de última geração e baixo consumo. "E
ela mesma pode rebocar o vagão forrageiro, onde será
guardado o produto colhido", assinala Antoniolli.
A renovação da linha de tratores, com novos
modelos tanto na faixa de menor potência como na de
maior porte, foi o destaque da John Deere na mostra gaúcha.
Segundo João Pontes, diretor de Marketing para América
Latina, a aposta nos novos lançamentos reflete-se diretamente
no ritmo de produção da fábrica de Montenegro,
que duplicou o número de modelos produzidos desde 2008,
ano de sua inauguração. "A fábrica
produzia então oito modelos e, com os novos lançamentos,
já estamos oferecendo aos agricultores 16 modelos diferentes
de tratores produzidos no Brasil", ele afirma.
Para Alfredo Miguel Neto, diretor de Assuntos Corporativos
para América Latina, a diversificação
de produtos e serviços acompanha a estratégia
global da empresa. "Investimos no mundo US$ 2,7 milhões
em pesquisa e desenvolvimento todos os dias. E aqui no Brasil,
com nossa ampla rede de concessionários, somando hoje
214 pontos de venda, podemos oferecer cada vez mais acesso
às tecnologias agrícolas, contribuindo para
o aumento da produção no campo e resposta à
crescente demanda por alimentos", ele analisa.
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