publicação a realizar este ano, pela primeira
vez, uma festa para a entrega do prêmio às marcas
e produtos que contam com a preferência dos leitores
da revista. Desse modo, de acordo com o diretor, a festa realizada
no final de novembro tem duplo significado: Assim como
o Top of Mind sempre coincide com o aniversário da
revista, a festa do Top List Rural vai marcar também
a comemoração de um ano muito bom para todos
os principais setores do agronegócio, do pasto à
lavoura, sem distinção.
Essa confiança, entretanto, foi conquistada e confirmada
ao longo de todo o ano. No ano passado, quando começamos
a elaboração da pesquisa, os efeitos iniciais
da crise ainda eram muito recentes, o que gerou certa apreensão
quanto aos resultados. Para nossa satisfação,
nada aconteceu, o mercado mostrou maturidade e este ano, sedimentamos
o Top List como mais uma referência importante do setor,
garante Albim.
A maciça adesão dos leitores é apontada
pela diretora comercial da Revista Rural, Ana Carolina Albim,
como outro fator positivo: Mais uma vez nosso leitor
reagiu de forma interessada no trabalho desenvolvido.
Dos 1.500 questionários enviados aos leitores selecionados
para participarem da eleição deste ano, a revista
recebeu de volta 1.180 preenchidos, uma adesão de quase
79% que, embora seja um pouco inferior a registrada em 2008,
ainda é extremamente expressiva.
A amostragem procurou respeitar a distribuição
da revista por todas as regiões do país, com
maior peso para a região Sudeste, com 37%. Participação
expressiva também teve a região Centro-Oeste,
com 31%. O Sul respondeu com 19% e o Norte e Nordeste com
13%. Quarenta e oito por cento dos entrevistados tinham a
pecuária como atividade principal e 52% com seu trabalho
mais voltado para a agricultura. Vale lembrar, porém,
que todo pecuarista é, de certa forma, também
um agricultor, e vice versa, explica a diretora comercial.
Este ano no mapeamento da amostragem teve-se o cuidado de
atribuir uma parcela das respostas a pequenos proprietários
de terra e participantes de programas voltados para a agricultura
familiar. É uma fatia do agronegócio brasileiro
que vem ganhando cada vez mais expressão e importância,
seja na produção de alimentos ou na aquisição
de produtos e insumos para sua atividade comercial,
justifica Ana Albim.
Essa preocupação com o mercado representado
pela agricultura familiar vem movimentando os profissionais
de marketing e de vendas das principais empresas que atuam
no agronegócio. Várias delas, inclusive, vem
criando não apenas condições especiais
de venda para atender este mercado, mas, principalmente, vem
criando linhas de produtos exclusivas para este consumidor.
A maioria das grandes montadoras de máquinas agrícolas
já incluiu em sua linha, por exemplo, tratores de menor
porte, voltados para pequenas áreas e uso misto, atendendo
produtores de leite, fruticultores, e várias outras
atividades comuns a pequenas propriedades. Os programas de
incentivo à produção e a tecnificação
da atividade rural, criados pelo governo federal (como o Mais
Alimentos, entre outros) tem papel importante nessa mudança
do mercado.
E não se pense que o pequeno produtor tem um nível
de exigência proporcional ao tamanho do seu negócio.
Fazendo conta de cada centavo aplicado na lavoura ou no pasto,
o empresário da agricultura familiar tem
hoje elevado nível profissional, controle de todos
os custos produtivos na ponta do lápis e quer eficiência
e resultados imediatos em cada melhoria que vai fazendo em
seu pedaço de terra. A própria concorrência
das empresas nesse novo nicho faz com que todas elas busquem
excelência e qualidade em seus produtos, não
apenas como forma de sucesso, mas como condição
de sobrevivência.
Poucas
novidades
Apenas uma categoria estreou em 2009. Foi a de Defensivos
para pastagem, conquistada pela Dow, a exemplo do que já
vinha acontecendo na outra pesquisa da Revista Rural, o Top
of Mind. Embora no Top List só sejam considerados os
vencedores da cada categoria, um fato a se destacar é
que a segunda colocação obtida na categoria
defensivos para pastagem foi atribuída a um produto
da própria Dow, o Tordon, que ficou a apenas 2% de
distância do primeiro lugar. Outras empresas também
registraram dobradinha em suas categorias, casos da Tortuga
(com Fosbovi em segundo) e Gerdau (com o arame Elefante).
Entretanto, as distâncias entre as colocações
foram bem maiores.
Uma única empresa saiu do Top List com três vitórias,
em três categorias diferentes. A façanha, já
realizada também no ano passado, ficou por conta da
Pfizer, que venceu em Vermífugos (com Dectomax), em
Vacinas Reprodutivas (com CattlaMaster) e em Vacinas, com
o próprio nome Pfizer. Várias obtiveram duas
conquistas: a Coimma (com Troncos e Balanças), a Merial
(com Carrapaticida e Anti Mosca-dos-Chifres, ambos vencidos
pelo produto Topline), a Monsanto (com Agroceres em sementes
e Roundup em Herbicidas), Honda (com motobombas e roçadeiras),
Delaval (com ordenhadeiras e tanques de resfriamento) e a
Bayer, que venceu em uma categoria ligada a agricultura (inseticidas)
e outra ligada a pecuária (anti-mastítico).
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