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TOP LIST 2009 - ELES SABEM DAS COISAS!:
rev 141 - novembro 2009

Representando os produtores rurais de todas as regiões do Brasil, leitores da revista escolhem pela nona vez suas marcas e produtos preferidos. A performance do agronegócio brasileiro neste ano de 2009, período onde o mundo todo ainda tentava se recuperar da crise econômica deflagrada a partir de setembro de 2008 foi, de acordo com os diretores da Revista Rural, motivo de comemoração. “O mercado não tomou conhecimento da crise, passou por cima das dificuldades de forma impressionante e inédita, e isso fez com que os efeitos realmente fossem semelhantes a uma marolinha”, afirma o diretor de redação da Revista Rural, Flávio Albim. Esse fato, aliado a grande expressão conquistada pelo Top List em suas duas últimas edições, levaram a

publicação a realizar este ano, pela primeira vez, uma festa para a entrega do prêmio às marcas e produtos que contam com a preferência dos leitores da revista. Desse modo, de acordo com o diretor, a festa realizada no final de novembro tem duplo significado: “Assim como o Top of Mind sempre coincide com o aniversário da revista, a festa do Top List Rural vai marcar também a comemoração de um ano muito bom para todos os principais setores do agronegócio, do pasto à lavoura, sem distinção”.
Essa confiança, entretanto, foi conquistada e confirmada ao longo de todo o ano. “No ano passado, quando começamos a elaboração da pesquisa, os efeitos iniciais da crise ainda eram muito recentes, o que gerou certa apreensão quanto aos resultados. Para nossa satisfação, nada aconteceu, o mercado mostrou maturidade e este ano, sedimentamos o Top List como mais uma referência importante do setor”, garante Albim.
A maciça adesão dos leitores é apontada pela diretora comercial da Revista Rural, Ana Carolina Albim, como outro fator positivo: “Mais uma vez nosso leitor reagiu de forma interessada no trabalho desenvolvido”. Dos 1.500 questionários enviados aos leitores selecionados para participarem da eleição deste ano, a revista recebeu de volta 1.180 preenchidos, uma adesão de quase 79% que, embora seja um pouco inferior a registrada em 2008, ainda é extremamente expressiva.
A amostragem procurou respeitar a distribuição da revista por todas as regiões do país, com maior peso para a região Sudeste, com 37%. Participação expressiva também teve a região Centro-Oeste, com 31%. O Sul respondeu com 19% e o Norte e Nordeste com 13%. Quarenta e oito por cento dos entrevistados tinham a pecuária como atividade principal e 52% com seu trabalho mais voltado para a agricultura. “Vale lembrar, porém, que todo pecuarista é, de certa forma, também um agricultor, e vice versa”, explica a diretora comercial. Este ano no mapeamento da amostragem teve-se o cuidado de atribuir uma parcela das respostas a pequenos proprietários de terra e participantes de programas voltados para a agricultura familiar. “É uma fatia do agronegócio brasileiro que vem ganhando cada vez mais expressão e importância, seja na produção de alimentos ou na aquisição de produtos e insumos para sua atividade comercial”, justifica Ana Albim.
Essa preocupação com o mercado representado pela agricultura familiar vem movimentando os profissionais de marketing e de vendas das principais empresas que atuam no agronegócio. Várias delas, inclusive, vem criando não apenas condições especiais de venda para atender este mercado, mas, principalmente, vem criando linhas de produtos exclusivas para este consumidor. A maioria das grandes montadoras de máquinas agrícolas já incluiu em sua linha, por exemplo, tratores de menor porte, voltados para pequenas áreas e uso misto, atendendo produtores de leite, fruticultores, e várias outras atividades comuns a pequenas propriedades. Os programas de incentivo à produção e a tecnificação da atividade rural, criados pelo governo federal (como o Mais Alimentos, entre outros) tem papel importante nessa mudança do mercado.
E não se pense que o pequeno produtor tem um nível de exigência proporcional ao tamanho do seu negócio. Fazendo conta de cada centavo aplicado na lavoura ou no pasto, o “empresário” da agricultura familiar tem hoje elevado nível profissional, controle de todos os custos produtivos na ponta do lápis e quer eficiência e resultados imediatos em cada melhoria que vai fazendo em seu pedaço de terra. A própria concorrência das empresas nesse novo nicho faz com que todas elas busquem excelência e qualidade em seus produtos, não apenas como forma de sucesso, mas como condição de sobrevivência.

Poucas novidades

Apenas uma categoria estreou em 2009. Foi a de Defensivos para pastagem, conquistada pela Dow, a exemplo do que já vinha acontecendo na outra pesquisa da Revista Rural, o Top of Mind. Embora no Top List só sejam considerados os vencedores da cada categoria, um fato a se destacar é que a segunda colocação obtida na categoria defensivos para pastagem foi atribuída a um produto da própria Dow, o Tordon, que ficou a apenas 2% de distância do primeiro lugar. Outras empresas também registraram dobradinha em suas categorias, casos da Tortuga (com Fosbovi em segundo) e Gerdau (com o arame Elefante). Entretanto, as distâncias entre as colocações foram bem maiores.
Uma única empresa saiu do Top List com três vitórias, em três categorias diferentes. A façanha, já realizada também no ano passado, ficou por conta da Pfizer, que venceu em Vermífugos (com Dectomax), em Vacinas Reprodutivas (com CattlaMaster) e em Vacinas, com o próprio nome Pfizer. Várias obtiveram duas conquistas: a Coimma (com Troncos e Balanças), a Merial (com Carrapaticida e Anti Mosca-dos-Chifres, ambos vencidos pelo produto Topline), a Monsanto (com Agroceres em sementes e Roundup em Herbicidas), Honda (com motobombas e roçadeiras), Delaval (com ordenhadeiras e tanques de resfriamento) e a Bayer, que venceu em uma categoria ligada a agricultura (inseticidas) e outra ligada a pecuária (anti-mastítico).


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