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ASSITÊNCIA DAS EMPRESAS - ALÉM DO BALCÃO
rev 140 - outubro 2009

Caras robustas, daquelas que vendem saúde. Um animal com medidas perfeitas e padrão de qualidade. Este é o retrato atual da pecuária brasileira. Além do gigantesco número de cabeças, o Brasil ainda produz um boi refinado que é motivo de orgulho para muitos pecuaristas, pelo País afora. Porém, para alcançar um padrão exigido pelo mercado (quanto à questão da carne), produtores têm recebido uma “ajudinha” extra, quando o assunto é manejo sanitário de seus rebanhos.
Nos últimos anos, pecuaristas vêm ganhando um “atendimento personalizado” – oferecido por empresas do segmento – e que vai muito além da venda de produtos, se estende desde a saúde

animal ao treinamento de funcionários, que atuam nas fazendas. O fato é que este serviço se transformou em uma ferramenta para produzir mais e melhor.
Há 15 anos, quando deu início à atividade leiteira, a Fazenda Liberdade se transformou. O que era hobby virou fonte de renda e hoje, a propriedade mantém uma alta produção de leite – com 370 cabeças (sendo 200 em lactação) numa área de 450 hectares – o motivo de orgulho para o pecuarista Domingos “Ico” Pignatari Neto. Localizada no município de Álvares Florença (distante a 500 quilômetros da capital paulista), a fazenda se tornou sinônimo de bons resultados. Em 2007, por exemplo, eram dois mil/ litros /diário, em 2008 alcançou os 3,5 litros, até chegar aos índices de hoje, 5,5 mil litros de leite/dia.
Os ganhos no aumento da produção e também na qualidade do leite foram partes de um investimento “pesado” em tecnologia, que o proprietário trouxe de fora, como o sistema de free-stall (utilizado pela maioria das grandes fazendas americanas). Neste método, 185 vacas holandesas são abrigadas dentro de um galpão semifechado, com todo o conforto possível. Lá, os animais se acomodam em colchões e recebe manejo diferenciado (dentro de um ambiente mais limpo e com temperatura controlada), o que favorece a produtividade das vacas. “A manutenção é barata e, com o tempo e experiência, temos aperfeiçoado ainda mais”, explica o pecuarista.
Além das novas instalações, que gerou retorno pra lá de positivo, houve também a aquisição de animais oriundos de boa genética. Fator importante para elevar os índices de produtividade, que vem crescendo desde 2006, quando os dados da fazenda começaram a ser detalhados. “Hoje, estamos satisfeitos com a produção, que é toda destinada a um grande laticínio. Agora, a meta da fazenda é dobrar a produção anual”.
Mas, para obtenção e a manutenção destes bons resultados, a Fazenda Liberdade aderiu a um atendimento personalizado de uma empresa, que atua em diversos segmentos do mercado de medicamentos veterinários, a Divisão de Saúde Animal da Pfizer.
A partir desta parceria, que se iniciou há três anos, a fazenda começou a receber uma assessoria técnica e se enquadrou num atendimento personalizado denominado pela empresa de Programa Estratégico de Geração de Demanda (PEGD). “Hoje todos os índices da propriedade são acompanhados diariamente. Qualquer problema que apareça, avisamos ao promotor que vem solucionar da melhor maneira possível”, enfatiza o veterinário da Fazenda Liberdade, Adriano Sueldon Leite.
De acordo com a promotora técnica da Pfizer, Adriana Tunin, o programa proposto pela empresa ajuda a própria companhia a conhecer e atender exatamente às necessidades de cada propriedade. “Com isto, é possível antecipar problemas e dar soluções. O promotor recebe todas as informações diretamente do proprietário e ou do veterinário e a partir disto, forma-se um banco de dados sobre a fazenda”, explica.
Por meio do PEGD, é possível obter os dados, como: cria, recria ou engorda, hábitos de uso de produtos veterinários em geral, objetivos de curto, médio e longo prazo da propriedade, plano sanitário e avaliação reprodutiva. Indiferente de uma grande ou pequena propriedade, a empresa oferece o serviço. A cada visita, o promotor abastece o sistema com novos dados e solicitações do pecuarista, compartilhando as informações com toda a equipe. Atualmente, 4,4 mil fazendas brasileiras atendidas pelo programa (PEGD) da Pfizer, que recebem visitas periodicamente dos veterinários da companhia.

A multiplicação do rebanho

Dentro do programa, além da venda dos produtos que vão desde vacinas à medicamentos, a empresa oferece ainda treinamentos aos funcionários e uma série de ferramentas que podem auxiliar o produtor no manejo sanitário, entre eles; o Programa 5-7-9, para o controle estratégico de verminoses; o Probov, um programa de diagnóstico e apoio à sanidade bovina, que faz coletas de amostras de sangue para identificação de doenças; e a técnica de Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF). “Nós aprendemos que é fundamental ter este tipo de suporte, para buscar novas soluções e elevar nossos resultados”, garante o veterinário.
Benefícios para o pecuarista e para a empresa. Até 2003, este processo de visitação às fazendas era feito de forma intensa, porém, aleatória, sem levar em consideração conceitos como frequência e público alvo o que, segundo a promotora técnica da Pfizer, dificultava o controle de medição dos resultados.
E se em uma fazenda de leite, o que se preza é a produtividade, lá houve uma melhoria nos protocolos que eles já têm formado, como a da IATF. “Em 2006, a média mantida nos intervalos de partos chegava a 135 dias. Após o uso da técnica, diminuímos este intervalo para 73. Aumentei o número de prenhezes em matrizes, no início da estação de monta e, consequentemente, aumentei a produção de leite”, garante o pecuarista. E se houve outros ganhos, ele aponta: “Melhoramos o planejamento de todas as atividades em um só período do ano. Com isto, alcançamos essa produção de leite na fazenda”, diz ele orgulhoso.
E quando além da visitação nas propriedades, a empresa também oferecer aos pecuaristas um atendimento por telefone, onde se pode tirar dúvidas sobre técnicas de melhoria de reprodução, como a Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF). Recentemente, esse foi o serviço que a Divisão de Saúde Animal da Pfizer disponibilizou ao mercado. Dúvidas como: quais os protocolo e produtos devem se utilizar? O que serve para fazenda de corte ou de leite? Quanto melhora a produtividade? “Perguntas tão comuns que agora já podem ser respondidas, por uma equipe de veterinários com experiência no assunto, pelo telefone gratuito, o 0800. Com esse serviço o produtor conta com todo apoio na implementação dessa técnica, que vem sendo cada vez mais utilizada, e para que ela possa ser bem- sucedida”, conta a gerente de produto da Linha Reprodutiva e Biológicos da Unidade de Bovinos da Pfizer, Fernanda Hoe.
Além de solucionar as dúvidas, os produtores também podem obter os contatos da revenda de sua região para compra de produtos. Segundo Fernanda Hoe, o Disk IATF que surgiu da necessidade de esclarecer dúvidas, também mantém o pecuarista informado sobre novos protocolos e produtos. Além de levar essas informações a todos os produtores, seja um proprietário de uma fazenda pequena de leite quanto um grande de corte. “Esse tipo de serviço é muito importante e é essencial, a empresa precisa oferecer um atendimento completo ao pecuarista, seja por meio de Dias de Campo, palestras ou visitações em cada propriedade. E também agora com um serviço exclusivo para tratar de um tema específico quanto à reprodução”, conta. “Em pouco tempo, nós temos recebido um retorno dos produtores, nossos clientes. Eles estão muito satisfeitos. Por isto, cada vez mais investimentos na prestação desses serviços”, finaliza.
O Disk IATF, de maneira mais específica, complementa o serviço da Pfizer Fone Saúde Animal, telefone já existente para que clientes contatem a companhia. O novo serviço já está disponível pelo número 0800 7706797.

Com produção assistida, os negócios crescem.

Há cerca de 30 anos, a Agropecuária e Comercial Conquista era composta por apenas duas fazendas. Hoje são cinco propriedades, no interior de São Paulo que, juntas, somam mais de sete mil hectares. Focando em um melhoramento genético, o grupo conseguiu um rebanho de Nelore Mocho Puro de Origem, com um plantel de 200 matrizes. Só nos dois confinamentos do grupo são 5.500 cabeças. Ao todo, no sistema de cria, recria e engorda, são mais de 15 mil animais.
Além dos números de cabeças de gado, a Conquista tem mais o que somar. Só nos últimos cinco anos, a taxa de crescimento das fazendas manteve a média e girou em torno de 30% ao ano. Bons resultados advindos de um processo de tecnificação. O trabalho, que começou em 2000, teve como foco a melhoria da qualidade dos animais, visando à produtividade e a redução do processo de produção. Daí, também obter um diferencial no mercado, quanto à venda de produto, que hoje eles alcançam com louvor.
Mas, para manter os índices produtivos e até elevá-los, a Conquista contou com uma assessoria personalizada. Há um ano, eles integram o grupo de 400 pecuaristas assistidos pelo Programa Soma, da Merial – empresa de pesquisa, desenvolvimento e comercialização de vacinas e produtos farmacêuticos para animais.
Em um trabalho em conjunto com a empresa, eles reavaliaram os investimentos em saúde animal e a implantação racional de um programa sanitário, que visava garantir a lucratividade, o que foi significativo para o grupo. “Ao ingressar neste programa, ajudamos ao pecuarista a realizar um orçamento anual quanto à questão da saúde animal. A grande maioria não faz ideia, qual o custo real por cabeça”, diz o gerente de relacionamento da Merial, Adilson Moura.
Segundo ele, quando um pecuarista adere ao Programa, um profissional da empresa realiza uma avaliação geral da propriedade, especialmente dos índices zootécnicos, tais como ganho de peso, taxa de prenhez, idade de abate, lotação e mortalidade.
Na Conquista, a empresa também realizou uma análise minuciosa dos fatores que colocavam em risco à produtividade, apresentando soluções de melhoramento. “O gasto com saúde animal atingia R$ 7 reais por cabeça, hoje com o custo subiu para R$ 11. Apesar da elevação dos preços os benefícios foram muitos, principalmente na questão de ganhos produtivos. Mesmo os custos sendo maiores, os benefícios são maiores ainda”, explica o gerente geral da Agropecuária Conquista, Murilo Augusto Vilela. “Infelizmente, alguns pecuaristas não se preocupam com a questão da saúde animal, preferem investir menos em produtos que não dão resultados e gastam em dobrado”, adverte.
Na opinião do gerente de relacionamento da Merial, a pecuária brasileira tem se profissionalizado muito rapidamente. A questão bem estar animal, a pressão do mercado externo (quando o assunto é o meio ambiente e a preocupação com os recursos humanos), hoje ditam às regras para a atividade. “Para cumprir todas às exigências, é indispensável um acompanhamento técnico. Por isto, a empresa oferece aos pecuaristas um programa de relacionamento, que visa à especialização dos pecuaristas. Ao longo destes anos, muitas fazendas assessoradas pela empresa foram classificadas a exportar, recebendo a certificação GlobalGAP [documento exigido pelos importadores de produtos agropecuários da União Europeia]. E isto hoje é um dos principais objetivos da Agropecuária Conquista”, conta Moura.

No Caminho da Certificação

Idealizado como ferramenta de relacionamento, o Programa Soma envolve um manejo sanitário personalizado e estratégico (Personal Vet), desenvolvido para prevenir problemas, além de auxiliar o produtor atender às exigências do GlobalGAP, a certificação tão sonhada por muitos. Segundo o gerente geral da Conquista, uma das propriedades, a fazenda São João Batista, localizada no município de Buritama (SP) – onde é feito a recria e o confinamento – no ano passado, quase recebeu a certificação. “Faltou pouco, agora estamos nos adequado, para que isto ocorra o mais rápido possível”, afirma.
Pelo menos, um dos itens a Conquista já foi aprovada: a questão da mão-de-obra capacitada. “Nós constatamos que esse é um grande problema das fazendas. Os peões e capatazes são responsáveis pelo manejo do gado, são eles que regulam as seringas, escolhem as agulhas e que aplicam a saúde animal no gado. Porém, por questões tradicionais e costumes, ocorre um manejo incorreto do gado que acarreta em prejuízos, como problemas decorrentes das reações pós-vacinais, ineficiência das aplicações, abscessos [lesões] e estresse”, aponta Moura.
Diante disto, um dos principais papéis do Programa Soma, é capacitar a mão-de-obra nas fazendas. Com isso, garante o gerente de relacionamento, o programa sanitário permite a longevidade da ação dos medicamentos e evita manejos excessivos. “Nós aprendemos desde a vacinação até o manejo do gado. Bem mais preparado, a gente fica mais calmo para lidar com os animais e eles não estressam facilmente. Ganham peso rapidamente e não dão prejuízo para a fazenda. Este era um dos problemas que tínhamos aqui”, diz o capataz da Conquista, Ademilson Martins, que estimulado aguarda o terceiro curso de capacitação da Merial.

Sem desequilíbrio na produção

Não é por acaso que grandes projetos pecuários investem em planejamento sanitário estratégico. Com controle sanitário adequado os animais podem expressar todo seu valor genético, a taxa de mortalidade é praticamente zero, entre outros benefícios. Mas, quando é preciso acelerar a terminação e aumentar o giro de animais nas fazendas? Além disso, obter carne de elevada qualidade, com rendimento de carcaça superior e com cobertura adequada de gordura?
Na opinião do engenheiro agrônomo, José Maria Diniz a resposta é investir na alimentação do gado. “Fizemos isto, investimos em saúde animal e melhoramento genético e, por fim, abrimos as portas da fazenda para novas parcerias, que trouxeram resultados positivos”, conta.
Diniz é gerente geral das Fazendas Bergamini, que pertence ao Grupo de Hipermercados Bergamini. E foi com o que ele chama de “parceria”, que as fazendas melhoraram à questão nutricional do rebanho. Há cinco anos, o Grupo recebe a assistência técnica da Tortuga, empresa pioneira em nutrição e saúde animal. “Buscávamos eliminar um problema sério que tínhamos por aqui: o chamado ‘boi sanfona’, ou seja, no verão o gado ganhava peso, mas com a entrada do inverno, perdia. E dentro da pecuária isto não é nada bom”, lembra. “Hoje, a história é outra”, brinca.
Para o zootecnista da Tortuga, Aydison Takiguchi Nogueira, este é um problema frequente em muitas propriedades. “Em algumas épocas do ano, há uma quebra do fornecimento em função das condições climáticas. Porém, a partir da adoção de uma tecnologia de produtos proteínados, sendo eles, de baixo ao alto consumo, é possível minimizar ou praticamente zerar esta falta de animais”, pontua Nogueira. “Com a parceria, buscamos as informações necessárias e nos foi ofertado um serviço completo”, lembra Diniz.
Com isto, o suporte técnico passou a ser frequente, principalmente, no período da seca e no início das águas. Foi disponibilizado também, treinamento para a equipe de funcionários das fazendas quanto ao manejo sanitário e nutricional, permitindo assim que os animais repondessem rapidamente quanto ao tratamento proposto. Além de fabricar a própria ração, que leva o núcleo da Tortuga, as fazendas utilizam pastagens e rações direcionadas para cada categoria animal e para cada época do ano. “Com isto ganhamos tempo e baixamos o custo no mínimo 40%. Foi um investimento viável”, reforça o gerente. “De uns cinco anos pra cá, temos mais animais que vão para o abate em menos tempo, um dos itens fundamentais quando a palavra é produção. O giro da fazenda acaba sendo maior independente da época do ano”, aponta um dos proprietários das Fazendas Bergamini, Egídio Gouveia Bergamini. “Hoje podemos falar que aqui não se perde mais peso no inverno, pelo contrário, podemos afirmar que temos bons resultados de ganho de peso, em média de 500 a 700 gramas por dia. No período das águas, estes números sobem para 900 a 1,1 kg. Tudo decorrente de uma suplementação de uma melhor pastagem e uma assessoria técnica”, acrescenta Diniz.
Atualmente, o grupo Bergamini tem 10 propriedades situadas a 280 quilômetros da capital paulista. Lá, o foco é a recria e engorda de Nelore, dentro de um sistema de pasto e com uma implantação de semiconfinamento – para a garantia de animais cada vez mais precoces – e com o foco na obtenção do chamado “Boi Verde” ou boi natural, um diferencial no mercado. Hoje, os animais das fazendas alcançam 55% de rendimento de carcaça, uma taxa de desfrute que gira em torno de 40% e um ganho de peso para abate, em média de 21 arrobas. Por mês são abatidas 650 cabeças. “A carne produzida aqui abastece a rede de hipermercados do grupo. É produto fresco disponível na gôndola do mercado toda a semana”, diz Bergamini.

Com plano focado

“Com os bons índices, as Fazendas Bergamini hoje já têm ‘autonomia’ própria. Há algum tempo era difícil mantê-las, gastávamos muito”, lembra o proprietário Odílio Bergamini, que há 30 anos realizou um sonho de criar um bom rebanho. “A nossa produção melhorou muito, graças ao apoio destas parcerias... É bom olhar um gado perfeito”, diz.
Com o foco de priorizar pela qualidade e o atendimento técnico aos seus clientes, a Tortuga disponibiliza um serviço personalizado, de acordo com os objetivos e metas de cada um. “É analisado as condições de cada pecuarista, de cada propriedade, assim é traçado um plano nutricional para todo o rebanho”, explica Nogueira “A avaliação é bem complexa e completa”.
Atualmente, em diferentes níveis de assistência, são mais de 15.000 propriedades, entre pequenas e grandes, atendidas pela empresa. E se os bons resultados só vêm com as parcerias, imagine se os pecuaristas trabalhassem sozinhos. “Seria mais difícil, pois não teríamos estas ferramentas, para se adequar, produzir mais e a cada dia melhor”, pontua Bergamini.

Quando o serviço é no bolso

Que há problemas com a falta de crédito para pecuária isto é fato. Mas, quando surge um apoio extra nesta questão, o setor cresce e a situação para o pecuarista fica melhor ainda. Há 20 anos, uma empresa resolveu investir neste segmento, dê olho no pecuarista. A RuralConsult, um dos maiores grupos de negócio rural no Brasil, fez sua estreia na Feicorte 2009, apresentando seu modelo de negócio, que aproxima o investidor do produtor com o objetivo de gerar grandes negócios. “O papel principal da empresa é aproximar o investidor do produtor rural, além de oferecer uma gama de serviços, que vão desde gestão e planejamento estratégico da fazenda à rastreabilidade. Independente de ser um pequeno ou grande pecuarista, nós avaliamos às necessidades deste produtor e o direcionamos para obter aquilo que ele deseja”, explica o diretor do Grupo RuralConsult, Olímpio de Figueiredo Rossetti Junior.
Porém para a participar deste serviço, o pecuarista precisa seguir certas exigências, como: a sanidade e rastreabilidade do gado, por exemplo. Por outro lado, o investidor interessado paga à empresa pelo monitoramento dos animais. (Por exemplo: se o pecuarista tem 50 mil cabeças de gado, a RuralConsult vende o monitoramento ao investidor que poderá acompanhar a evolução do seu investimento, independente de onde os animais estejam). “Dentro deste sistema, enquanto um injeta o dinheiro, o outro (o pecuarista) cuida do desenvolvimento dos animais. No final, a forma de pagamento é a arroba”, diz.
Pioneira neste sistema, no final de 1989, a Franpar, empresa do Banco Francês e Brasileiro, aceitou o desafio e financiou a engorda de 3.000 cabeças de boi utilizando como “moeda” a arroba. O pecuarista que buscava o financiamento dava como garantia o peso extra dos animais na hora da venda da boiada. Exemplo: no ato do financiamento o boi pesava oito arrobas e no prazo estipulado para a venda, 18 arrobas. A diferença do lucro, 10 arrobas, era dividida meio a meio. O financiador, portanto, além de resgatar o que investiu nas oito arrobas levava o lucro das outras cinco arrobas. Hoje, a Ruralconsult, possui outras empresas como a Ruralmonitoramentos, Ruralplan, Rural/administração, Ruralnegócios e Ruralprofits, Ox-Mobile, Tracer, todas prontas para uma assessoria completa ao pecuarista.


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