O
Circuito Syngenta de Viola Instrumental mostrará a
riqueza da música produzida pelos tocadores de todo
o Brasil. Após o sucesso de público e crítica
alcançado nas duas edições do Prêmio
de Música Instrumental de Viola, ocorridas nos anos
de 2004 e 2005, a Syngenta empresa de desenvolvimento
de tecnologia no setor de agribusiness patrocina neste
ano o Circuito Syngenta de Viola Instrumental. O evento, que
acontece nos meses de junho a novembro, passará por
12 cidades dos estados de São Paulo, Espírito
Santo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Paraná, Mato
Grosso e Mato Grosso do Sul. Com uma importante iniciativa
de divulgar a tradicional moda de viola caipira e com a descoberta
de inúmeros talentos, o evento dará ainda a
oportunidade do público interiorano assistir a espetáculos
que valorizem a própria cultura regional.
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O
Circuito promove uma difusão da viola caipira pelo
Brasil. Vamos trabalhar com todas as suas vertentes, suas
afinações e estilos. Daremos a oportunidade
de diversos músicos mostrarem seu trabalho. Serão
20 shows gratuitos pelo País, diz Marcos Paulo
de Moraes, diretor geral da 3 s Projetos, promotora do evento.
Nesta edição, a ideia é também
de valorizar a parte autoral e não apenas repetir antigos
sucessos, ou seja, haverá composições
inéditas, como ocorreu na primeira edição
do Prêmio. Outra novidade é a substituição
do nome do evento: de Prêmio para Circuito. Segundo
a organização, esta modificação
foi realizada para ampliar o número de cidades beneficiadas
pelo projeto, que além de promover um show instrumental,
terá causos e histórias pitorescas,
envolvendo a música regionalista de raiz.
Com o objetivo de buscar criar um status 100% nacional à
cultura da viola, o formato dos shows prevê a presença
de violeiros renomados, entre eles, Ivan Vilela, Renato Teixeira
e Paulo Freire. No evento haverá também apresentações
musicais dos vencedores das duas primeiras edições
do Prêmio, Sidnei de Oliveira e Chico Moreira, respectivamente.
Para a analista de relações institucionais da
Syngenta, Renata Ferraz, o evento vai além das apresentações.
Durante esses anos, conseguimos valorizar um pouco mais
a cultura de violeiros e também revelar talentos natos,
como Sidnei de Oliveira, nosso primeiro vencedor. Sua história
foi comovente, ele era ajudante de pedreiro e a cidade onde
morava não era uma região tradicional de moda
de viola. Além de conquistar o prêmio, Sidnei
realizou um sonho e passou a viver só da música,
diz Renata Ferraz.
Na opinião da profissional, os resultados das duas
primeiras edições superaram as expectativas,
tanto em relação à qualidade das músicas
inscritas como por sua abrangência nacional, fato que
renovou o compromisso da Syngenta de estreitar seu relacionamento
com o homem do campo. A iniciativa da empresa, por meio da
Lei Rouanet (que prevê incentivos a empresas e indivíduos
que desejem financiar projetos culturais), é dar maior
visibilidade aos artistas que participam do evento, como o
violeiro e artesão, Levi Ramiro. Minha trajetória
foi marcada inicialmente pelo violão, que me acompanhava
nas primeiras composições e nos primeiros festivais,
declara Levi Ramiro. Depois descobri a viola, a volta
às origens, tocando música popular. Em 2004,
participei do primeiro grande Festival de Música Instrumental
para Viola, promovido pela empresa e fiquei entre os 16 finalistas,
com a composição Vaquejada, diz
Levi Ramiro. Após esta conquista foquei meu trabalho
só nisto. Hoje, sou convidado a participar dos eventos
e ser até um anfitrião. O prêmio conseguiu
mudar a minha vida, pois levo esta conquista no meu currículo,
diz Levi Ramiro.
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