Dê
olho no potencial do mercado bovino na região norte
e nordeste e atenta a suprir as necessidades dos produtores,
a Tortuga inaugura uma nova unidade, no Ceará. A expectativa
é de crescimento de 10% no faturamento da empresa,
pioneira em nutrição e saúde animal.
Na contramão da crise financeira que assola o País,
o segmento agropecuário na região do Nordeste
vem mostrando que ainda encontra terreno fértil para
uma notória expansão e que vem crescendo a uma
velocidade satisfatória. De acordo com os dados da
Federação da Agricultura e Pecuária do
Estado do Ceará (FAEC), nos últimos 10 anos,
com apoio governamental, infraestrutura da malha rodoviária
(incluindo investimentos nos portos), houve um fortalecimento
sólido neste setor. Diante de dados animadores e dê
olho neste gigantesco potencial, grandes empresas têm
se estabelecido na região. É o caso da Tortuga,
Cia. Zootécnica Agrária, empresa de nutrição
e saúde animal. No dia 7 de abril, ela inaugurou a
quinta fábrica do grupo, no complexo Industrial e Portuário
do Pecém, em São Gonçalo do Amarante,
no Ceará.
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Diante de dados animadores e dê olho neste gigantesco
potencial, grandes empresas têm se estabelecido na região.
É o caso da Tortuga, Cia. Zootécnica Agrária,
empresa de nutrição e saúde animal. No
dia 7 de abril, ela inaugurou a quinta fábrica do grupo,
no complexo Industrial e Portuário do Pecém,
em São Gonçalo do Amarante, no Ceará.
Localizada a 65 km de Fortaleza e com um investimento R$ 90
milhões, a nova unidade também pretende gerar
aproximadamente 200 empregos diretos, que serão absorvidos
pela mão-de-obra local. Com a fábrica, a empresa
aumentará em 60% a capacidade dela de produção
de suplementos minerais para nutrição animal,
que é de 50 mil toneladas por mês. Para o presidente
da Tortuga, Max Fabiani, a localização é
estratégica, uma vez que a empresa será uma
das grandes consumidoras de fosfato a ser produzido pela usina
de Itataia, localizada no município de Santa Quitéria
(região norte do estado do Ceará). O empreendimento
avaliado em US$ 375 milhões produzirá fosfato
e urânio. Nós acreditamos que a região
é adequada para se investir. Além da estrutura
portuária que nos facilitará o acesso a exportação,
há também a expansão da pecuária
na região. Sem dúvida, neste momento é
imprescindível estarmos perto deste mercado,
comenta o presidente.
A nova aposta da empresa não é à toa.
Segundo a FAEC, na última década só a
pecuária leiteira, por exemplo, cresceu 75% em produtividade
e hoje representa 13% da produção nacional,
tudo reflexo não do aumento de rebanho, mas da melhoria
da alimentação do gado.
De acordo com Fabiani, a fábrica, além de ampliar
a capacidade produtiva, visa facilitar o acesso dos produtos
de qualidade aos produtores das regiões Norte e Nordeste,
que poderão contar com preços reduzidos, em
função da nova logística. Boa parte
da produção da nova fábrica será
destinada para o mercado externo, cerca de 80%. Com isto,
conseguiremos oferecer nossos produtos com mais eficiência
e com menores preços. A redução do custo
do produto chegará em torno de 10%. Além que,
a nossa intenção é se aproximar dos pequenos
produtores, que depende da agricultura de subsistência
e oferecê-los toda a assistência técnica
para que consigam os melhores resultados, diz.
Durante a solenidade de inauguração, o governador
do estado do Ceará, Cid Gomes, declarou que, mais do
que um novo empreendimento, a unidade marca um feito ainda
maior no momento em que todos comentam sobre a crise financeira
global. Com isto, mostramos que o Brasil tem condições
de reagir diante de uma situação como esta,
diz. Para o governador, a entrada em operação
da indústria é de grande importância não
só para o Brasil, como para o Ceará. A
Tortuga está entrando em uma área na qual o
País está desprovido de produto. Além
do que, a empresa ajuda a consolidar o complexo industrial
e o Porto do Pecém, que passa a ter referência
de exportação para Europa, por estar mais próximo
dos países da América Latina e América
Central.
Investimentos
a todo vapor
A inauguração da fábrica também
marca a nova era da Tortuga. Neste ano, a empresa comemora
55 anos de história e dê olho em novos investimentos.
Ainda neste ano, a empresa pretende investir na reformulação
de centrais de distribuição, que além
da fábrica no Ceará, poderá contar com
uma unidade em Cuiabá (MT), que terá capacidade
de armazenagem de quatro mil toneladas. Atualmente, a Tortuga
conta com 1.000 funcionários e 500 representantes comerciais.
A empresa ainda possui quatro unidades industriais de nutrição
animal, localizadas em Mairinque (SP), São Vicente
(SP), Lavras (MG), além de um laboratório de
Saúde Animal, no bairro de Santo Amaro, em São
Paulo (SP).
Porém, a empresa pretende ir mais longe, ampliar as
exportações destinadas à América
Central. Hoje, ela já exporta para Venezuela, Colômbia,
Costa Rica, Bolívia, Chile, Uruguai e Paraguai. Pretendemos
ganhar mercados nas Américas do Sul e Central. Acreditamos
que esses novos mercados representarão um incremento
de 10% no nosso faturamento, a partir da operação
dessa fábrica, afirma o presidente da Tortuga.
Só em 2008, o faturamento da empresa chegou a 734 milhões.
Tudo graças a uma gestão agressiva de lançamento
de novos produtos e gerenciada sob uma nova filosofia da companhia
que diz: Pés no campo, olhos no futuro e coração
no trabalho, finaliza Max Fabiani, presidente da Tortuga.
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