É
com a manutenção e reforma de pastagens, lotação
adequada de animais por hectare que o pecuarista poderá
garantir mais rendimentos à propriedade. O jeito mais
econômico de se alimentar o rebanho brota da terra e,
se manejadas corretamente, as pastagens podem render uma média
de ganho de peso vivo, no período das águas
(novembro a janeiro), na faixa de 0,6 a 0,8 quilo por animal
por dia, podendo chegar a até 1 kg/animal/dia, de acordo
com estudos da Embrapa Pecuária Sudeste, em São
Carlos (SP). Além de ser econômica, a alimentação
a base de pastagem causa danos menores ao meio ambiente e
garante maior conforto ao animal, de acordo com a pesquisadora
da unidade, Patrícia Perondi Anchão Oliveira,
especialista em pastagem e forragicultura. “O produtor
somente tem a ganhar com o melhor manejo das pastagens.
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Em tempos de crise, saber manejar adequadamente a pastagens,
pode viabilizar economicamente a atividade e definir a permanência
do pecuarista na atividade”, pondera. A União
da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica)
lançou em dezembro do último ano um relatório
de sustentabilidade com base nos parâmetros da Global
Reporting Initiative (GRI), uma organização
internacional holandesa. O relatório aponta diversas
práticas de responsabilidade social das empresas sucroalcooleiras
e é o primeiro de uma entidade de classe, já
que normalmente os documentos são somente produzidos
por empresas.
Segundo Marcos Jank, presidente da Unica, a publicação
deste trabalho não é uma resposta às
críticas realizadas pela Europa ao processo de produção
do etanol. Para ele é uma oportunidade de mostrar o
que as empresas do setor estão fazendo na parte social.
“É um dos trabalhos mais importantes realizados
pela Unica em 2008. Depois que o estado deixou de impor normas,
as próprias empresas passaram a investir na área”,
diz.
Para os diretores da Unica, a publicação visa
esclarecer dúvidas e destruir mitos de que os trabalhadores
do setor têm péssimas condições
de trabalho. “Nós sabemos que existem problemas,
mas em um setor tão grande da agricultura como é
o da cana é possível encontrar dificuldades,
mas mostramos que a maior parte já não tem problemas”,
afirma Jank.
Para a gerente de responsabilidade Coorporativa da Unica,
Luiza Barbosa, o relatório poderá despertar
interesse em investimentos na área. “Além
de se comunicar com toda a população, é
uma ferramenta de gestão em busca de melhorias para
o setor”, explica.
O relatório divulga atividades das empresas em setores
como da educação dos funcionários, esporte,
capacitação técnica, saúde, entre
outros. A principal área é a da saúde,
que concentra 50% dos investimentos. O relatório aponta
ainda que 94% dos trabalhadores do setor possuem registro
na carteira de trabalho, sendo que a média da agricultura
é de 30% e na economia geral chega a 50% no Brasil.
Safra 2007/2008
O resultado final de esmagamento de cana da safra 2008 só deve sair este ano e a expectativa da Unica é que o montante chegue a 487 milhões de toneladas. Até a segunda quinzena de novembro o volume era de 468,63 milhões de toneladas, um incremento de 12,31% em relação ao mesmo período de 2007. “Quando dizíamos que 2008 poderia chegar a 490 milhões de toneladas de cana esmagada, muitos desconfiaram, mas agora que estão vendo os números, a estimativa já passa a ser uma realidade”, afirma o diretor técnico da Unica, Antonio de Pádua.
Para este ano a estimativa é de crescimento da moagem, mas não se fala em números por enquanto. Apesar do aumento do processamento, vê-se uma queda na demanda por etanol devido à crise financeira mundial e um aumento do consumo por açúcar. |