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ameaça chegou mais cedo!: A cada ano, a ferrugem asiática dá 
sinais de presença cada vez mais cedo. A chuva que vem caindo no Brasil 
Central está favorecendo a manutenção do fungo no Mato Grosso. 
   As chuvas registradas no Estado do Mato Grosso criaram condições 
de sobrevivência ao fungo da ferrugem asiática da soja. O Phakopsora 
pachyrhizi, presente em inúmeras plantações involuntárias, 
aquelas formadas com os grãos que sobraram da última safra, ganha 
mais tempo sobre as plantas, aumentando sua permanência no ambiente, 
mesmo durante a entressafra e o período do Vazio Sanitário, que 
proíbe por 90 dias o cultivo de lavouras comerciais de soja de norte a 
sul do Estado.   |   | 
 
 |     Como 
explica o gerente técnico da Associação dos Produtores de 
Soja e milho do Estado (Aprosoja), Nery Ribas, com a ocorrência das chuvas 
e com a infestação de fungos já registrada em junho em várias 
partes do Estado, aumentam as condições favoráveis 
do fungo e com isso, devem ser ampliadas a atenção dos produtores 
que deve estar redobrada ás plantas guaxas (involuntárias). Caso 
haja plantas guaxas, a destruição deve ser imediata, orienta. 
   Com o fim do Vazio na porção norte do Estado a partir deste 
mês, o plantio fica liberado e seguirá o ritmo imposto pelas chuvas, 
ou seja, estamos a 40 dias do reinício dos trabalhos e ainda existem 
focos da doença, alerta.  Plano 
de Ação Autoridades 
estaduais criaram uma força-tarefa que adotou como estratégia a 
vistoria em 759 propriedades estaduais, em 28 municípios. No início 
de julho, durante uma primeira vistoria in loco, as equipes encontraram o fungo 
vivo da doença em 84% das fazendas vistoriadas e essa constatação 
levou às autoridades a emitirem sinal de alerta aos produtores sobre a 
necessidade de destruir a soja guaxa das suas propriedades, como forma de eliminar 
a ponte verde, ou seja, a sobrevivência dos fungos durante a entressafra 
até a nova temporada. Produtores que tiverem plantas guaxas em suas propriedades 
serão notificados e terão um prazo de dois a três para eliminar 
o criadouro. Quem não obedecer será autuado em até 
3 mil unidades padrão fiscal do Estado (UPFs), atualmente cotada em R$ 
30,70 cada.    |