A primeira série de ensaios comparou a aplicação terrestre
efetuada com pulverizadores terrestres de grande porte e grande comprimento
de barras usando volume de aplicação de 120 litros/hectare
(em torno de 13 galões americanos por acre), usando bicos de jato cônico
vazio e bicos leque, com a aplicação aérea de 30 litros/ha
(em torno de 3.3 galões americanos por acre), usando bicos de jato cônico
vazio. Ao mesmo tempo eles também compararam estas aplicações
consideradas convencionais com a aplicação aérea
usando atomizadores rotativos aplicando 5 12 l/ha ( 0.5 1.4 galões/acre).
Neste caso, a mistura de óleo vegetal (óleo de soja) foi empregada
como adjuvante para reduzir a evaporação das gotas e aumentar a
retenção e absorção de fungicidas na superfície
das plantas. Duas aplicações de fungicida foram feitas, sendo a
primeira uma combinação de strobilurina + triazol e a segunda com
uma aplicação apenas de triazol (myclobutanil). Não houve
diferença significativa entre as diferentes técnicas de aplicação.
Apesar das grandes diferenças de volume de aplicação, todos
proporcionaram excelente controle da ferrugem, quando comparados com a área
testemunha.
No Estado de Mato Grosso, novos ensaios foram realizados
mediante a cooperação UNESP e FMT, para testar diferentes técnicas
de aplicação aérea. Além de outros equipamentos, os
atomizadores rotativos Micronair AU 5000 foram testados a 10 litros/ha (com 10%
de óleo vegetal algodão - adicionado na calda) e 20 litros/ha
(sem adição de óleo). Novamente excelentes resultados foram
obtidos com uma média de 96% e 88,9% de redução da Ferrugem,
respectivamente.
Embora não significativa estatisticamente, a
adição de óleo parece ter melhorado ligeiramente o controle
da doença. Três aplicações de fungicidas foram feitas,
sendo que os ensaios consistiram na terceira aplicação. A primeira
aplicação foi efetuada com myclobutanil, a segunda com tebucanozole,
ambas executadas em toda área do ensaio. O intervalo entre a primeira e
segunda aplicação foi de 14 dias. O intervalo entre a segunda e
terceira aplicação (ensaio) foi de 24 dias. Como comumente é
feito no Brasil, os fungicidas preventivos (protetores), são aplicados
no estágio vegetativo final (V5) antes do florescimento, de forma a proteger
as folhas inferiores, seguidos pela aplicação de fungicidas sistêmicos
durante a fase reprodutiva (R1-R5) da cultura. Tecnologia
de aplicação Boa
penetração e cobertura nas pulverizações são
importantes (mesmo com fungicidas sistêmicos), portanto a seleção
do diâmetro de gota e volume de aplicação apropriado são
importantes, embora ainda a aplicação no momento correto seja o
mais decisivo.
Os equipamentos terrestres são sujeitos a condições
de solo e planta que lhes tolhem o deslocamento sobre a área a ser tratada
e, portanto, uma vez estabelecido o início da infecção, a
rapidez da aplicação aérea pode ser vital para sustentar
a proteção da lavoura à doença. Equipamentos terrestres
também causam danos diretos às plantas, o que pode reduzir a colheita
(perdas estimadas entre 3 a 5%), particularmente quando o solo está molhado.
Eles podem, ainda, disseminar a doença, transportando os esporos de uma
área afetada para uma área ainda sadia. Muitos plantadores não
têm equipamentos em número suficiente para conter o avanço
da doença causada por um fungo tão agressivo. Tipicamente 2 ou até
3 aplicações de fungicidas podem ser necessárias durante
o ciclo da cultura.. A aplicação aérea pode ser, portanto,
a única opção para muitos produtores e a demanda pelos serviços
de aplicação aérea poderá às vezes exceder
a capacidade do setor, se medidas de planejamento global não forem adotadas.Assim
como é crítico que as aplicações sejam feitas no momento
exatamente adequado, a alta produtividade das aplicações e boa uniformidade
de deposição são essenciais. Assim, a busca do aumento da
produtividade das aplicações, mediante reduções de
volume de aplicação, é estratégia-chave.
Os atomizadores rotativos oferecem o benefício do aumento do controle sobre
o tamanho das gotas, assegurando boa cobertura e penetração ao longo
das plantas de soja, com volumes mais baixos para aumentar a produtividade do
operador. Como os resultados do Brasil têm demonstrado, volumes de aplicação
tão baixos como 1-3 galões/acre(10 a 30 litros / hectare) podem
tornar-se regra para as aplicações aéreas no controle de
doenças. Selecionando a combinação adequada de fungicida,
adjuvantes, tamanho de gota, volume de aplicação e largura de faixa
para aumentar a eficiência e produtividade da aplicação aérea
e ainda efetuando a aplicação no momento adequado, poderemos oferecer
a melhor solução para aumentar o controle da doença.
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