|     Opção 
de rotação entre pasto e lavoura traz rentabilidade à propriedade. 
   O Brasil possui 276 milhões de hectares de áreas cultivadas 
e 172 milhões dessas terras são destinadas exclusivamente para a 
pecuária, o que representa 62%. Com a demanda crescente de alimentos uma 
das opções para supri-la é diminuir o espaço de pastagem 
para a implantação da agricultura, realizando assim a chamada Integração 
Lavoura Pecuária (ILP).   |   | 
 
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Atualmente, a média nacional de gado de corte por área é 
de um animal por hectare, mas a tendência é que esse número 
diminua. E não é só pela questão da produção 
de alimentos, mas também porque a agricultura pode resolver muitos problemas 
do pecuarista nos períodos de seca, quando o capim não cresce e 
o gado não tem do que se alimentar. Já os agricultores enxergam 
na pecuária uma importante forma de rotação e de lucratividade. 
É uma tecnologia fantástica para recuperar terras degradadas, 
para aumentar a rentabilidade da pecuária e da agricultura, explica 
Dirceu Luiz Broch, Diretor Geral da Fundação MS. 
   Implantando 
a ILP o pecuarista consegue alimentar o gado com o que sobrou da colheita do milho, 
por exemplo, não deixando faltar alimento aos animais no período 
de seca. Já o agricultor pode investir na pecuária em busca de maior 
diversidade de produtos e assim não corre o risco de não ter nenhuma 
receita devido às mudanças climáticas. Integração 
significa a agricultura auxiliar a pecuária e a pecuária auxiliar 
a agricultura. Você está produzindo grãos e carne, e uma atividade 
ajuda a outra, explica Broch. Ao final do período de pastagem o solo 
possui maior quantidade de substâncias orgânicas o que beneficiará 
a próxima lavoura. 
   Um dos que enxergaram as vantagens da Integração 
Lavoura Pecuária é Ake Bernard Van Der Vinne, agricultor e pecuarista 
de Maracaju (MS). Na lavoura faltava cultivo para rotação 
com a soja, não queria ficar na monocultura, afirma o produtor. Ele 
possuía a soja de um lado da cerca e o gado de outro. Hoje, além 
do grão, Ake também trabalha com algodão e milho de safrinha. 
Comecei com a integração porque tinha problemas na lavoura 
que a pecuária poderia resolver e vice-versa, explica o produtor. 
Fazendo rotação com as culturas, ele coloca o gado para pastar na 
pós-colheita do milho, que é a época de seca na região. 
Ele mantém 75% da área com a agricultura durante a época 
das águas, já durante a seca, ele faz rotação e deixa 
o gado em uma área maior se alimentando da vegetação resultante 
das plantações. 
   Tanto o produtor, Ake Bernard, como o diretor 
geral da Fundação MS, Dirceu Broch, participaram de mesa de discussões 
promovida, entre outros segmentos, pela Matsuda Sementes e Nutrição 
Animal. A empresa apóia este ramo por acreditar que os produtores podem 
incrementar a produção de alimentos no Brasil, como afirma o proprietário 
da empresa, Jorge Matsuda. É uma opção para aumentar 
a produtividade e produzir mais leite e carne por hectare, explica.   |