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MILHO TRANSGÊNICO: NOVOS RECORDES DE PRODUTIVIDADE A CAMINHO!
rev 122 - abril 2008

Com o lançamento do milho transgênico Yieldgar no Brasil, após a CTNBio e o CNBS liberarem a comercialização do grão geneticamente modificado, os produtores terão acesso a lavouras mais produtivas e rústicas. O novo milho promete cinco benefícios. Maior produção e qualidade da espiga, devido ao forte controle das pragas. Ajuda a preservar o meio ambiente, melhorar as condições do trabalhador e diminui os gastos com manejo de agrotóxico. Esses três últimos devido à redução de inseticidas. O grão transgênico permite que a planta expresse a proteína (Cry1Ab) que atua em células dos tubos digestivos dos parasitas contribuindo para o controle de pragas na lavoura.

“As lagartas se alimentam raspando as folhas, o que é completamente normal, e elas raspando, ingerem a proteína. Portanto é controlado”, explica Marcos Palhares, gerente da estação de pesquisa da Monsanto.

Algumas pragas têm o poder de arruinar até 35% de uma plantação, como a Lagarta-do-Cartucho. Outras, não tão destruidoras, mas que também atacam a cultura são a Lagarta da Espiga e a Broca do Colmo que podem causar prejuízo de 8% e 20%, respectivamente. As três podem ser controladas com a proteína (Cry1Ab).

Para que os parasitas não se tornem resistentes ao inseticida genético devem ser plantados 10% de milho convencional. Com isso, os poucos indivíduos que se tornarem resistentes ao inseticida vão se cruzar com insetos suscetíveis tornando quase nula a procriação de elementos resistentes.

Apesar de pagar os royalties à empresa, cerca de 30 centavos por quilo do grão, o rendimento é muito maior. Na Itália, um estudo mostrou que o hectare de milho não transgênico rende 11 ou 11,1 toneladas, enquanto na plantação geneticamente modificada resulta entre 14,1 e 15,9 (aumento de 28 a 43%). Não há como definir o resultado em terras brasileiras, já que a comercialização foi liberada em fevereiro de 2008, mas imagina-se uma porcentagem aproximada à italiana.

A consultoria Edgar Pereira & Associados, elaborou um relatório chamado “Impactos Econômicos das Culturas Geneticamente Modificadas no Brasil”. O documento estima um aumento do faturamento em plantações de soja transgênica, em relação à soja convencional, de 855 milhões de dólares na safra de 2006/2007.

O milho transgênico já é plantado em diversos paises há 11 anos. Entre eles estão o Japão, Estados Unidos, Espanha, Portugal, África do Sul e Alemanha.


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