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MERCADO
DO BOI - ENTRESSAFRA PROLONGADA rev
121 - março 2008 |
Pecuária
mantém bons índices, contornando seus principais problemas e sustentando
preço da arroba em alta.
Já estamos na segunda quinzena de
março. A safra do boi gordo, ao menos no calendário, chegou mais
ou menos à metade. Seria de se esperar, nesse período, que o mercado
trabalhasse em ambiente frouxo, ainda mais diante da forte valorização
do real e do embargo por parte da União Européia.
No entanto,
na maior parte do Brasil, o que se vê são escalas curtas (entre 3
e 5 dias), falhas em dias de abate e preços firmes. O cenário, portanto,
é de entressafra. Logicamente, o produtor aproveita as boas condições
das pastagens, e a firmeza do mercado, para vender de forma compassada. Assim,
contribui para manter o preço do boi em alta. |
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A
diferença entre os preços da arroba do boi negociada em São
Paulo e na região de Três Lagoas (Mato Grosso do Sul) aumentou nos
primeiros dias de março se comparado ao mesmo mês dos últimos
cinco anos. Na parcial deste mês (até o dia 12), a diferença
chegou a quase R$ 5,00/arroba. Entre 3 e 12 de março, enquanto o valor
médio da arroba negociada nas praças paulistas esteve em torno de
R$ 77,00, o de Três Lagoas foi de cerca de R$ 72,00. Desde 2004, a diferença
entre os preços em março não chegava aos R$ 4,00 - o mínimo
observado nesse período foi de R$ 2,40 (em 2007) e o máximo, de
R$ 3,95 em 2005. Esse aumento no diferencial dos preços esteve atrelado
à oferta ainda mais baixa no estado de São Paulo em relação
à do Mato Grosso do Sul. Nessa quarta-feira, o Indicador ESALQ/BM&F
fechou a R$ 76,10/@, estável nos últimos sete dias. No atacado da
Grande São Paulo, o quilo da carcaça casada de boi foi cotado em
média a R$ 4,45 na quarta, leve recuo de 0,89% em relação
à quarta passada.
As primeiras dietas de custo mínimo confirmam
o aumento que era estimado para o confinamento em 2008. Calculando a dieta de
custos mínimos, usando quatro volumosos como base - silagem de milho, silagem
de sorgo, cana picada e silagem de capim - os custos da alimentação
para levar um animal de 11 @ até as 17,5@ em confinamento aumentou 42,78%
quando comparado a 2007. |
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