|     Cooperativas 
investem em formas alternativas de produção, com a ótica 
da preocupação ambiental. 
  Produção ambiental 
consciente e com a perspectiva de comércio justo. Duas experiências 
desse tipo relacionadas ao algodão foram desenvolvidas pela Justa Trama, 
rede formada por cooperativas de todas as regiões brasileiras. Fazem parte 
da Justa Trama a Univens  Cooperativa de Costureiras Unidas Venceremos, 
de Porto Alegre, a Fio Nobre, de Santa Catarina, a Cones  Cooperativa Nova 
Esperança, de Nova Odessa, a Associação de Desenvolvimento 
Educacional e Cultural de Tauá, CE, e a Cooperativa Açaí, 
de Porto Velho, RO. Mais de 700 trabalhadores integram a rede.   |  
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 |     Idalina 
Maria Boni, de Itajaí, atua na frente da Justa Trama, uma grife que trabalha 
com a produção de roupas feitas com itens como algodão orgânico, 
tinturas naturais e sementes. É fundamental que as pessoas consumam 
com consciência e que pensem nos processos que esse ato desencadeia, 
diz. Ao comprar uma camisa normal, a pessoa usa um produto que 
consumiu uma determinada quantidade de substâncias tóxicas, como 
tintas, e está pondo isso em contato com seu corpo, alerta. 
   
Na visão da Justa Trama, deve-se pensar, além do ambientalmente 
correto, no comércio justo e na possibilidade de geração 
de emprego e renda para quem trabalha na grife. Um dos pontos importantes 
para a nossa atividade está em discutir o valor justo do trabalho e valorizar 
cada etapa da atividade coletiva, defende ela. 
   Maysa Gadelha da 
Natural Fashion, consórcio de grupo de artesãos fundado em 2000 
na cidade de Campina Grande, PB, explica que a grife paraibana, que gera 850 empregos, 
desenvolve roupas, acessórios, artigos de cama, mesa e banho confeccionados 
com algodão de colorido natural. O algodão colorido de Campina Grande 
deriva de melhoramento genético e apresenta cores como marrom e verde. 
   O trabalho de tecelagem do algodão da Natural Fashion é 
feito por meio de diversas parcerias, com empresas da Paraíba, Sergipe 
e Pernambuco. A Natural Fashion leva vários aspectos em consideração 
como o apoio ao homem do campo, o comércio justo e a valorização 
da cultura popular, afirma Maysa. 
   Gadelha cita a importância 
do apoio de entidades como o Sebrae e a Embrapa. O trabalho da grife tem ganhado 
impulso. O consórcio já exporta para seis países, entre eles 
os Estados Unidos, vende seus produtos em quase todas as capitais brasileiras 
e se prepara para inaugurar uma franquia de lojas sustentáveis a partir 
do mês de abril.   |