A
chamada safrinha de milho, cultivada logo após a cultura principal de verão,
é uma excelente oportunidade de negócio para o pecuarista interessado
em recuperar pastagens ou investir na integração lavoura-pecuária.
As perspectivas para o cultivo da safrinha de milho deste ano, de fato,
são promissoras. O forte aumento da demanda de milho para a produção
de etanol nos Estados Unidos abriu espaço para as exportações
brasileiras, que somaram volume recorde de 11 milhões de toneladas, enxugando
o mercado interno e pressionando as cotações do cereal. |
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Atentos
a essa oportunidade de mercado, os técnicos do Departamento de Sementes,
Mudas e Matrizes da Secretaria de Agricultura de São Paulo estão
recomendando o plantio de variedades de milho desenvolvidas pela instituição,
que apresentam excelente relação custo-benefício em comparação
aos cultivares híbridos de milho.
O milho variedade é
uma excelente opção, pois tem custo de produção relativamente
baixo e apresenta boa resposta produtiva, destaca o agrônomo Armando
Portas, da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati) da
Secretaria de Agricultura de São Paulo.
De acordo com o técnico,
o pecuarista interessado em investir na prática deve atentar para a época
de plantio e para a escolha do cultivar mais indicado para sua região.
Neste sentido, a utilização de variedades de milho é uma
alternativa extremamente interessante, considerando sua relação
custo-benefício em comparação às sementes híbridas
de milho.
O milho variedade, em vez do híbrido, é
uma excelente opção nesses casos, pois o custo de aquisição
das sementes é bem menor e a produção, apesar de as plantas
serem semelhantes, apresenta variabilidade genética. Desta forma, se houver
falta de água, parte das plantas não será afetada pelo estresse
hídrico, explica o técnico.
O agrônomo lembra
que a Secretaria de Agricultura de São Paulo oferece um grande número
de variedades de excelente desempenho, a exemplo do AL-34, ideal para a produção
de silagem, ou ainda as variedades Piratininga e Ipiranga (veja o quadro As
variedades recomendadas).
De acordo com o pesquisador Dirceu Brock,
da Fundação MS, a integração lavoura-pecuária
proporciona, além de oportunidade de renda adicional para o criador, benefícios
como redução da erosão do solo, aumento da capacidade de
retenção de água do terreno, reciclagem de nutrientes pela
produção de matéria orgânica, redução
da incidência de doenças radiculares e melhorias na nutrição
das plantas. |