Os
inimigos naturais e as condições ambientais, reduzem o ataque da
praga em até 70%. O ataque é maior nos períodos secos de
julho e atingindo o máximo em outubro . Normalmente, têm ocorrido
um período longo de estiagem entre os mêses de janeiro a março,
e como consequência , têm surgido um pequeno ataque da praga. Para
controlar o bicho mineiro , proceder da seguinte maneira: - Inspecionar as
lavouras constantemente; - Do resultado das inspeções, decidir
sobre a conveniência de aplicar inseticida; - O inseticida deve ser
aplicado, quando a porcentagem de folhas atacadas, no terço médio
e superior, for igual ou superior a 30%; - No caso de viveiros e plantas novas,
por ter pequena área foliar, aplicar inseticida assim que a praga aparecer;
- Proceder a aplicação de inseticidas nos talhões atacados
e continuar a inspeção nos demais.
O controle é feito
com produtos em pulverização, como aqueles à base de ethion,
dicrotofós, fention, fenitrothion, dimetoato, dentre outros, ou via solo,
como aldicarb, dissulfuton, carbofuran e phorate. BROCA
DO CAFÉ É
também considerada praga-chave da cultura nas principais áreas produtoras
de café do mundo, atacando frutos em qualquer estádio de maturação,
desde verde até secos. Na fase adulta, a broca do café é
um pequeno besouro preto luzidio, com corpo cilíndrico e ligeiramente recurvado
para região posterior. Os élitros são revestidos de cerdas
e de escamas filiformes características utilizadas no reconhecimento da
espécie. Os machos, além de menores que as fêmeas, possuem
as asas posteriores ( membranosas ) rudimentares e, portanto, não voam
e nunca deixam os frutos de onde se originaram.
O ataque em frutos novos
causa sua queda, significando prejuízos na colheita. De um ano para outro,
se o inverno for chuvoso, a broca fica abrigada dentro dos frutos não colhidos
na planta ou no solo. Quando os frutos da nova safra estão na fase de chumbinho,
começa o trânsito da broca dos frutos velhos para os novos. Nessa
época, deve-se fazer amostragens periódicas nos frutos da primeira
florada para verificar o nível de infestação
Como
consequência do ataque, os grãos após o beneficiamento, aparecem
perfurados ou quebrados. O café brocado, além da perda de peso,
é depreciado na classificação, pois cinco grãos perfurados
constituem um defeito.
As condições favoráveis à
broca são: colheita mal feita; ocorrência de inverno chuvoso; lavoura
vizinha a áreas de café abandonadas; lavouras localizadas em faces
úmidas. Lavouras adensadas são mais sujeitas a infestação
pela broca.
O controle químico deve ser feito quando houver 3-5%
de frutos brocados. A amostragem deve ser realizada em 1% das plantas do talhão,
coletando-se 15 frutos de cada lado, no terço médio da planta. Atualmente,
somente os produtos à base de endosulfan são eficientes, na dose
de 1,5 a 2,0 litros por hectare, da formulação a 35%. CIGARRAS Existem
diversos tipos de cigarras atacando o cafeeiro, sendo mais comuns, as dos gêneros:
Quesada, Carineta, e Fidicina. O inseto adulto têm o corpo de coloração
escura, verde oliva e marrom, com diversas manchas e desenhos. As asas são
transparentes e com diversas manchas. Os adultos do gênero são maiores,
medindo cerca de 60 a 70 mm. Os do gênero Fidicina são menores, medindo
cerca de 20 a 30 mm. A fase larval ocorre no solo, com as ninfas sugando as raízes
do cafeeiro. Na fase de ninfa imóvel ocorre no solo, podendo ficar de 3
a 4 anos sugando as raízes do cafeeiro. Na fase final, cava galerias, até
superfície, transformando-se em ninfa móvel, passando está
fase na árvore e posteriormente em inseto adulto.
Os prejuízos
causados pelas cigarras nos cafezais são evidentes. A planta atacada apresenta
deficiência nutricional, quedas de folhas, flores e frutos, queda de vigor
e diminuição da produção
A emergência
dos adultos da Quesada, ocorre de agosto a dezembro. Os adultos de outros gêneros
ocorrem de dezembro a março. O controle deve visar as ninfas no solo. A
revoada, para as espécies do gênero Quesada ocorre de setembro a
dezembro e, as outras, de dezembro a setembro. O gênero Quesada deve ser
controlado, quando a população de ninfas/cova de cafeeiro for igual
ou superior a 35. Para os demais gêneros, sabe-se que o cafeeiro suporta
maior número de ninfas/cova, necessitando-se de uma avaliação
"in loco" para se decidir sobre o momento de se iniciar o controle.
Este é feito com inseticidas granulados sistêmicos, à base
de Dissulfoton, Phorate, Aldicarbe, Terlinfos e Carbofuran. ÁCAROS Os
ácaros mais comuns que atacam o cafeeiro são: o ácaro vermelho
(Oligonichus ilisis) e o ácaro branco ( Polyphagotarsonemus latus ). O
ácaro branco é também conhecido como ácaro tropical,
ácaro de chapéu do mamoeiro, ácaro das rasgaduras das folhas
e ácaro do bronzeamento da folhas. É muito pequeno, não sendo
visto facilmente sem o auxílio de lentes de aumento. Localiza-se de preferência
nos tecidos novos das plantas, abrigando-se dos raios solares, na página
inferior das folhas, onde realiza o ataque. Ataca ramos dos ponteiros e folhas
novas que enrolam e secam ou permanecem rudimentares, podendo apresentar rasgaduras.
Os ácaros vermelhos são facilmente observados nas folhas
do cafeeiro, com auxílio de uma lupa de bolso. Vivem na face superior das
folhas, que se apresentam recorbertas por uma delicada teia, onde grudam detritos
e poeira, tomando afolha um aspecto de suja. Na parte superior das folhas, furam
as células e sugam o conteúdo celular.
As folhas perdem
o brilho natural, tornando-se bronzeadas. O ataque do ácaro acorre geralmente
em reboleiras e, em condições favoráveis e/ou ausência
de controle, a infestação poderá atingir toda a lavoura.
O uso em excesso de fungicidas cúpricos, pode causar desequilíbrio
e provocar o aumento da população de ácaro.
Em período
de estiagem prolongada, as condições são propícias
ao desenvolvimento do ácaro, podendo causar o desfolhamento do cafeeiro,
prejudicando principalmente as lavouras novas, em fase de formação.
Chuvas pesadas paralizam o ataque e propiciam as plantas condições
de vegetação e recuperação, não sendo necessária
nenhuma medida de controle. MOSCAS
DAS RAÍZES É
uma praga que ataca as raízes do cafeeiro pelas formas jovens da mosca.
Os prejuízos podem ser superiores ao ataque de cigarras e podem matar a
planta pela sucção e dilaceramento das raízes.
O
controle é feito através do uso de inseticidas granulados sistêmicos,
via solo, como no caso das cigarras. COCHONILHAS Estão
disseminadas por todas as regiões cafeeiras do país e podem atacar
a parte aérea (cochonilha verde, parda, de cadeia, branca e de placa) e
as raízes. O prejuízo é causado pela sucção
contínua da seiva, contribuindo para o depauperamento e morte da planta.
O controle das cochonilhas da parte aérea é feito pelo uso de inseticidas
Fosforados ( Malathion, Parathion, Vamidothion e Dimetoato ) e, das cochonilhas
das raízes, pelo uso de inseticidas granulados aplicados via solo ( Dissulfoton,
Carbofuran, Aldicarb e Phorate ) e também, através do uso de pastilha
de fosfina colocadas no solo. FORMIGAS
CORTADEIRAS Os
cuidados com as formigas cortadeiras, em cafezais, devem ser mais intensos no
período de implantação da lavoura, pois atacam as mudas destruindo
completamente a folhagem, prejudicando o seu desenvolvimento. Entre essas, temos
a saúva (Atta spp ) e quenquéns ( Acromyrmex spp ).
As saúvas
podem ser controladas com formicidas gases liquefeitos, pós, líquidos
e iscas granuladas ou com termonebulização. As quenquéns,
localizando-se o ninho, que deve ser destruído mecanicamente ou pela aplicação
de formicida LAGARTAS Existem
diversas espécies, encontradas frequentemente nos cafezais. As lagartas
alimentam-se das folhas do cafeeiro, e algumas espécies são bastante
vorazes e causam rápido desfolhamento das plantas. Nas áreas atacadas
pode-se observar no solo as fezes dessa praga.
Possuem muitos inimigos
naturais, entre eles os pássaros, vespas e as moscas. O controle mais eficiente
é através de piretróides sintéticos em pulverização
foliar. |