Como
já é tradição, o evento reúne
várias gerações de selecionadores da
raça Santa Gertrudis, numa verdadeira festa de confraternização,
oferecida pelos anfitriões o casal Carson e Ellen Geld.
Para o casal a satisfação de realizar o concurso
Novilha do Futuro, na sede da fazenda Pau dAlho, onde
tudo começou, há 22 anos, não tem preço.
Dona
Ellen Geld, na acolhida aos convidados, falou do prazer que
é para a família receber os amigos para mais
uma realização e que espera repetir a dose ainda
por muitos anos.
O julgamento realizado pelo também criador Luiz Bannwart
Junior foi um acontecimento à parte. Bannwart aos 83
anos conta que, há mais de 50 lida em fazenda de criação
pecuária.
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Numa passagem que se deu no ano de 1952, quando o criador
ainda trabalhava como funcionário de uma fazenda de
criação de Nelore, o dono chegou até
ele uma vez e disse: Você é um funcionário
muito bom e está fazendo um grande trabalho. Mas, quer
um conselho, vá fazer cruzamento. Essas palavras
ficaram marcadas na memória do criador que e até
hoje diz usa-las no seu dia-a-dia.
Proprietário
da fazenda Figueira Branca, em Itaí , SP, Luiz Bannwart
fala da honra que é para ele julgar animais num evento
da importância do Novilha do Futuro. Essa é
vigésima segunda edição do concurso que
tenho o privilégio de participar, a primeira na condição
de juiz ele conta. Ao longo desses anos todos
é impressionante a evolução genética
que a raça Santa Gertrudis apresenta, destaca
o criador que chama a atenção para alguns problemas
graves que a raça tinha como, cascos, pé, umbigo,
e que foram superdos.
Antônio Roberto Alves Correa, presidente da Associação
Brasileira do Santa Gertrudis falou do momento favorável
que o Santa Gertrudis vive no mercado com a revalorização
dos animais para cruzamento industrial. Segundo Correa a busca
por animais mais precoces e de conformação frigorífica
dentro das exigências do mercado, está trazendo
o Santa Gertrudis de novo ao topo da pirâmide. Quanto
ao melhoramento da raça os criadores são unânimes
em afirmar que o Santa Gertrudis está preparado para
participar do concorrido mercado de produção
de carne brasileiro.
Luiz Fernando Doneux Junior, atual vice-presidente da Associação
Brasileira do Santa Gertrudis e selecionador da raça,
há 15 anos, acompanha o Novilha do Futuro desde a segunda
edição e fala com naturalidade é
um evento muito importante no calendário da associação,
primeiro porque abre oficialmente o ano para a raça
e segundo pela quantidade de animais que saem daqui direto
para os primeiros lugares nas pistas de julgamento pelo país.
Doneux conta que, há sete anos, comprou uma fêmea
no leilão Novilha do Futuro e que dela para cá
ela já, pois no pé sete crias, fato que por
si dispensa comentários, conclui o criador.
Resultado
destaca velhos e novos selecionadores
O
concurso Novilha do Futuro reuniu este ano quatorze fêmeas
de criatórios espalhados por todo o país. A
classificação dos dez primeiros premiou antigos
e novos criadores da raça. Na ordem de premiação,
do primeiro ao quinto, o animal quinto colocado foi FS 720-521
Pieta LB do expositor Antônio Roberto Alves Correa.
O quarto lugar ficou para FS-588-178 Dália da Taquari
do criador Henricus Beckers, da Holambra II, com 17 meses
e 6 dias, 438kg. O terceiro e o segundo lugares, que receberam
troféu na premiação, foram: FS-935-607
Neve da Jatobá da Agropecuária Ferreira
Doneux, com 18 meses e 7 dias, 442 kg, com prenhez positiva
e FS-1119-29 Itapira da Lagoa Dourada, da Lagoa Dourada
Agropecuária de Botucatu, SP, com 21 meses, 17 dias,
495kg, respectivamente. Já a grande campeã do
concurso Novilha do Futuro 2006 foi FS-501-340 Piteira de
propriedade do criador Antônio Roberto Alves Corrêa
da Fazenda União do Brasil, Buri SP, que recebeu
o troféu das mãos da Dona Ellen.
O leilão realizado logo após o julgamento teve
uma média considerada boa pelos organizadores do evento.
Foram vendidos no total, 26 lotes, sendo 14 novilhas com prenhes
confirmada que participaram do concurso e cinco machos de
criatórios convidados. Além disso, os anfitriões
venderam oito lotes no remate, cinco fêmeas e três
machos, da criação da fazenda Pau Dalho.
Os destaques ficaram para as fêmeas do criador Carson
Geld da fazenda Pau Dalho e Luiz Fernando Doneux Junior
da Agropecuária Ferreira Doneux, que venderam animais
a R$ 4.900. Entre os compradores, Antônio Roberto Alves
Correa, atual presidente da associação, Wladimir
Álvares de Mello, José Roberto Marcelino dos
Santos, Djalma Amaral, Lucam Agropastoril, Márcio Cabral
Magano, Thiago Rubega, disputaram cada lote. O total das vendas
foi R$ 85.120.
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