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BANANA: SIGATOKA NEGRA AINDA AMEAÇA O NORTE DO PAÍS
rev 95 - janeiro 2006

Apesar da expressiva demanda de agricultores familiares por mudas de banana de cultivares resistentes à sigatoka negra, a ausência de biofábricas em Rondônia torna-se um fator limitante para a obtenção de material propagativo de boa qualidade. Preocupada com o desempenho da cultura no Estado a Embrapa Rondônia, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento está executando, desde de agosto de 2005, um projeto de multiplicação de mudas de cultivares resistentes à sigatoka negra financiado pelo Programa Fome Zero.

O projeto está sendo executado em parceria com o Programa do Incra de Assessoria Técnica, Social e Ambiental à Reforma Agrária – ATES, através das

equipes de assistência técnica e extensão rural da Cootaron, Milênio e AECA nos municípios de Porto Velho, na Comunidade Ribeirinha de Cujubim Grande, Nova União, no PA Padre Ezequiel, em Machadinho d´Oeste, no PA Tabajara II, e Presidente Médice no PA Chico Mendes I. Foi selecionado, em cada município, um Projeto de Assentamento, que receberá no mês de dezembro, deste ano, 400 mudas de mudas de bananas resistentes à sigatoka negra e ao mal-do-panamá oriundas de biofábrica, juntamente com todos os insumos necessários a implantação e condução das unidades de multiplicação. Os produtores receberão mudas das variedades Caprichosa, Pacovan Ken, Caipira, e Thap Maeo, todas pertencente ao programa de melhoramento genético da Embrapa.

O trabalho será acompanhado pelas equipes técnicas parceiras e caberá aos grupos de produtores beneficiados a condução das áreas, a multiplicação e o repasse de mudas, até o próximo ano, aos demais agricultores envolvidos. O projeto, salienta o coordenador e técnico da Embrapa Rondônia, Zenildo Ferreira Holanda Filho, visa facilitar o acesso a mudas de alto padrão de qualidade, através da implantação e condução de viveiros comunitários. Zenildo enfatiza que, a Embrapa, com esta iniciativa, pretende ampliar a inclusão dos pequenos agricultores na exploração comercial da banana e, com isso, gerar renda e emprego no campo além de contribuir para a diversificação de culturas nas pequenas propriedades e, em especial, para a segurança alimentar das famílias participantes.

A DOENÇA

Atualmente um dos grandes problemas da bananicultura é a doença chamada Sigatoka Negra que ataca as folhas da bananeira causando a morte das mesmas promovendo até a perda total das plantações.

De acordo com dados do IBGE, em 2004 foram plantados somente 6.890 hectares de banana sendo que no ano de 1995 no Estado á área chegou a 30.963. As doenças, diz o técnico da Embrapa, foram os fatores que mais contribuíra para esta redução.


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