Apesar
da expressiva demanda de agricultores familiares por mudas
de banana de cultivares resistentes à sigatoka negra,
a ausência de biofábricas em Rondônia torna-se
um fator limitante para a obtenção de material
propagativo de boa qualidade. Preocupada com o desempenho
da cultura no Estado a Embrapa Rondônia, Empresa Brasileira
de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento está
executando, desde de agosto de 2005, um projeto de multiplicação
de mudas de cultivares resistentes à sigatoka negra
financiado pelo Programa Fome Zero.
O projeto está sendo executado em parceria com o Programa
do Incra de Assessoria Técnica, Social e Ambiental
à Reforma Agrária ATES, através
das
|
|
equipes
de assistência técnica e extensão rural
da Cootaron, Milênio e AECA nos municípios de
Porto Velho, na Comunidade Ribeirinha de Cujubim Grande, Nova
União, no PA Padre Ezequiel, em Machadinho d´Oeste,
no PA Tabajara II, e Presidente Médice no PA Chico
Mendes I. Foi selecionado, em cada município, um Projeto
de Assentamento, que receberá no mês de dezembro,
deste ano, 400 mudas de mudas de bananas resistentes à
sigatoka negra e ao mal-do-panamá oriundas de biofábrica,
juntamente com todos os insumos necessários a implantação
e condução das unidades de multiplicação.
Os produtores receberão mudas das variedades Caprichosa,
Pacovan Ken, Caipira, e Thap Maeo, todas pertencente ao programa
de melhoramento genético da Embrapa.
O trabalho será acompanhado pelas equipes técnicas
parceiras e caberá aos grupos de produtores beneficiados
a condução das áreas, a multiplicação
e o repasse de mudas, até o próximo ano, aos
demais agricultores envolvidos. O projeto, salienta o coordenador
e técnico da Embrapa Rondônia, Zenildo Ferreira
Holanda Filho, visa facilitar o acesso a mudas de alto padrão
de qualidade, através da implantação
e condução de viveiros comunitários.
Zenildo enfatiza que, a Embrapa, com esta iniciativa, pretende
ampliar a inclusão dos pequenos agricultores na exploração
comercial da banana e, com isso, gerar renda e emprego no
campo além de contribuir para a diversificação
de culturas nas pequenas propriedades e, em especial, para
a segurança alimentar das famílias participantes.
A
DOENÇA
Atualmente
um dos grandes problemas da bananicultura é a doença
chamada Sigatoka Negra que ataca as folhas da bananeira causando
a morte das mesmas promovendo até a perda total das
plantações.
De acordo com dados do IBGE, em 2004 foram plantados somente
6.890 hectares de banana sendo que no ano de 1995 no Estado
á área chegou a 30.963. As doenças, diz
o técnico da Embrapa, foram os fatores que mais contribuíra
para esta redução.
|