ABELHA
- SURGE O PRIMEIRO CASO DE LOQUE AMERICANA NO
BRASIL
rev 106 - dezembro 2006
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A
enfermidade, inofensiva ao ser humano, pode comprometer significativamente
a produtividade das colméias. Medidas de identificação
e controle já estão sendo tomadas.
Foi
identificada neste mês, pela primeira vez no país,
a ocorrência da Cria Pútrida Americana,
também conhecida por loque americana, uma
doença exótica, em um apiário do estado
do Paraná. Essa é a primeira vez que a doença
é registrada no território brasileiro.
Segundo o diretor do Departamento de Saúde Animal do
Ministério da Agricultura, Jamil Gomes de Souza, a
doença ocorre nas fases iniciais de desenvolvimento
das abelhas, causando redução da produção
e enfraquecimento das colônias. O ser humano não
é afetado pela enfermidade.
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Desde
a notificação da suspeita da doença,
o serviço oficial de defesa sanitária vem adotando
todos os procedimentos de investigação epidemiológica.
Foi estabelecida uma zona de vigilância, num raio de
10 Km ao redor do foco e adotadas ações de restrição
de trânsito de colméias de Apis mellifera e produtos
de risco.
Medidas de erradicação estão sendo adotadas,
incluindo a destruição das colônias e
produtos apícolas, seguida de limpeza e desinfecção
das caixas do apiário. De acordo com Jamil Gomes de
Souza, os técnicos prosseguem com os trabalhos de investigação
epidemiológica, visando esclarecer a origem da infecção.
Na loque americana, as larvas doentes ficam ligeiramente amareladas.
À medida que a decomposição avança
tornam-se cor de café e alongando-se no comprimento
da célula. Quando se mexe com um palito a massa viscosa
pode formar um fio de até 30 milímetros. Existe
um cheiro de putrefação.
O aspecto da criação parece um pimenteiro. Quando
secam, as larvas afetadas ficam castanho escuro e formam uma
escama junto à parede inferior da célula. Uma
boa iluminação é fundamental para observar
essas alterações. Os selos de cera quando presentes
estão perfurados ou afundados com uma aparência
ensopada.
Americana
x Européia
A
Loque Americana e a Loque Européia não são
iguais, mas podem por vezes gerar confusão, assim como
outras doenças que afetam a criação das
abelhas.
Os Kits Diagnóstico da LA e da LE devem ser usados
sempre que houver a suspeita de loques, em especial à
saída do Outono e à saída do Inverno,
de preferência, começando pelas colméias
com cera mais antiga. O diagnóstico precoce destas
doenças ajuda a isolar o problema e diminuir os danos,
tomando com toda a confiança a decisão certa
para controlar o problema.
Na
Loque Européia, as larvas infectadas ficam amareladas
e as traquéias ficam visíveis nas células
abertas. Jovens larvas não seladas (3 a 5 dias) em
forma de C à volta das paredes da célula.
O aspecto da criação também parece um
pimenteiro. As larvas mortas são encontradas atrás
da cera côncava e perfurada das células. A massa
viscosa dentro da célula é menos pegajosa do
que na loque americana. Por vezes pode também apresentar
um cheiro de putrefação.
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