A
diversificação do uso do cavalo pônei
tem gerado um forte crescimento no setor de criação
desses animais no País. De acordo com a Associação
Brasileira de Criadores de Cavalo Pônei, a marca chega
a 20% ao ano dado que reflete o aumento no número
de associados ativos da entidade. Os pequenos cavalos têm
sido utilizados intensamente no mercado de petshop (animais
de estimação). No setor de turismo rural e iniciação
de montaria, os pôneis encantam a garotada com seu jeito
manso. Por esse mesmo atrativo, os cavalinhos também
foram incorporados ao tratamento de pessoas portadoras de
deficiência, na chamada Equoterapia.
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O
crescimento da rentabilidade aos produtores também
é destaque nessa área da pecuária. Hoje
a procura é maior do que a oferta. O valor do pônei
praticamente dobrou nos últimos três anos,
ressalta o presidente da Associação, Fabrício
Borges Santos.
A entidade conta atualmente com 350 sócios ativos,
mas o número de criadores em atividade no País
é de cerca de 1,2 mil. Minas Gerais, São Paulo
e o Rio Grande do Sul se destacam como pólos de criação
desses animais em solo brasileiro.
O crescimento do setor alcança agora o estágio
da realização de leilões virtuais, via
televisão. Isso facilita que os interessados em investir
no setor das regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste
e Sudeste possam conhecer os pôneis que são criados
livres nos campos gaúchos.
Em Viamão, Região Metropolitana de Porto Alegre,
por exemplo, a Família Fernandes mantém o Haras
São Rafael há quase 40 anos. O proprietário
Guilherme Fernandes dispõe de cerca de 400 animais
troteando livremente em 300 hectares de campo, recebendo complementações
alimentares (ração) e todos os demais cuidados
veterinários e de manejo (doma) necessários
para o seu perfeito desenvolvimento. Criar pônei
se configura numa atividade lucrativa, pois ocupa pouco espaço
e tem baixo custo, explica Guilherme, produtor da terceira
geração de criadores da Família Fernandes.
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