Novas
variedades, de origem francesa, são avaliadas não
apenas na produtividade, mas em aparência, crocância
e sabor.
A
avaliação de oito cultivares francesas de batatas
revelou que os novos produtos poderão dividir ou substituir
o espaço ocupado no mercado pela tradicional Ágata.
O resultado faz parte dos testes desenvolvidos pela Assessoria
de Agroqualidade da Ceasa Minas e pela Escola de Nutrição
da Universidade Federal de Minas (UFMG), para orientar a inserção
das cultivares no mercado. As cultivares foram classificadas
em função de atributos como aparência,
crocância e sabor para os preparos de fritura, salada
e cozimento.
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A
avaliação foi realizada em agosto por um grupo
de 25 pessoas, entre técnicos ligados à agricultura,
além de representantes de supermercadistas, produtores
rurais, atacadistas e consumidores. No tipo de preparo destinado
à fritura, as cultivares Soleia, Canelle e Opaline
apresentaram melhor aceitação que a batata Ágata,
nas características de aparência, crocância
e sabor.
No cozimento, o atributo aparência dos tubérculos
Florice, Émeraude e Ágata não apresentou
diferença significativa entre si. Quanto à comparação
do sabor, o melhor desempenho ficou com a batata Émeraude,
embora essa amostra não tenha apresentado diferenças
significativas em relação à Ágata.
Já no preparo para saladas, a aparência da Ágata
obteve a melhor nota em relação às cultivares
Bailla e Gredine. Na avaliação do sabor, os
julgadores não identificaram diferenças entre
as batatas analisadas.
A inserção das novas cultivares integra o Programa
de Cooperação Técnica França/Brasil
para Minas Gerais, desenvolvido desde 1992. O programa envolve,
além da Ceasa Minas, órgãos do governo
federal e estadual dos setores agropecuário e produtivo.
No entreposto de Contagem da Ceasa Minas, a batata é
o principal produto hortigranjeiro ofertado, com volume médio
de cerca de 15 mil e 500 toneladas por mês.
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