O VESTIBULAR DAS BATATAS
rev 105 - novembro 2006

Novas variedades, de origem francesa, são avaliadas não apenas na produtividade, mas em aparência, crocância e sabor.

A avaliação de oito cultivares francesas de batatas revelou que os novos produtos poderão dividir ou substituir o espaço ocupado no mercado pela tradicional Ágata. O resultado faz parte dos testes desenvolvidos pela Assessoria de Agroqualidade da Ceasa Minas e pela Escola de Nutrição da Universidade Federal de Minas (UFMG), para orientar a inserção das cultivares no mercado. As cultivares foram classificadas em função de atributos como aparência, crocância e sabor para os preparos de fritura, salada e cozimento.

A avaliação foi realizada em agosto por um grupo de 25 pessoas, entre técnicos ligados à agricultura, além de representantes de supermercadistas, produtores rurais, atacadistas e consumidores. No tipo de preparo destinado à fritura, as cultivares Soleia, Canelle e Opaline apresentaram melhor aceitação que a batata Ágata, nas características de aparência, crocância e sabor.

No cozimento, o atributo aparência dos tubérculos Florice, Émeraude e Ágata não apresentou diferença significativa entre si. Quanto à comparação do sabor, o melhor desempenho ficou com a batata Émeraude, embora essa amostra não tenha apresentado diferenças significativas em relação à Ágata.
 
Já no preparo para saladas, a aparência da Ágata obteve a melhor nota em relação às cultivares Bailla e Gredine. Na avaliação do sabor, os julgadores não identificaram diferenças entre as batatas analisadas.
 
A inserção das novas cultivares integra o Programa de Cooperação Técnica França/Brasil para Minas Gerais, desenvolvido desde 1992. O programa envolve, além da Ceasa Minas, órgãos do governo federal e estadual dos setores agropecuário e produtivo. No entreposto de Contagem da Ceasa Minas, a batata é o principal produto hortigranjeiro ofertado, com volume médio de cerca de 15 mil e 500 toneladas por mês.


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