Promovida
de forma correta, a ação se traduz em queda
nos custos de criação e, conseqüentemente,
na obtenção de maiores lucros no haras.
Em especial na pecuária bovina, a suplementação
mineral dos animais deixou há mais de década
de ser um luxo para se transformar em fator de desempenho
produtivo e, conseqüentemente, em resultado econômico
direto. A explicação é simples. Em pastagens
pobres, deficientes em minerais, bastante características
do cerrado brasileiro, a plena manifestação
do potencial zootécnico é dependente de uma
boa mineralização: aquela que pondera a oferta
de minerais como cálcio e fósforo na dieta básica
para se oferecer um suplemento que satisfaça as necessidades
animais, guardando sua devida faixa etária e seu objetivo
econômico.
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Entre
os eqüinos não é diferente já que
precisam dividir as mesmas pastagens. Porém, apesar
do peso e da evolução da atividade no agronegócio
brasileiro, em termos de investimento e tecnologia em uso
ainda há um tabu considerável a se quebrado.
Segundo Antônio Augusto Coutinho, coordenador nacional
de eqüinos, caprinos e ovinos da Tortuga, o criador de
cavalos em geral ainda é muito carente de informações
sobre o assunto e não conhece o bom desempenho que
uma boa suplementação mineral pode trazer aos
seus animais e para a saúde financeira do haras, na
medida que eqüinos mais saudáveis são bem
menos exigentes e vários itens de custos.
Os minerais são elementos inorgânicos com papel
fundamental no metabolismo dos organismos. Por exemplo, são
importantíssimos na formação do esqueleto,
dentes e células sanguíneas. São indispensáveis
para muitas atividades bioquímicas complicadas do metabolismo
normal do corpo. Também têm papéis importantes
no equilíbrio dos fluídos dos tecidos do corpo
e na circulação de oxigênio na corrente
sanguínea, além de essenciais na atividade normal
da tireóide e metabolismo muscular. De acordo com Coutinho,
dos catorze minerais essenciais conhecidos, somente nove têm
interesse prático para cavalos: cálcio, fósforo,
sódio, cloreto, iodo, cobalto, ferro e magnésio.
Os minerais necessários em quantidade mais elevada
dependem da intensidade do esforço e que varia de animal
para animal. Além do sal mineral que deve ser oferecido
sob qualquer circunstância, o cavalo pode ter necessidade
de alguns elementos conforme as circunstâncias. Os eletrólitos
devem ser utilizados regularmente após os treinos,
já que o animal apresenta um grau de desidratação
acentuado. Sendo assim, ele deve ser suplementado de acordo
com suas necessidades de ferro, cobre, cobalto, zinco, selênio
e magnésio (ver tabela anexa). Esses minerais agem
na queda de incidência de miopatias de esforço,
na diminuição da produção de calor
pelo trabalho metabólico e facilitam a absorção
de vitaminas lipossolúveis bem como a absorção
de cálcio.
O organismo tem como finalidade manter a sua integridade metabólica.
Caso este processo de equilíbrio fisiológico
não seja eficiente, ou falte matéria-prima (principalmente
água e eletrólitos), o cavalo fatalmente sofrerá
as conseqüências de uma desidratação.
A composição eletrolítica do suor do
cavalo é difícil de ser mensurada. Várias
técnicas já foram testadas, porém, sem
resultados satisfatórios, pois depende da individualidade
do cavalo e das condições em que está
ocorrendo esta perda. Estudos indicam que o suor do cavalo
é hipertônico em relação ao plasma,
ou seja, bem mais concentrado em relação à
minerais do que o plasma sanguíneo, sendo o cloro e
sódio responsáveis pela hipertonicidade.
A
experiência do Haras Jauzinho
A
propriedade fica na região metropolitana de São
Paulo, no município de Vargem Grande Paulista. Seus
titulares são Cristina e Olavo Helene. O negócio
do casal consiste em oferecer baias para usuários de
cavalos que precisam de acomodações, área
de treino e a melhor manutenção possível.
O pensionato recebe mais de 130 animais de várias raças
e atletas de diversas modalidades, em pouco mais de 25 alqueires.
Cristina relata que depois de adotar um programa de suplementação
mineral, baseado no Elite Horse, desenvolvido
pela Tortuga para amparar o Kronium, produto carro-chefe na
linha de minerais para eqüinos, ela reduziu consideravelmente
o custo de criação, reduzindo gastos com assist6encia
veterinária e medicamentos, em função
da queda da incidência de doenças e lesões
provocadas por esforço, e até mesmo o consumo
de água e ração concentrada. O programa
tem como base a visão de equilibrar genética,
nutrição e sanidade dentro do Haras.
Para se ter uma idéia do investimento necessário
para promover uma boa suplementação mineral
à tropa, basta algumas poucas contas. Em média
um eqüino atleta consome 70 g/dia de sal mineral. Isso
significa que um saco de 30 kg, que custa em torno de R$ 80,
dá para abastecer o animal por um ano. O custo diário
fica por volta de R$ 0,30/dia. É muito em conta
perto dos benefícios que traz aos animais e ao negócio
como um todo, destaca Cristina.
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