O
desempenho produtivo de quarenta variedades de oliveiras originárias
da Itália, Israel, Grécia, Espanha, Marrocos,
França, Chile e Argentina vai ser avaliado em experimento
realizado pelo pesquisador Joston Simão Assis, da Embrapa
Semi-Árido, em uma área localizada entre os
municípios de Mucugê e Ibicoara na Chapada Diamantina,
Bahia.
A zona selecionada para a realização do experimento
possui clima característico do semi-árido nordestino,
ou seja, uma estação seca definida. No entanto,
devido à altitude entre 900 a 1200 metros acima do
nível do mar, as temperaturas nos meses de junho-julho-agosto
são mais baixas, em torno de 12 a 16 graus centígrados.
É uma condição climática que se
aproxima das encontrada nas zonas marginais do Mediterrâneo
e da América do Sul, onde, com os conhecimentos atuais
já é possível desenvolver cultivos econômicos
de oliveiras, afirma Joston Assis.
Em
estudos preliminares acerca do clima e dos solos da região
realizados no mês de novembro de 2005, o pesquisador
e Didier Pierre puderam observar numa fazenda de café
próxima ao município de Ibicoara planta de oliveira
em plena floração.
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Em
outro momento do estudo, desta vez no último mês
de março, observaram no jardim de uma residência
de Mucugê uma oliveira com frutos em fase de mudança
de cor, o que caracteriza o início do amadurecimento,
explica Joston.
Estas observações criam expectativas animadoras
quanto á viabilidade de cultivo comercial na região
e o desenvolvimento de uma indústria olivícola
em zonas de micro-climas específicos do semi-árido
brasileiro, ressalta Joston. Inicialmente ele explica que
no experimento os estudos vão se concentrar no teste
de diferentes métodos de manejo e indução
floral ao cultivo. Os resultados mais conclusivos serão
obtidos após dois ou três anos desta pesquisa.
A Fundação de Desenvolvimento Regional
Funder irá administrar os recursos do contrato
de cooperação da Embrapa e a ISTRI.
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