O
Estudo do Complexo do Agronegócio Cavalo mostra que
a eqüinocultura tem ganhado espaço no Brasil e
revela a verdadeira amplitude econômica e social desta
atividade. Foi constatado que o agronegócio cavalo
tem um enorme potencial de crescimento no país,
diz o vice-presidente executivo da Confederação
da Agricultura e pecuária do Brasil (CNA) e presidente
da Comissão Nacional do Cavalo, Pio Guerra. Hoje,
o agronegócio cavalo movimenta quase R$ 7,5 bilhões
por ano, afirma.
A pesquisa encomendada pela CNA à Escola Superior
de Agricultura Luis de Queiroz (Esalq), da Universidade de
São Paulo (USP) coloca o Brasil como o
terceiro maior rebanho de eqüinos do mundo, diz
o vice-presidente da CNA. Segundo ele, o Brasil possui 5,9
milhões de cavalos. A China fica em primeiro lugar
no ranking com 7,9 milhões e o México vem em
seguida com 6,3 milhões de cabeças. Além
disso o país é o quinto maior exportador líquido
de carne de cavalo do mundo.
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O
Complexo do Agronegócio Cavalo oferece mais de 3 milhões
de empregos diretos e indiretos. Os medicamentos veterinários
e as rações movimentam, juntos, cerca de R$
107,5 milhões. Apenas 360 mil animais consomem
ração industrializada enquanto 250 mil utilizam
medicamentos veterinários, conta Guerra. De acordo
com o estudo os medicamentos veterinários movimentam
em torno de R$ 54 milhões de reais.
Estado
de alerta
Elaborou-se,
a partir dos resultados da pesquisa, uma agenda propositiva
a fim de melhorar alguns pontos do setor. Há
poucas iniciativas de marketing principalmente em relação
a esportes e criação, conta Pio Guerra.
Segundo ele, é necessário buscar patrocinadores
e maior espaço nos canais de comunicação
de massa. Precisamos buscar espaço junto aos
meios de comunicação e sensibilizar outros setores
do Complexo para investirem no segmento, comenta.
Além do baixo apoio às atividades específicas
de eqüinocultura, é preciso ter, também,
um maior controle sanitário dos criadores de animais
para lida. O número nada significativo de profissionais
e a falta de qualificação nas áreas de
casqueamento e ferrageamento são pontos críticos
que também precisam ser melhor estudados. Para
isso tentaremos incentivar o aumento do número de ferradores
e criar novos cursos de formação e capacitação
profissional, responde Guerra.
Problemas como a falta de acesso a linhas de crédito,
custo elevado e entraves operacionais nas exportações
e importações de animais vivos e a revitalização
dos jockeys clubs e do turfe são alguns dos muitos
pontos fracos do agronegócio cavalo. No entanto, pode-se
dizer que o estudo realizado mostra um grande avanço
do setor e auxiliará na descoberta de soluções
para os problemas, até então, desconhecidos.
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