Transgênicos
vieram para ficar e ajudar!
Existem
vários tipos de soja transgênicas sendo desenvolvidas
atualmente. A mais conhecida e plantada comercialmente é
uma planta que recebeu, por meio de técnicas da biotecnologia,
um gene de um outro organismo capaz de torná-la tolerante
ao uso de um tipo de herbicida, o glifosato.
Esse gene foi extraído de uma bactéria do solo,
conhecida por Agrobacterium, e patenteado por uma empresa
privada com o nome CP4-EPSPS. Estruturalmente, é muito
parecido com os genes que compõem o genoma de uma planta.
Quando inserido no genoma da soja, tornou a planta resistente
à aplicação do herbicida.
Essa novidade chegou ao campo pela primeira vez nos Estados
Unidos, na safra de 1996. No ano seguinte, os agricultores
argentinos também já aderiram à novidade.
Com a nova tecnologia, fico mais fácil para os agricultores
controlarem a planta daninha sem afetar a soja.
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O
glifosato é um produto comumente utilizado pelos agricultores
no controle de plantas daninhas e limpeza de áreas
antes do plantio de uma cultura. Suas moléculas se
ligam a uma proteína vital da planta, impedindo seu
funcionamento e ocasionando sua morte.
Mas afinal, o que é planta transgênica, organismo
geneticamente modificado? Essas expressões fazem parte
do vocabulário da biotecnologia, que teve seu desenvolvimento
fundamentado em várias ciências como a genética,
a bioquímica, a biologia molecular, a biologia celular
e a engenharia genética.
As plantas transgênicas são organismos modificados
a partir da engenharia genética para adquirir características
diferentes e melhores. Só para se ter uma idéia
do potencial dessa tecnologia, as plantas transgênicas
podem possuir maior resistência a pragas, doenças
e a condições climáticas adversas; tolerância
a herbicidas; melhoria dos compostos nutricionais; maior facilidade
de processamento; melhor conservação dos frutos
e entre outras.
Quando os pesquisadores começaram a entender o comportamento
genético das plantas e passaram a desenvolver técnicas
para melhorá-las, eles já estavam praticando
a engenharia genética. Para desenvolver a planta transgênica
os pesquisadores utilizam a técnica de transformação
genética, na qual um ou mais genes são isolados
bioquimicamente em uma célula. O gene introduzido pode
ser de qualquer organismo vivo: um animal, uma bactéria
ou até mesmo uma outra planta.
Para os consumidores os benefícios podem ser traduzidos
em produtos com menos agrotóxicos, produtos com qualidade
diferenciada, como, por exemplo, soja com óleo de melhor
qualidade, soja com maior teor de açúcar, soja
com melhor composição de proteínas, etc.
No caso do produtor o que se espera com a tecnologia de plantas
transgênicas é reduzir o custo de produção;
facilitar o manejo (controle de ervas daninhas e insetos,
etc.) e aumentar a produtividade.
Os primeiros resultados proporcionados à agricultura
pela Biotecnologia começaram a aparecer nos Estados
Unidos, em 1995. O primeiro produto comercial foi uma variedade
de tomate que dura mais tempo nas prateleiras. Em 1996,
as culturas do milho, do algodão e da soja também
começaram a se beneficiar com a Biotecnologia.
No milho e no algodão, os cientistas aproveitaram um
gene encontrado na bactéria de solo Bacillus thuringiensis
(Bt), uma velha conhecida dos agricultores. Essa bactéria
é usada como controle biológico de pragas nas
duas culturas. O controle é feito a partir da pulverização
da bactéria sobre as plantações. Ao consumir
as folhas, as pragas ingerem a substância que contém
a bactéria BT, tóxica ao inseto, porém
inofensiva para os homens.
Por meio das técnicas de biotecnologia, o milho e o
algodão receberam o gene expresso na bactéria
BT e as plantas tornaram-se resistentes às pragas,
broca européia e lagarta-rosada, respectivamente, sem
a necessidade de pulverização do produto.
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