A colheita revela um aumento significativo de produtividade
e preferência pelos tomates AP 529 e AP 533, híbridos
de alta produtividade. Esta constatação é
confirmada por duas das maiores fabricantes de tomate processado,
Parmalat e Predilecta, que têm ampliado gradativamente
a utilização dos APs em sua produção,
alcançando produtividade média de 80 t/ha a
media nacional é de 50 t/ha. além de forte resistência
ás principais doenças e bactérias.
O
tomate, além de sanidade e alta produtividade, precisa
ter frutos de qualidade que favoreçam a industrialização.
Cor, sabor e polpa consistente são características
essenciais para a indústria, afirma Nivaldo Zaninetti,
responsável pela área agrícola da Predilecta,
sediada em Matão/SP. A empresa consome cerca de 50
mil toneladas/ano de tomates para processamento (560 APs)
e esse volume deverá ser ampliado cerca de 15% na próxima
safra. Na Parmalat, que tem 60% da área destinada á
produção cultivada com APs, faz uma rigorosa
seleção de materiais e a produtividade média
é mantida em torno de 70 t/ha. O gerente agrícola
Waldir Becari explica que os APs produzem frutos graúdos,
com boa firmeza e polpa espessa, excelentes para a preparação
de molhos refogados.
O
Brasil cultiva hoje cerca de 16 mil hectares de tomate indústria,
com uma produção anual em torno de milhão
de toneladas, concentrados principalmente na região
de cerrado do Centro-Oeste e também no oeste de São
Paulo, onde são cultivados cerca de 4 mil hectares.
Neste Estado, é grande a incidência de doenças
em função da umidade aliada a altas temperaturas,
principalmente em épocas de chuvas. A baixa incidência
de doenças aliada a boa tolerância aos ataques
da bactéria Xhantomonas é uma das principais
vantagens do produto.
Os
tomates AP (Asgrow Processing foram desenvolvidos na Califórnia/EUA
pela marca Asgrow e começaram a ser três anos
de testes em campo. Hoje comercializados pela marca Seminis,
os APs, já assumiram a liderança do mercado
em São Paulo e sua utilização cresce
também no Cerrado.
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