Os
pequenos produtores de laranja do Estado de São Paulo
terão acesso a uma linha de crédito exclusiva
para o combate da doença da morte súbita. Trata-se
do Projeto sub Enxertia dos Citros para Controle da Secretaria
Estadual Súbita, recém-criado pela Secretaria
Estadual de Agricultura e Abastecimento, com recursos do FEAP/BANAGRO
Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista /
O Banco do Agronegócio Familiar, órgão
pertencente á pasta. A verba total a ser liberada para
esse projeto é de R$ 2 milhões, sendo que a
metade desse valor será disponibilizada ainda este
ano. O dinheiro está disponível no Banco Nossa
Caixa. A criação do projeto representa mais
um importante passo dado pela Secretaria para o combate da
morte súbita, doença que vem atacando os laranjais
paulistas, afirma o secretário Duarte Nogueira. O Estado
de São Paulo possui o maior parque citrícola
do mundo, com 211 milhões de pés da fruta, e
é o principal exportador mundial de suco de laranja,
respondendo por mais de 95% dos embarques brasileiros. O setor
é responsável ainda por 400 mil empregos diretos
e movimenta anualmente cerca de US$ 5 bilhões.
Como
o nome do projeto já diz, os recursos são destinados
para aplicação da técnica da sub-enxertia,
na qual um novo porta-enxerto é sub-enxertado no tronco
da copa. A medida visa a substituição do porta-enxerto
limão cravo variedade onde a morte súbita se
manifestou e utiliza e 85% do pomares, por outros considerados
tolerantes á doença, explica o secretário.
Primeiramente
serão atendidos os produtores situados em Barretos
atendidos os produtores situados em Barretos, Fernandópolis,
Jales, São João do Rio Preto e Votuporanga regiões
onde se concentram os focos de MC.
O
projeto tem como objetivo apoiar a agricultura familiar, fazendo
com que os pequenos produtores de laranja também tenham
condições de proteger seus pomares da doença,
diz Nogueira. Só serão beneficiados com o financiamento
os produtores com receita bruta anual até 10 anos de
idade. O teto de financiamento é de até R$ 34
mil ao produtor, com juros de 4% ao ano e prazo de pagamento
de até 5 anos, incluindo a carência de até
24 meses após a data de contratação.
A
morte súbita que vem prejudicando os laranjais paulistas
e também de Minas Gerais foi registrada pela primeira
vez em 2001, no município de Comendador Gomes, no Triângulo
Mineiro. Desde então, a Secretaria de Agricultura tem
trabalhando em conjunto com seus órgãos de pesquisas
científicas e outros parceiros público e privados
para evitar um avanço maior da doença ela se
alastrou por municípios paulistas, sobre tudo na região
fronteiriça de Barretos - e descobrir o agente causador
do vírus. No Estado de São Paulo, os agricultores
e os outros elos da cadeia produtiva da laranja contam ainda
com todo o apoio da equipe de pesquisadores do Centro Apta
Citrus, pertencente á Secretaria e um dos mais modernos
e renomeados centros de pesquisas do mundo. Só a pesquisa
poderá resolver a necessidade urgente de se diagnosticar
o vírus e de se encontrar outras alternativas de porta-enxerto.
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