A
grande dificuldade dos agricultores é identificação
da doença no início da ocorrência, medida
que possibilita o controle da ferrugem. O monitoramento contínuo
da lavoura é essencial para o controle possa ser adotado
no momento correto, a fim de se evitar reduções
de produtividade, diz José Renato Farias, chefe de
pesquisa da Embrapa Soja.
Segundo
ele, os sintomas iniciais da doença são pequenas
pontuações escuras nas folhas. Depois as folhas
amarelecem e caem prematuramente, impedindo o completo enchimento
das vagens. A principal forma de disseminação
da doença é o vento e não é possível
haver transmissão da doença pelas sementes,
explica.
De
acordo com a pesquisadora Cláudia Godoy, da Embrapa
Soja, as condições que favorecem o desenvolvimento
de ferrugem são temperaturas noturnas amenas e a presença
de água na superfície das folhas. As regiões
mais altas normalmente são mais favoráveis a
ocorrência da doença devido a um maior número
de horas de orvalho. No entanto, nas regiões mais baixas,
a presença de chuvas bem distribuídas também
favorece o desenvolvimento da ferrugem.
Para
reduzir o risco de danos, sugerimos o uso de cultivares de
ciclo precoce e semeaduras no início da época
recomendada para evitar a maior carga de esporos do fungo
que irá iniciar a multiplicação nos primeiros
plantios, explica a pesquisadora.
Segundo
ela, o controle da doença pode ser feito com a aplicação
de fungicidas registrados no MAPA. A utilização
de fungicidas é uma medida de controle para minimizar
os danos a curto prazo, mas o objetivo da Embrapa é
o desenvolver variedades resistentes/tolerante minimizem as
perdas sem aumentar o custo de produção. A obtenção
de cultivares resistentes tem sido dificultada, em função
da existência de raças de fungo. E até
o momento não estão disponíveis cultivares
resistentes para essa doença, afirma.
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