Com
isso, o consumidor passará a saber todas as informações
sobre a carne que está comprando, como idade, peso
e sexo do animal ao qual pertencia, além da cobertura
de gordura, rastreamento e tipo de couro. A proposta foi aprovada
durante a reunião da Câmara Setorial da Cadeia
Produtiva da Carne Bovina, informou o secretário de
Defesa Agropecuária do Mapa, Maçao Tadano.
Até
o próximo dia 25, o texto da classificação
de carcaça bovina deverá estar concluído,
informou o secretário. Em discussão na Câmara
da Carne Bovina desde julho último, a proposta será
levada á consulta pública a partir de 1º
de outubro. Durante 60 dias, o Mapa receberá sugestões
para incluir no sistema. O cronograma para sua implantação
foi definido durante a reunião, revelou Tadano, acrescentando
que essa era uma antiga reivindicação da cadeia
produtiva.
De
acordo com o secretário de Defesa Agropecuária,
o sistema de classificação de carcaça
permitirá aos produtores agregarem valor á carne
bovina. O preço final deve melhorar para os produtores,
porque os consumidores, passarão a saber realmente
que tipo de cane estão comprando. Hoje, com a implantação
do rastreamento bovino, que permite identificar a origem dos
animais, els já recebem entre R$ 1 e R$ 2 por arroba
(15kg).
A
tabela de pontuação para classificação
de carcaça, que permitirá estabelecer o preço
do produto, foi idealizada pelo presidente da Associação
Nacional de Carne e Couro de qualidade (Anapec), Luiz Eduardo
Batalha. Todas as informações referentes ao
animal constarão de um código de barras que
será afixado na embalagem da carne. O Mapa vai capacitar
profissionais para atuar na classificação de
carcaças. A tabela apresentada pelo grupo de trabalho
terá pequenos ajustes e seguirá imediatamente
para consulta pública. Produtores acreditam que convênio
com frigoríficos, como aval do MAPA, será assinado
em 90 dias.
Segundo
Batalha, membro da Câmara Setorial, a tabela terá
pequenos ajustes e será enviada imediatamente para
consulta pública de 60 dias. Paralelamente, serão
treinados classificadores para acompanhar os abates nos frigoríficos.
Em 90 dias, os produtores e frigoríficos deverão
assinar o convênio de bonificação pelas
carcaças, pelo couro e pela rastreabilidade, com aval
do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Batalha ressalta que essa decisão é uma vitória
dos produtores. Os pecuaristas precisam se sentir motivados
a investir em qualidade, sendo remunerados por isso. Com a
bonificação, as carcaças de melhor qualidade
serão valorizadas, favorecendo também os frigoríficos,
que receberão produtos mais uniformes, assinala.
A
classificação, proposta pelos produtores de
carne bovina participantes da Câmara Setorial prevê
o pagamento de bônus aos pecuaristas que entregarem
ao abate animais de qualidade superior. A remuneração
extra vai de -4% para depreciação da carcaça
sem qualidade até +8%. Serão considerados os
seguintes fatores: Sexo do animal, peso, idade de abate e
cobertura de gordura. Para efeito da bonificação,
consideram-se a qualidade da carcaça e a qualidade
do couro, além da rastreabilidade do animal. A classificação
das carcaças tem como limite 5%, a do couro 2% e a
rastreabilidade 1%, totalizando os 8% máximos.
Suplementos
com baixo custo de qualidade
Na
reunião de 11 de setembro, em Brasília (DF),
a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Carne Bovina
criou um comitê para discutir a produção
de suplementos de boa qualidade e a custo acessível
ao produtor rural, visando garantir a qualidade da carne bovina.
O
comitê da Nutrição Animal será
coordenado por Constantino Ajimasto Júnior, presidente
da Associação Brasileira do Novilho Precoce
(ABNP) e diretor da Damha Nutrição Animal, terá
como primeira tarefa reunir-se com os fornecedores de fósforo
matéria prima com peso elevado para a produção
de suplementos, propondo acordo entre ambos para viabilizar
a redução do custo final.
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