Esse
é um dos resultados do trabalho coordenado pelo melhorista
Tumoru Sera. O pesquisador passou um bom tempo tenta do introduzir,
por meio de cruzamentos tradicionais, genes capazes de tornar
a planta de café menos vulnerável ás
baixas temperaturas. O objetivo do trabalho do pesquisador
do Iapar é desenvolver plantas que não morram
com as temperaturas negativas e que sejam capazes de acionarem
mecanismos de defesa, de modo a transformar, nelas mesmas,
geadas severa em moderadas.
Foi
justamente isso que Tumoru conseguiu. Desenvolveu uma planta
que permanece durante o inverno com o ponto de seu próprio
congelamento 10% mais baixo. Ele explica que o cafeeiro queima
quando temperaturas de 3,5 graus negativos permanecem por
30 minutos. Isso quer dizer que, quando exposta a uma temperatura
3,5 graus negativos permanecem por 30 minutos. Isso quer dizer
que, quando exposta a uma temperatura de 3,5 grau negativos,
ao nível foi ar por 30 minutos, a planta consegue ter
a sensação térmica de 3,1 grau negativos,
evitando o dano severo e resultando em dano moderado ou dano
moderado em leve. Assim é a IPR 103, uma variedade
do grupo Catucaí que, na safra 2005 estará á
disposição dos cafeicultores.
O pesquisador explica que a nova cultivar ter vigor vegetativo
alto, é bem nutrida no inverno, características
que a leva a resistir mais ao frio. A produtividade da IPR
103 é igual ou maior ( em torno de 65 sacas beneficiadas/ha)
que a Catuaí, cuja produtividade nas mesmas condições
é de 60 sacas beneficiadas/ha. Outra características
da nova cultivar é a maior estabilidade e mais qualidade
da produção.
Outra característica importante na IPR 103 e em outras
variedades que Tumoru e sua equipe vem desenvolvendo é
o tempo de maturação, visando escapar dos períodos
mais prováveis de geada sobre os frutos verdes do ano
e permitir que o produtor faça o escalonamento da colheita.
Segundo Tumoru os prejuízos com as geadas podem ser
diminuídas em 50% no ano de ocorrência, quando
o cafeicultor tiver o cuidado de plantar variedades precoces
nas regiões mais frias amadurecendo até maio)
e variedade mais tardias em regiões mais quentes (amadurecendo
mais tarde mas antes de maio tendo mais tempo para melhor
gramação dos frutos e melhor nutrição
para dar mais vigor á planta). Estamos trabalhando
agora na criação de variedades super precoces
que amadureçam até maio para as regiões
frias e super tardias, que amadurecem até maio para
as regiões frias e super tardias, que amadurecem até
maio para as regiões frias quentes.
Assim, no caso de geadas severas que ocorrem a cada seis anos,
ao invés de ter dano em duas safras, safra do ano e
do ano seguinte, terá dano somente na safra seguinte.
Ao invés de ter dano severo de 200%. poderá
ter dano moderada de 70% que tira a produção
somente de um ano, dano equivalente ao efeito de ciclo bienal
de produção, o que não seriaproblema
tão limitante quanto ficar sem duas safras, pois a
produção que deixa de ter num ano é compensado
por uma safra grande em seguida. Os danos de uma ferrugem
mal controlada, com dano anual de 20% a 80% (média
anual 50%) ou adubação desequilibrada e insuficiente
( dano médio anual de 50%) é muito maior que
o dano da ordem de 70% que confunde com ciclo bienal de produção)
a cada seis anos dano médio anual de 12%). Desde que
use cultivar resistente á ferrugem, diversifique a
propriedade cafeeira plantando em áreas mais apropriadas
e adube proporcionalmente á produtividade esperada,
a geada não é problema limitante.
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