A Coooperativa dos criadores de Avestruzes do Estado de São
Paulo (CCAESP), é uma entidade que foi criada com o
objetivo de fomentar o crescimento da raça no mercado
brasileiro, diz o presidente da entidade, Marcos Antônio
Perucci Ortega. A idéia de criar a cooperativa de produtos
surgiu durante o congresso mundial de estrutiocultura de 2001,
realizado na cidade de Campinas, interior de São Paulo.
Na ocasião o que se discutia era a possibilidade de
criar meios para ajudar uma parcela de pequenos e médios
produtores, que sofriam com a falta de estrutura para armazenarem
seus animais, explica.
Ortega
conta que a maior dificuldade que o grupo encontrou no princípio
foi conseguir reunir um número de associados, 20 no
total, exigidos por lei para a realização do
registro da cooperativa, na junta comercial do estado de São
Paulo (JUCESP)." O próximo passo foi elaborar
um estatuto de normas que regulamenta-se as atividades internas
da entidade. Para isso foram criadas uma diretoria executiva
e dois conselhos de éticas e fiscal. Formando pelos
próprios cooperados, todas as ações dentro
da cooperativa são determinadas com a participação
desses conselhos que realizam reuniões periódicas".
Segundo
o diretor de Marketing da cooperativa Cesar Alarico Barreiros,
esta era a única forma de os pequenos e médios
produtores, que nãoo possuem estrutura física
na propriedade para viabilizar seu próprio criatório,
entrar no competitivo mercado que envolve a estrutiocultores
de grande poder de produção. Barreiros conta
que apesar de idéia ter nascido em Outubro de 2001,
efetivamente os trabalhos só começaram no segundo
semestre do ano seguinte. No início dos trabalhos a
CCAESP tinha uma média de seis criatórios de
expressão e o restante, cerca de 60% dos associados
eram pequenos criadores.
De acordo com o diretor de Marketing da entidade, os considerados
pequenos criadores possuem em média 5 casais adultos
e formam a grande maioria, cerca de 60%. Suas propriedades
são normalmente de pequeno porte. Já os criadores
de médio porte possuem entre 25 e 30 casais e, somente
em algum casos, possuem uma estrutura de criação,
montada na propriedade. Barreiros conta que é somente
os grandes criadores que possuem infra-estrutura capaz de
auto-sustentar sua produção. Existem criatórios
que mantém um plantel de até 1 mil casais edetém
toda uma estrutura de máquinas e equipamentos que possibilitam,
não só manter a produção própria,
mas funcionar como hospedeiro para terceiros, o segundo o
criador é bastante lucrativo.
A CAAESP conta atualmente com cerca de 37 cooperados todos
situados em cidades do estado de São Paulo. As de maior
importância por concentrar o maior número de
criatório é respectivamente Sorocaba, Campinas
e Bragança Paulista explica o presidente da cooperativa,
os planos para o futuro próximo é construir
um núcleo de cooperados a cada 150 Km. Atualmente a
cooperativa conta ainda com o apoio técnico da cooperativa
de profissionais em Assessoria Ambiental e Manejo Sustentável
(ASAS). Formada por veterinários, zootecnista, biólogo
e engenheiros florestais que oferecem suporte técnico
a todos os associados.
De acordo com o diretor de marketing, o fato da cooperativa
ter menos de um ano de criação, ainda possui
muita coisa a ser resolvida. A regulamentação
depende de uma série de ajustes que devem ser realizados.
Um deles é criar uma mensalidade para que futuramente
os criadores associados possam contar com um número
maior de serviços da CCAESP, explica.
Outro aspecto importante abordado pelo presidente da entidade
está relacionado aos produtores que podem ser criados
a partir da utilização do avestruz como matéria
prima. Além da comercialização da carne,
do couro e da pluma de avestruz, agora a indústria
de cosméticos está utilizando a gordura do animal
em larga escala na produção de produtos de beleza.
Ortega observa que isso é muito positivo, pois gera
uma infinitiva de empregos diretos e indiretos. É necessário
uma maior participação dos órgão
federais ligados ao Ministério da Agricultura e Abastecimento
no sentido de desenvolver estudos que possibilitem diminuir
as mortes de animais por falta de conhecimento das técnicas
de manejo, conclui.
|