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UNIR ESFORÇOS É SAÍDA PARA O PEQUENO
rev 68 - agosto 2003

A Coooperativa dos criadores de Avestruzes do Estado de São Paulo (CCAESP), é uma entidade que foi criada com o objetivo de fomentar o crescimento da raça no mercado brasileiro, diz o presidente da entidade, Marcos Antônio Perucci Ortega. A idéia de criar a cooperativa de produtos surgiu durante o congresso mundial de estrutiocultura de 2001, realizado na cidade de Campinas, interior de São Paulo. Na ocasião o que se discutia era a possibilidade de criar meios para ajudar uma parcela de pequenos e médios produtores, que sofriam com a falta de estrutura para armazenarem seus animais, explica.

Ortega conta que a maior dificuldade que o grupo encontrou no princípio foi conseguir reunir um número de associados, 20 no total, exigidos por lei para a realização do registro da cooperativa, na junta comercial do estado de São Paulo (JUCESP)." O próximo passo foi elaborar um estatuto de normas que regulamenta-se as atividades internas da entidade. Para isso foram criadas uma diretoria executiva e dois conselhos de éticas e fiscal. Formando pelos próprios cooperados, todas as ações dentro da cooperativa são determinadas com a participação desses conselhos que realizam reuniões periódicas".

Segundo o diretor de Marketing da cooperativa Cesar Alarico Barreiros, esta era a única forma de os pequenos e médios produtores, que nãoo possuem estrutura física na propriedade para viabilizar seu próprio criatório, entrar no competitivo mercado que envolve a estrutiocultores de grande poder de produção. Barreiros conta que apesar de idéia ter nascido em Outubro de 2001, efetivamente os trabalhos só começaram no segundo semestre do ano seguinte. No início dos trabalhos a CCAESP tinha uma média de seis criatórios de expressão e o restante, cerca de 60% dos associados eram pequenos criadores.

De acordo com o diretor de Marketing da entidade, os considerados pequenos criadores possuem em média 5 casais adultos e formam a grande maioria, cerca de 60%. Suas propriedades são normalmente de pequeno porte. Já os criadores de médio porte possuem entre 25 e 30 casais e, somente em algum casos, possuem uma estrutura de criação, montada na propriedade. Barreiros conta que é somente os grandes criadores que possuem infra-estrutura capaz de auto-sustentar sua produção. Existem criatórios que mantém um plantel de até 1 mil casais edetém toda uma estrutura de máquinas e equipamentos que possibilitam, não só manter a produção própria, mas funcionar como hospedeiro para terceiros, o segundo o criador é bastante lucrativo.

A CAAESP conta atualmente com cerca de 37 cooperados todos situados em cidades do estado de São Paulo. As de maior importância por concentrar o maior número de criatório é respectivamente Sorocaba, Campinas e Bragança Paulista explica o presidente da cooperativa, os planos para o futuro próximo é construir um núcleo de cooperados a cada 150 Km. Atualmente a cooperativa conta ainda com o apoio técnico da cooperativa de profissionais em Assessoria Ambiental e Manejo Sustentável (ASAS). Formada por veterinários, zootecnista, biólogo e engenheiros florestais que oferecem suporte técnico a todos os associados.

De acordo com o diretor de marketing, o fato da cooperativa ter menos de um ano de criação, ainda possui muita coisa a ser resolvida. A regulamentação depende de uma série de ajustes que devem ser realizados. Um deles é criar uma mensalidade para que futuramente os criadores associados possam contar com um número maior de serviços da CCAESP, explica.

Outro aspecto importante abordado pelo presidente da entidade está relacionado aos produtores que podem ser criados a partir da utilização do avestruz como matéria prima. Além da comercialização da carne, do couro e da pluma de avestruz, agora a indústria de cosméticos está utilizando a gordura do animal em larga escala na produção de produtos de beleza. Ortega observa que isso é muito positivo, pois gera uma infinitiva de empregos diretos e indiretos. É necessário uma maior participação dos órgão federais ligados ao Ministério da Agricultura e Abastecimento no sentido de desenvolver estudos que possibilitem diminuir as mortes de animais por falta de conhecimento das técnicas de manejo, conclui.


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