As empresas que atuam no segmento agrícola investem
pesado no desenvolvimento de novas ferramentas de auxilio
ao produtor, podendo assim potencializar os resultados oriundos
do processo de produção, melhorando a margem
de lucro para o produtor rural. Todo esse avanço tecnológico
depende de um controle rigoroso por parte dos pecuaristas,
que por sua vez precisam monitorar as técnicas de manejo
utilizadas nas suas propriedade.
Paulo
Colla médico veterinário e gerente técnico
de mercado da Merial Saúde Animal explica que em contra
partida a todo esse investimento, os pecuaristas brasileiros
enfrentam problemas muito sérios na hora de colocar
sua carne no mercado globalizado de consumo. E isso por conta
das chamadas barreiras protecionistas criadas pelos mercados
desenvolvidos para impedir a entrada dos produtos brasileiros.
A maior barreira enfrentada pelo pecuaristas brasileiro na
hora de exportar seus produtos para os países ricos,
em especial EUA e União Européia, está
relacionado a compovação de saniedade desses
animais. Colla observa que o Brasil possui um pontecial produtivo
bastante grande, tanto quantitativa como qualitativamente,
e que o mercado interno não absorve todo esse volume
de produçao. Isso faz das exportações
um caminho alternativo muito bom para o escoamento dessa produção.
O pecuarista brasileiro precisa fazer direito sua lição
de casa para assim conquistar esse espaço no mercado
mundial globalizado.
Dentro
desse contexto o governo federal através do Ministério
da Agricultura Pecuária e Desenvolvimento (MAPA), vem
desde 2001 tomando uma série de medidas no sentido
de garantir um controle sanitário mais efetivo do rebanho
bovino nacional. O Sisbov criado durante a gestão do
ex-ministro da agricultura Pratini de Moraes iniciou esse
trabalho que é mantido pela atual gestão. A
rastreabilidade é hoje uma realidade que se incorpora
de forma definitiva na pecuária brasileira e mostra
disso é que o governo vem fechando o cerco junto aos
frigoríficos para não mais aceitar animais com
histórico sanitário de no mínimo 40 dias.
O
controle sanitário dos bovinos é uma prática
ainda pouco utilizada pelos pecuaristas brasileiros explica
médico veterinário da Merial Saúde Animal.
Muito se fala sobre a utilização de um calendário
sanitário nas propriedades que para muitos pecuaristas
é a formula mágica que promete livrar o rebanho
de enfermidades e parasitas. Porém explica técnico
há uma série de considerações
a serem feitas quando se almeja um controle eficientes dos
animais. As coisas não devem seguir um padrão
único, quando se trata de biologia é necessário
dar lugar de destaque aos itens mutáveis e variáveis,
deixando de lado a visão engessada de um programa sanitário
preestabelecido e fixo, explica.
No mercado atual o pecuarista precisa assumir uma postura
de empresário e como tal deve gerir seu negócio
de forma profissional e planejada. O sucesso do empreendimento
depende da administração correta de seu gestor.
Por isso é importante o criador deve considerar o tripé,
nutrição, genética e sanidade como garantia
para o negócio explica o técnico da Merial.
A melhor forma de o pecuaristas se garantir no mercado é
buscar informações que possibilitem a racionalização
do manejo na propriedade. Animais saudáveis geram melhores
índices produtivos.
Os programas sanitários desenvolvidos de forma tática
permitem tornar perene a ação dos medicamentos
e com isso, evitam gastos excessivos no manejo. Para conquistar
um efetivo controle sobre o rebanho sem acarretar custos sobre
o rebanho sem acarretar custos altos deve-se partir para um
controle estratégico. É importante lembrar que
quando combatemos parasitas, estamos lidando com espécies
de milhões de anos de evolução, muito
bem adaptadas e estabelecidas e que portanto, não serão
eliminadas a esmo. Assim a ação deve partir
do conceito de controle integrado com o conhecimento do ciclo
de vida da epidemiologia dos parasitas e doenças. Para
isso é preciso levar em consideração
aspectos relacionados a raça e categoria do animal
a ser tratado e as condições climáticas
na qual a fazenda está estabelecida, conclui o veterinário.
Colla explica que a formulação de um sistema
de manejo sanitário eficiente na produção
de bovinos de corte depende de um planejamento orientado por
profissionais gabaritado Para desenhar um calendário
sanitário é preciso levantar um histórico
de dados do rebanho e, então para a formatação
de um esquema de vacinações e controle parasitário.
O entendimento do técnico sobre a fazenda depende de
informações sobre, área de pastagem,
localização geográfica, esquema de manejo
tipos de pastagem entre outros itens.
É importante ressaltar que todo esquema de controle
estratégico e tático deve ser realizado de forma
integrada e com os conhecimentos prévios dos produtos
(vermífugos e vacinas), uma vez que o objetivo é
o controle de todos os parasitas e doenças para manter
a eficácia das drogas. O uso indiscriminado dos fármacos
e o manejo errado podem ocasionar futuros problemas sanitários,
ineficiência das moléculas e resistência
dos parasitas ao princípio ativo dos medicamentos.
Outro aspecto importante nesse processo está relacionado
a qualificação da mão-de-obra na fazenda
par que atitudes incorretas dos peões ocasionem prejuízos
muitas vezes difíceis de reparar. A ação
e simples e normalmente requer do criador apenas um trabalho
de treinamento e conscientização de seu pessoal,
para que na hora de calibrar uma seringa ou verificar a dosagem
correta de um medicamento, este siga corretamente as orientações
do fabricante dos produtos. Não Basta chegar na época
de vacinação, reunir o rebanho, e realizar a
operação, sem antes aplicar os conceitos devidos.
Se o pecuarista não tiver a visão empresarial
do negócio, investindo na capacitação
dos peões na sua fazenda, incorrerá em problemas
básicos como, reações pós vacinais
e abscesso no animais. Há estudos no Brasil que indicam
que um animal mal vacinado chega a perder de 300 a 400 gramas
de carne por carcaça no frigorífico, observa.
De acordo com o veterinário a medição
dos animais é um processo imprescindível em
qualquer fase da vida do animal. Essa prática precisa
ser melhor difundida para que o pecuaristas tenha os dados
apontados no animal em perfeita harmonia, bem criado e recriado.
Assim quando o animal chegar a fase de terminação,
ou abate, vai estar com uma carcaça e carne de qualidade
superior sem que isso tenha acarretado altos custos de produção.
Adriano Lopes, da Ilma agropecuária, criador de Canchim
na cidade de Angatuba (SP), disse que utiliza o programa Personal
Vet de qualidade sanitária do Laboratório Merial,
a cerca de um ano e meio na sua propriedade.
Segundo Lopes, as vantagens de utilizar um programa de sanidade
animal com planejamento tático das ações
é, primeiro o controle efetivo das atividades dentro
da fazenda, pois todos os dados do rebanho são monitorados
periodicamente por um médico veterinário da
Merial que, por sua vez compõem um calendário
sanitário específico da propriedade. Putro ponto
abordado refere-se a utilização correta das
drogas no rebanho. Isso segundo o criador diminui as perdas
pelo mal uso do produto, melhorando a relação
custo x benefício do processo para o pecuarista.
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