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TECNOLOGIA
- AVANÇO GENÉTICO NO PASTO rev
67 - julho 2003 |
A Matsuda Nutrição Animal, empresa que atua no segmento de sementes
para pastagens, está lançando no mercado três novas sementes
de forrageiras híbridas, uma novidade no mercado brasileiro.
Segundo
Jorge Matsuda, diretor presidente do grupo Matsuda, o lançamento destas
três novas espécies de forrageiras de uma só vez, é
equivalente a um verdadeiro pacote tecnológico para o pecuarista. Assim
eles poderão contar com um leque mais amplo de opções na
hora de escolher a pastagem que vai utilizar para alimentar seu rebanho.
Outro aspecto importante observado pelo empresário está
relacionado ao atual estado de degradação das pastagens brasileiras.
Embora o Brasil tenha hoje cerca de 100 milhões de hectares ocupados
com pastagem, cerca de 50% desse pasto apresenta algum tipo de degradação.
Isso diminui a produtividade por área causando sérios prejuízos
ao produtor, seja ele de carne ou leite.
Com o lançamento
dessas forrageiras a Matsuda Nutrição Animal vem ratificar sua posição
de empresa comprometida com o desenvolvimento do setor pecuário e a parceria
com IZ avaliza nosso trabalho argumenta o Dr. Alberto Takashi engenheiro Agrônomo
da Matsuda responsável pelo acompanhamento das pesquisas. Takashi recorda
que as pesquisas para desenvolver pastagens superiores começaram há
9 anos no departamento de pesquisas da Matsuda em Álvares Machado interior
de São Paulo.
Segundo o Técnico o objetivo na época
era buscar forrageiras adaptadas nas condições de clima e solo brasileiros,
porém que oferecessem ganhos de produtividade e valor nutricional cima
das pastagens de panicum maximum, muito comum em algumas regiões do país.
Demos início aos cruzamentos da espécie panicum Maximum com
outras espécies buscando a obtenção de cultivares superiores,
buscando assim potencializar as características intrínsecas da planta
comprovando a superioridade do material pesquisado em relação aos
já existentes no mercado.
Em seguida foi firmado um convênio
com o Instituto Agronômico de Campinas (IAC) que forneceu as plantas- mães
tiradas do seu banco de germoplasma. O agrônomo explica que para chegar
a variedade Capim Híbrido Atlas Matsuda Genética 6, foram selecionados
algumas linhagens sexuais do capim Topiatã para servirem de base do cruzamento
com a variedade K-68 oriunda da Costa do Marfim. Desse cruzamento originaram-se
diversas progênies que foram selecionadas até o resultado final plenamente
satisfatório.
A variedade Atlas é um
cultivar que possuí como característica principal a resistência
a saturação de alumínio tóxico no solo. Isso segundo
o técnico significa que se o terreno mostrar a presença desse metal
nas camadas profundas, as raízes da planta tem condições
de desenvolver nesse meio. Isso faz com que as plantas se tornem mais resistente
às secas características de regiões como o cerrado, por exemplo.
Além disso, essa forrageira apresenta uma boa rebrota, explorando
melhor a fertilidade de solo, observa Takashi.
O cultivar capim
Atlas Matsuda Genética 6 tem uma média de produtividade de até
22 toneladas por ha/ano de matéria seca, oferecendo com entre 10 a 12%
de proteína e digestibilidade de até 70% dependendo das condições.
Segundo o engenheiro agrônomo da Matsuda outra importante característica
do Capim Atlas é o fato de ser uma gramínea apomítica, ou
seja, que não pode ser utilizada em cruzamento, e possui uma altura variando
entre 1,5 a 2 metros de altura perfilhados. Esse cultivar deverá
ser plantado em solos férteis ou adubados sendo recomendado para animais
em fase de término de engorda.
Já para obter o Capim
Híbrido Áries os trabalhos começaram há 6 anos e surgiram
do cruzamento de dois acessos de panicum maximum, cultivar (LSC) Linhagem Sexual
do Centauro e o cultivar Aruana lançamento do instituto de zootecnia e
possui alta resistência a solos mal drenados. O objetivo dos pesquisadores
era buscar através de uma seleção de indivíduos com
boas características nutricionais produtivas e com alta persistência.
Como resultado conseguiram plantas de 1,20 a 1,50 de altura rápida rebrota
após corte com boa produção de sementes, o que provoca repovoamento
constante da área. O cultivar Híbrido Áries Matsuda
genética 7 possui média de produção de 18 a 20 toneladas
por ha/ano de matéria seca, com 15% de proteína bruta, explica
o técnico.
De acordo com os agrônomos da empresa, essa forragem
pode ser utilizada em pastejo direto ou fenação. A planta
apresenta porte baixo, talos finos, grande número de perfilos o que garante
excelente patabilidade. Essas características propiciam ao criador utiliza-lo
em animais mais exigentes como, ovinos, eqüinos e bezerros desmamados.
O terceiro lançamento da empresa é o Capim Jade, nascido
de uma parceria da Matsuda Nutrição Animal com o Instituto de Zootcnia
(IZ). De acordo com o engenheiro agrônomo do IZ Paulo Bardauil, o
projeto foi iniciado há 5 anos e se trata de uma leguminosa obtida a partir
da seleção de plantas ou progênies de macrotyloma axilare
das cultivares Archer e Guatá, ambos providos do banco de genoplasma da
instituição. Bardauil conta que a pesquisa teve com o objetivo a
obtenção de uma leguminosa de alta persistência para ser consorciada
com gramíneas. Essa associação fornece nitrogênio,
gratuitamente ao ecossistema pastagem, além de melhorar a dieta do animal.
Outra característica da planta é o fato de apresentar sementes que
são atiradas até a um metro de distância quando as vagens
maduras se rompemobserva.
Segundo o técnico do IZ a leguminosa
Jade apresenta baixa média exigência de fertilidade do solo, além
de consorcia-se com várias gramíneas em uso no país. A cultivar
possui um ciclo perene, hábito trepador podendo ser classificada como promiscua
para Bradyhizobium, isto é associa-se com qualquer bactéria do solo
para fixar nitrogênio. Originária da ilha da Java, Indonésia
a leguminosa Jade é capaz de garantir uma produção de 5 a
9 toneladas de matéria seca por ha/ano e 18 a 23% de proteína,
conclui. |
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