O Centro não está preocupado com a respectiva
raça de cada animal, tanto que os parâmetros
de comparação são aqueles definidos pelas
próprias entidades de cada uma das raças participantes.
O
idealizador do CAT é o próprio Batalha, que
mantém parceria com a Lagoa da Serra, Tortuga e Allflex
na definição de estratégias e critérios
de avaliação. Este ano de 2002 marcou a terceira
edição dos testes, totalizando mais de 2000
animais avaliados. Para se ter uma idéia de quanto
o número é pouco expressivo, a demanda por reprodutores
no Brasil é de 2,52 milhões de cabeças,
com reposição anual de 500 mil touros, necessários
para a cobertura de quase 60 milhões de vacas - o plantel
de matrizes de corte trabalhando no País. Mas de acordo
com o próprio Batalha, o sucesso da iniciativa do CAT
é tão grande, que a procura por vagas deve saltar
significativamente para o ano de 2003, quando, possivelmente,
e já em estudos, outras unidades regionais do Centro,
podem ser criadas. Negociações estão
adiantadas para Mato Grosso do Sul, Bahia, Paraná ou
Rio Grande do Sul.
Para
se ter uma idéia mais clara do que as avaliações
do CAT podem representar na antecipação de resultados
produtivos, a comprovação de eficiência
de um touro que, normalmente, demoraria acima de cinco anos,
após os testes do Centro, cai para 3,5 anos. Em contas
grosseiras, dá quase uma geração de meia
a mais de incremento. Na prática, é garantia
de maior rotatividade e ganhos per capita no volume de carne
produzida, ou seja, tudo que as exigências por competitividade
precisam como resposta.
Os
testes
Nos primeiros 28 dias, os animais pré-selecionados
pelos criadores para participar do CAT passam por adaptação
e, na seqüência, entram em regime de confinamento
com dieta equivalente a pasto de regular a boa qualidade para
ganho médio diário de 900 gramas. O objetivo
não é apenas engordar os animais, mas dar-lhes
boas condições para enfrentar a intensa bateria
de avaliações que fazem parte do Teste de Performance
do CAT.
Durante
o longo período em que são avaliados, os animais
passam por pesagens periódicas e análises de
aprumos e desempenho produtivo e reprodutivo. Ao final do
teste de performance, os animais contam com um detalhado relatório
de desempenho, que inclui: Ganho de peso diário, Perímetro
escrotal, CPM (conformação, precocidade e musculosidade),
Umbigo, Área de olho de lombo, Espessura de gordura,
Nível de marmoreio (raças européias).
Os
450 melhores touros jovens do CAT 2002, classificados como
Elite e Superior, foram colocados à venda no Leilão
CAT, nos dias 7, 8 e 9 de novembro, na própria Chalet
Agropecuária, em Uberlândia (MG). Todo esse rigor
técnico só traz benefícios aos criadores
que enviam animais ao CAT. Afinal, eles ganham um ano na avaliação
dos seus touros, já que os machos saem do Centro de
Avaliação e Comercialização de
Touros com cerca de 15 meses de idade. Com isso, também
aumentam o seu faturamento, porque os seus touros jovens Elite
e Superior vão para o leilão e geram uma receita
adicional. Isso sem contar que os melhores animais com Índice
CAT são muito disputados por criadores e podem, assim,
ser altamente valorizados. Além de poder despertar
o interesse da Lagoa da Serra, maior central de inseminação
do País, parceira do CAT, que seleciona pelo menos
um touro jovem por raça no programa, utilizando-os
no PAINT (Programa de Avaliação e Identificação
de Novos Touros) - Nelore ou raças de cruzamento.
Os
criadores que compram touros jovens provados pelo CAT só
têm a ganhar. As vantagens são várias.
Para começar, todos os animais ofertados no Leilão
CAT têm garantia de qualidade genética, tendo
sido classificados como positivos para várias características,
como ganho de peso, produção de carne, reprodução,
acabamento de carcaça, precocidade, musculosidade,
entre outros.
Além
disso, há uma clara vantagem econômica, porque
quem investe em touros do CAT pode pagar valores extremamente
acessíveis para animais que podem se tornar reprodutores
de central de inseminação ou participar de testes
de progênie.
Adquirir
touros jovens no Leilão CAT também parece uma
boa decisão, conectada com os objetivos da moderna
pecuária, que exige a utilização de animais
melhoradores para imprimir ganhos de produtividade aos rebanhos
comerciais, objetivando a maior produção de
bezerros e, conseqüentemente, oferta de carne de alta
qualidade. Além disso, os machos do CAT são
extremamente jovens e têm mais tempo para se ajustar
às condições da nova fazenda. Isso significa
maior vida útil do animal na propriedade.
Apesar
de receberem alimentação ajustada para ganhar
cerca de 900 gramas/dia, os animais participantes do CAT 2002
surpreenderam positivamente a equipe técnica do teste
de performance: na pesagem intermediária do CAT, em
agosto, o ganho médio diário de peso dos machos
ficou em 1.200 gramas, considerado excelente. Essa média
de ganho de peso diário é a prova mais evidente
do sucesso do projeto, também reforçada pela
criteriosa seleção nas fazendas, que realmente
escolheram seus melhores produtos para o teste de performance.
Isso resultou na melhor média de peso.
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