Por outro lado, sem esta ferramenta, a cadeia produtiva brasileira,
que engloba desde os cotonicultores até os confeccionistas,
tem observado crescentes perdas de produtividade, prejudicando
a competitividade do algodão nacional e levando, inclusive,
alguns produtores a abandonar esta cultura.
Este
é o alerta dado pela Cadeia Algodão Brasil,
iniciativa coordenada pela ABRALG - Associação
Brasileira do Algodão e que agrega as principais associações
brasileiras do setor: ABIT - Associação Brasileira
da Indústria Têxtil e de Confecção;
ABRAPA - Associação Brasileira dos Produtores
de Algodão e suas filiadas; ABRASEM - Associação
Brasileira dos Produtores de Sementes; BRASPOV - Associação
Brasileira dos Obtentores Vegetais; e ANEA - Associação
Nacional dos Exportadores de Algodão.
Este
é o alerta dado pela Cadeia Algodão Brasil,
iniciativa coordenada pela ABRALG - Associação
Brasileira do Algodão e que agrega as principais associações
brasileiras do setor: ABIT - Associação Brasileira
da Indústria Têxtil e de Confecção;
ABRAPA - Associação Brasileira dos Produtores
de Algodão e suas filiadas; ABRASEM - Associação
Brasileira dos Produtores de Sementes; BRASPOV - Associação
Brasileira dos Obtentores Vegetais; e ANEA - Associação
Nacional dos Exportadores de Algodão. Estas entidades
reuniram a imprensa na terça-feira, dia 24, para reforçar
a importância da adoção da biotecnologia
como ferramenta de produtividade para o setor, um dos que
mais geram empregos no País. A cadeia produtiva do
algodão é formada por mais de 30 mil empresas,
emprega cerca de 2 milhões de trabalhadores e faturou
US$ 22 bilhões em 2001.
Segundo dados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento),
na safra 2000/01, a produção nacional de algodão
foi de 940,3 mil toneladas. Neste mesmo período, a
indústria têxtil consumiu cerca de 900 mil toneladas,
revertendo uma tendência de déficit de mais de
sete anos, quando era obrigada a importar sua principal matéria-prima.
Em 1997, por exemplo, as importações chegaram
a 50% do consumo interno e o setor registrou um déficit
de US$ 1,15 bilhão.
Este quadro corre o risco de se repetir nos próximos
anos. Em 2001/02, por exemplo, a produção nacional
de algodão caiu para 770,1 mil toneladas, o que gerou
aumento das importações (de 95 mil para 120
mil toneladas) para garantir o abastecimento do mercado interno.
Outro dado preocupante: em 2001, o algodão ocupou uma
área de 870,4 mil hectares. Em 2002, este número
caiu para 732 mil hectares, uma redução de cerca
de 15%.
A cadeia têxtil e de confecção vem substituindo,
nos últimos anos, a exportação de fios
e tecidos por produtos confeccionados de maior valor agregado,
como vestuário em geral, produtos de cama, mesa e banho,
etc. Desta forma, as exportações passaram de
US$ 1,2 bilhão em 2000 para US$ 1,3 bilhão em
2001. Para garantir a geração de empregos e
de divisas para o País, segundo os cotonicultores,
é necessário que o Brasil disponha das mesmas
ferramentas tecnológicas que seus concorrentes.
Projeções do Ministério do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior indicam que, plantando
940 mil hectares de algodão e mantidos os atuais níveis
de produtividade, o Brasil pode produzir anualmente 1 milhão
de toneladas de algodão em plumas, assegurando o abastecimento
interno e os atuais volumes de exportação, além
de gerar 376 mil empregos no setor agrícola.
Entidades
do setor entregaram manifesto às autoridades
Em 27 de junho de 2002, a Cadeia Algodão Brasil entregou
às autoridades um manifesto em que as entidades solicitam
que "o Governo Federal e os órgãos responsáveis
pela administração da biotecnologia agrícola
tomem as medidas administrativas necessárias de modo
a permitir, imediatamente, na forma de lei de biossegurança,
o plantio do algodão geneticamente modificado no Brasil,
para que essa cultura volte a ser rentável aos agricultores
nacionais, evitando-se a redução do plantio
de algodão - algo estimado em torno de 65% da área
plantada - e que o produto seja importado". Essa medida,
de acordo com a Cadeia Algodão Brasil, visa garantir
a geração de empregos e equilíbrio na
balança comercial brasileira.
|