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BIOTECNOLOGIA PODE SER A MELHOR ALIADA
rev 58 - outubro 2002

Por outro lado, sem esta ferramenta, a cadeia produtiva brasileira, que engloba desde os cotonicultores até os confeccionistas, tem observado crescentes perdas de produtividade, prejudicando a competitividade do algodão nacional e levando, inclusive, alguns produtores a abandonar esta cultura.

Este é o alerta dado pela Cadeia Algodão Brasil, iniciativa coordenada pela ABRALG - Associação Brasileira do Algodão e que agrega as principais associações brasileiras do setor: ABIT - Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção; ABRAPA - Associação Brasileira dos Produtores de Algodão e suas filiadas; ABRASEM - Associação Brasileira dos Produtores de Sementes; BRASPOV - Associação Brasileira dos Obtentores Vegetais; e ANEA - Associação Nacional dos Exportadores de Algodão.

Este é o alerta dado pela Cadeia Algodão Brasil, iniciativa coordenada pela ABRALG - Associação Brasileira do Algodão e que agrega as principais associações brasileiras do setor: ABIT - Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção; ABRAPA - Associação Brasileira dos Produtores de Algodão e suas filiadas; ABRASEM - Associação Brasileira dos Produtores de Sementes; BRASPOV - Associação Brasileira dos Obtentores Vegetais; e ANEA - Associação Nacional dos Exportadores de Algodão. Estas entidades reuniram a imprensa na terça-feira, dia 24, para reforçar a importância da adoção da biotecnologia como ferramenta de produtividade para o setor, um dos que mais geram empregos no País. A cadeia produtiva do algodão é formada por mais de 30 mil empresas, emprega cerca de 2 milhões de trabalhadores e faturou US$ 22 bilhões em 2001.

Segundo dados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), na safra 2000/01, a produção nacional de algodão foi de 940,3 mil toneladas. Neste mesmo período, a indústria têxtil consumiu cerca de 900 mil toneladas, revertendo uma tendência de déficit de mais de sete anos, quando era obrigada a importar sua principal matéria-prima. Em 1997, por exemplo, as importações chegaram a 50% do consumo interno e o setor registrou um déficit de US$ 1,15 bilhão.

Este quadro corre o risco de se repetir nos próximos anos. Em 2001/02, por exemplo, a produção nacional de algodão caiu para 770,1 mil toneladas, o que gerou aumento das importações (de 95 mil para 120 mil toneladas) para garantir o abastecimento do mercado interno. Outro dado preocupante: em 2001, o algodão ocupou uma área de 870,4 mil hectares. Em 2002, este número caiu para 732 mil hectares, uma redução de cerca de 15%.

A cadeia têxtil e de confecção vem substituindo, nos últimos anos, a exportação de fios e tecidos por produtos confeccionados de maior valor agregado, como vestuário em geral, produtos de cama, mesa e banho, etc. Desta forma, as exportações passaram de US$ 1,2 bilhão em 2000 para US$ 1,3 bilhão em 2001. Para garantir a geração de empregos e de divisas para o País, segundo os cotonicultores, é necessário que o Brasil disponha das mesmas ferramentas tecnológicas que seus concorrentes.

Projeções do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior indicam que, plantando 940 mil hectares de algodão e mantidos os atuais níveis de produtividade, o Brasil pode produzir anualmente 1 milhão de toneladas de algodão em plumas, assegurando o abastecimento interno e os atuais volumes de exportação, além de gerar 376 mil empregos no setor agrícola.

Entidades do setor entregaram manifesto às autoridades

Em 27 de junho de 2002, a Cadeia Algodão Brasil entregou às autoridades um manifesto em que as entidades solicitam que "o Governo Federal e os órgãos responsáveis pela administração da biotecnologia agrícola tomem as medidas administrativas necessárias de modo a permitir, imediatamente, na forma de lei de biossegurança, o plantio do algodão geneticamente modificado no Brasil, para que essa cultura volte a ser rentável aos agricultores nacionais, evitando-se a redução do plantio de algodão - algo estimado em torno de 65% da área plantada - e que o produto seja importado". Essa medida, de acordo com a Cadeia Algodão Brasil, visa garantir a geração de empregos e equilíbrio na balança comercial brasileira.


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