Nas
corridas de curta distância não tem para ninguém.
O Quarto de Milhas é imbatível. Mas a velocidade,
uma das características mas marcantes da raça,
é desejável também em que todas as funções
do cavalo e serve como instrumentos para alavancar preços
e tornar a criação de velocistas altamente rentável.
Com dotações sempre mais altas a cada ano, superando
a marca dos R$ 700 mil em prêmios como é
o caso do Latin Amercan Megarace Quarter Horse, um dos pontos
altos do turfe brasileiro o quarto de milha de corrida
transforma-se rapidamente numa moeda preciosa entre os eqüinocultores,
resultado também altos valores aferidos nos leilões
da raça. O Latin American Megarace, que ocorre anualmente
no Jockey Club de Sorocaba, pode ser considerado o ápice
de todos os eventos da raça e a partir dele são
feitas projeções ainda mais promissoras sobre
os números globais para o quarto de milha de corrida.
Quem apostou na raça, apesar da discrição,
não reclama das vantagens alcançadas. Para se
ter uma idéia, os leilões da raça ocorridos
em 2001 apresentaram uma média de R$ 12.750,00 e um
faturamento geral de R$ 4.144.00.
O quarto de milha tem sua origem no século 17, quando
cerca de 19 garanhões éguas chegaram aos Estados
Unidos, Vindos da Inglaterra. Logo foram realizadas cruzas
entre os quartos de milha e cavalos de descendência
espanhola, resultando um animal compacto e musculoso, extremamente
habilidosos e rápidos em percurso de curta distância.
Daí surge a popularidade da raça, logo adaptado
a tradicional corrida de 402 metros (um quarto de milha).
Atravessando séculos com um crescimento estável,
apenas em 1943, uma primeira pista foi especialmente projetada
na cidade de Tucson, Arizona, originando assim as primeiras
corridas oficiais.
No Brasil a raça expandiu-se a partir a meados da década
de 50, concentrando-se principalmente entre as regiões
sul e sudeste. Atualmente o quarto de milha impôs uma
categoria de corridas de cavalos uma categoria de corrida
de cavalos bastante apreciada, ofertando cerca de R$ 2.000.000.00
em prêmios em todos o país.
Criador de quarto de milha há 22 anos, Wellington Germano
de Queiroz, titular do Haras Fazenda bela e atual presidente
do Centro Hípico do Oeste S/A, foi um dos que conseguiu
enxergar o potencial da raça como investimento Wellington
ingressou na criação de quarto de milha levando
em consideração a conformação
física dos animais, extremamente dotados para o esporte.
A aquisição de novos exemplares, tanto no mercado
interno como no norte-americano, obedeceu a rígidos
parâmetros técnicos e rendeu ao haras Fazendas
Bela a liderança nas principais competições
da década de 90.
Sobre a expansão e a qualidade do quarto de milha,
Wellington é taxativo: isto se deve a um trabalho
associativo bastante organizado, com calendário de
março á dezembro. Nossa expansão é
qualitativa e o giro de investimentos na raça é
fruto desta organização. Á esta
organização deve-se também o aumento
a cada ano das cotações que envolvem os eventos
esportivos do quarto de milha. Para as 17 reunião marcadas
para 2002, cada qual com cerca de 6 páreos, há
uma dotação de R$ 1.500.000, valor este que
corresponde ao número de inscrições feitas
para as corridas. Em 2002 foram inscritos 170 cavalos.
Para 2003, numa avaliação modesta, o número
de cavalos deve alcançar ou superar o número
de 250 inscrições, elevando a dotação
para cerca de R$ 2.000.000, o que representa um crescimento
de 30%. Não são números desprezíveis
e é por isto que se explica o forte apelo do quarto
de milha, afirma Wellington Queiroz.
Para outro importante criador da raça, Nelson Fakri,
titular do Racho das Américas, o mais importantes trunfo
do quarto de milha é sua versalidade, podendo atuar
tanto em provas de laço, de rédea, quanto em
provas de tambor e baliza. O quarto de milha oferece
a vantagem de competir em várias categorias e não
apenas nas corrida, o que amplia bastante o mercado para a
raça e ela tem sido uma participação
efetiva nestas categorias, conta Fakri, que cria cavalos
da raça quarto de milha há mais de 20 anos e
conta atualmente com um plantel de 90 animais.
Numa comparação de mercado entre animais de
apartação e os de corrida, Fakri justifica a
ligeira vantagem do quarto de milha de corrida: é
difícil uma diferenciação entre os dois,
que distinguem por detalhes técnicos muito sutis, mas
ainda assim o quarto de milha de corrida leva uma pequena
vantagem, porque há muito mais dinheiro envolvido.
O que nós não podemos esquecer é
o permanente aperfeiçoamento das corridas.
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