A
Cooperativa Central Oeste Catarinense Coopercentral
Aurora Acaba de inaugurar uma nova indústria
para abate de suinos no município de Joaçaba.
A unidade começou a ser edificada em fevereiro de 2001
e absorveu investimentos da ordem de R$ 15 milhões.
O frigorífico ocupa área de 20 hectares do Distrito
Industrial de Joaçaba (á margem da rodovia BR-282)
e constitui-se de planta industrial de 15.000 metros quadrados
de área coberta, com capacidade para industrializar
200 suínos por hora. A produção inicial
será de 1.000 suínos/dia, no final deste ano
chegará a 1.5000 e em 2003 processará 2.500
suinos por dia.
Cerca de 150 novos empregos diretos serão gerados imediatamente
pela nova unidade Aurora. Quando todo o complexo estiver plenamente
instalado número de novos empregos diretos e indiretos
atingirá a 600.
Nos momentos de pico, a construção ocupou 400
trabalhadores de 12 empreitadeiras. As obras civis estão
concluídas, incluindo portaria, administração,
vestiários e refeitório, pocilgas, linha de
abate, resfriamento, congelamento, estocagem e expedição.
A linha industrial inclusos os setores de choque, sangria,
escaldagem, depilação e chamuscador está
em fase de montagem e testes.
O sistema de tratamento de efluentes está concluído
e testado, compondo-se de sete lagoas de decantação,
peneiras, decantadores e flotadores. A água será
captada em riacho e em poço profundo, armazenada em
lago artificial para ser utilizada no processo industrial,
após o que será novamente tratada e devolvida
ao riacho. A rede de alimentação de energia
elétrica também encontra-se instalada.
Uma importante melhoria pertencente á esfera do Poder
Público está faltando: a construção
do trevo na rodovia BR-282 (DNER). Essa obra beneficiará
todo o Distrito Industrial de Joaçaba e não
apenas a indústria Coopercentral Aurora.
O diretor indústrial Vincenzo F. Mastrogiacomo destacou
destacou o apoio da Prefeitura de Joaçaba que contribuiu
com a doação do terreno e outros incentivos
fiscais e materiais.
Para viabilizar o suprimento de matéria-prima, as quatros
filiadas no Meio Oeste catarinense assumiram o compromisso
de expandir a base produtiva para alocação diária,
na fase inicial, de pelo menos 1.000 animais. As cooperativas
de Joaçaba (Coperio). de Campos Novos (Copercampos),
de Videira (Coopervil) e de Lacerdópolis (Colacer)
estão incrementando a assistência técnica
e extensão rural para suprir a futura demanda.
O vice-presidente da Coopercentral Aurora, José Zeferino
Pedrozo, mostra que a criação de suínos
continua sendo a atividade que maior estabilidade proporciona
ao produtor rural, especialmente quando participa de sistema
integrado de produção agroindustrial. Pedrozo
destaca que o ciclo agroindustrial do grande Oeste catarinense
pólo avícola e suinícola latino-americano
não está exaurido: Ao contrário,
graças ao cooperativismo, está reciclando-se,
modernizando-se e gerando renda ao produtor e riquezas para
o país.
A nova indústria injetará na economia regional,
em suas diversas fases, de R$ 4 milhões a R$ 8 milhões
mensais em salários, matérias-primas, insumos,
impostos e fornecedores. O frigorífico vai revitalizar
a economia do Meio Oeste. comemora Mastrogiacomo.
Para ampliar a base produtiva e garantir matéria-prima
para a nova indústria de processamento de suínos
da Coopercentral Aurora, em Joaçaba, quatro cooperativas
do meio Oeste investiram maciçamente em instalações,
genética e treinamento proporcionando uma estrutura
de 1.052 criadores, 21.110 matrizes, quatro unidades produtoras
de leitões e oito granja multiplicadoras.
A Cooperativa Rio do Peixe (Coperio), de Joaçaba, detém
entre as quatros parcerias a maior estrutura
produtora á campo com 762 suinoculturas cooperados
que, juntos, mantém 12.963 matrizes, sustentando uma
produção de 634 suínos/dia e 13.300/mês.
Possui três granjas multiplicadoras que alojam 2.150
fêmeas e três unidades produtoras de leitões
com 3.060 matrizes.
A Coperio investiu R$ 6 milhões de reais e ativou UPLs
localizadas nos municípios de Erval Velho. Água
Doce e Jaborá. Cada granja ocupa terreno de 15 hectares
e abriga conjuntos formado por 7 pavilhões, 208 celas
parideiras, 21 salas de creche, 825 box de gestão e
32 baias para reposição e machos, totalizando
área construída de 7.00 metros quadrados cada.
Os equipamentos instalados compõem-se de alimentação
automática e sistema de tratamento de dejetos rigorosamente
de acordo com a legislação ambiental.
Cada granja produzirá 25 a 26 mil leitões por
ano, empregando raças aprimoradas pelas empresas Agroceres,
Sadia, Aurora, DB-Danbredi e Seghers. A equipe, em cada unidade,
é formada por um técnico e 15 empregados, além
de um gerente para as três. A Coperio planeja elevar
o número de criadores para 800 em 2002 e, para 900,
em 2003.
A Cooperativa Regional Agropecuária de Campos Novos
(Copercampos) mantém um quadro de 63 criadores de suínos
que alojam 3.026 matrizes e produzem 286 suínos/dia
ou 6.000 animais/mês. Para abastecer os criatórios
dos associados, mantém uma granja multiplicadora com
3.200 matrizes. A Copercampos não possui UPL. A Cooperativa
não possui UPL. A Cooperativa Agropecuária Videirense
(Coopervil), de Videria, mantém um quadro de 98 suinocultores
que alojam 3.154 matrizes e produzem 203 suínos por
dia ou 4.250 suínos por mês. Sua estrutura é
composta por uma unidade produtora de leitões com 1.020
e duas granjas multiplicadoras com 500 fêmeas. A Cooperativa
dos Suinocultores de Lacerdópolis (Colacer) reúne
129 criadores cooperados que manejam 1.967 matrizes e produzem
114 suínos/dia ou 2.400 suínos/mês. Para
manter a base produtiva, a Colacer opera duas granjas mutiplicadoras
com 400 matrizes. Não tem UPL.
O gerente de produção de suínos da Coopercentral
Aurora, Alderi Miguel Crestai destaca que o investimento em
UPL´s é fundamental para estrutura a produção
e atender a futura unidade. O presidente da Coperio, Décio
Sonaglio, sublinha que a ampliação da suinocultura
no Meio Oeste catarinense obedece ao modelo de cooperativismo
de Nova Geração, segundo o qual
uma cooperativa ou unidade de negócio só é
implementada se houver a integral participação
econômica dos sócios. No caso da Coperio, foi
idealizada uma unidade de negócios para produção
de leitões que serão terminados (engordados)
na propriedade do associado. O investimento decorrente foi
assumido pelos integram a Unidade, sem desembolso por parte
da Cooperativa.
A gestão dessa unidade cooperativa de negócios
é feita de forma democrática. A Unidade tem
gestão e registros contábeis independentes da
movimentação global da Cooperativa, todas as
despesas e receitas são rateadas. O retorno financeiro
acontecerá ao final de cada exercício, de forma
que as cotas detidas pelos participantes sejam valorizadas.
O associado poderá, quando desejar desfazer-se da sua
participação , estabelecer preço e transferir
a cota outro produtor-empreendedor. A Cooperativa, por
sua vez, deixará de preocupar-se com a evasão
do seu capital de giro, expõe Sonaglio.
O aumento da demanda por sêmen levou a Cooperativa Central
a ampliar, neste ano, as Centrais de Inseminação
Artificial de Suínos. O incremento da inseminação
vem sendo alavancado nos últimos anos pelas Centrais
de Inseminação de Chapecó, São
Miguel do Oeste, Concórdia e Joaçaba operadas
em parceria entre a Coopercentral, a Associaçaõ
Catarinense de Criadores de suínos e cooperativas filiadas,
destaca o gerente de produção de suínos
Alderi Miguel Crestani. O plantel total das quatros centrais
foi ampliado de 127 para 160 machos, o que permitirá
aumentar de 141, 936 para 180.00 doses a produção
anual de sêmen. Com esse volume serão inseminadas
90.000 fêmeas do sistema de produção integrada
da Aurora, beneficiando 6.000 criadores. As centrais tiveram
aumento de baias para os machos, novas salas de coleta de
sêmen e equipamentos para envazamento de sêmen,
seladoras de blister espectofotometros para análise.
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