O
Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento
do Café (CBF&D/Café) coordenado pela
Embrapa Café e a Fundação de Amparo
á Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) vão
decifrar o código genético do café e
dar início á produção de 200 mil
seqüências de genes. O projeto, denominado Genoma
EST Café, é uma das grandes prioridades
do Consórcio para este ano, com apoio do Conselho Deliberativo
da Política do Café (CDPC).
As pesquisas vão se concentrar no café Arábica,
que responde por 70% da produção nacional, mas
também serão pesquisadores posteriormente seqüências
do café Canéfora (conillon), espécie
resistente a algumas pragas e doenças. O objetivo é
avaliar a resistência da planta a doenças,a pragas,
ao frio é a seca, para reduzir o custo de produção
com defensivos agrícolas entre 50 a 560 e aumentar
a produtividade de 30-50%.
Além disso, a análise funcional do genoma do
café poderá acelerar em até 20 anos as
pesquisas em melhoramento genético, permitindo melhorar
a qualidade da bebida e manter o Brasil em posição
de destaque dentro da cafeicultura, além de gerar tecnologias
que deverão beneficiar em grande parte os produtores
e os sistemas de produção associados ao café.
O café é a segunda mercadoria mais negociável
no mundo depois do petróleo, sendo o Brasil o primeiro
exportador mundial.
A tarefa de seqüênciamento dos genes será
dividida entre a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia
e o Programa Agronomical and Environmental Genome (AEG), da
FAPESP. Os clones seqüenciados serão mantidos
nas duas instituições por medida de segurança
e facilidade de uso e intercambiados ao final do projeto.
O custo da fase inicial do projeto é de 2,0 milhões
de reais sem contabilizar despesas com pessoal técnico
envolvido. Esses recursos são provenientes do Fundo
de Defesa da Cafeicultura (FUNCAFÀ) 0 autorizado pelo
Conselho Deliberativo da Política de Café (CDPC)
-, Embrapa e FAPESP. A Embrapa participa com 1,44 milhão.
As 200 mil seqüências geradas serão depositadas
no Banco de Dados do Laboratório de Bioinformática
(LBI), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e o
Laboratório de Bioinformática da Embrapa Recursos
Genéticos e Biotecnologia Terão acesso ao banco
de dados, além das instituições participantes
do consórcio, também as instituições
públicas e privadas.
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