A
indústria processadora de carnes, sobretudo a suína
e a bovina, poderá estar sendo utilizada, no futuro,
para o atendimento da demanda de abate de avestruzes, com
pequenas adaptações em seu processo industrial.
A qualidade do produto no que diz respeito a maciez, sabor
e valor nutritivo começa a impulsionar o crescimento
de um mercado consumidor para a carne do avestruz, que em
muitos aspectos se assemelha a carne bovina.
O conteúdo de água e de proteínas da
carne de avestruz não difere muito, entre as diversas
espécies. A carne de avestruz constitui-se, entretanto,
em excelente fonte de ferro. O colesterol é um componente
essencial das membranas que compõem as células
musculares e é encontrado, de maneira muito semelhante,
nos tecidos das mais diferentes espécies. Apesar de
ser freqüentemente relacionado com as taxas de gordura,
em cortes de carne, e com a idéia generalizada junto
ao agente consumidor, de que baixas quantidades de gordura
na dieta envolvem necessariamente baixas quantidades de colesterol,
este componente tem pouca ou quase nenhuma relação
com a gordura encontrada nos alimentos.
A taxa de colesterol, esta muito mais relacionada com o tipo
e padrão de fibra muscular do que com o teor de gordura
propriamente dito. É, portanto, enganosa a propaganda
de que a carne de avestruz tem significativo baixo teor de
colesterol, necessitando-se de cuidado para que o mercado
não utilize, de forma inadequada, esta afirmação.
Andando muito próximo do fantasma do colesterol,
está o conceito de que, reduzindo-se a ingestão
na dieta de ácidos graxos saturados e aumentando-se
a dos insaturados, reduz-se o risco de concorrência
de doenças coronarianas. É importante assinalar
que a carne de avestruz apresenta níveis de 60% do
total de ácidos graxos representados por mono e poli-saturados
e 40% por saturados. A diferença mais marcante existente
está entre os níveis de gordura, excepcionalmente,
baixos na carne de avestruz.
A carne de avestruz classificada, internacionalmente, com
um certo gradiente de qualidade entre os diferentes cortes,
levando-se em conta variáveis de tamanho, maciez e
posição das peças na musculatura, o que
origina a seguinte codificação em três
principais tipos: fillet; steak, e
industrial meat, este último utilizado
mais para o uso de carnes processada industrialmente (padrão
fast-food, embutidos, etc).
A quantidade da carne mais desejada pela maioria dos consumidores
é com relação aos aspectos de maciez.
A carne de avestruz caracteriza-se por um baixo índice
intramusculares de tecido conjuntivo, assim como o de colágeno.
A não ser por uma grossa camada externa, que recobre
os cortes, e que deve ser retirada no processamento, esta
quase ausência de tecido conjuntivo intramuscular é
uma das explicações sobre a boa condição
de maciez da carne de avestruz.
Sem dúvida, o baixo conteúdo de gordura na carne
do avestruz constituí uma das características
mais interessantes na estratégia de marketing
para este produto. O padrão de consumo atual exige
crescente preocupação com os aspectos de controle
de ingestão de gorduras, e este item é um dos
que mais recebem atenção por parte do consumidor.
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