Ao
longo dos últimos anos, algumas preocupações
da pecuária de corte tornaram-se objetivos bastante
concretos: obter animais precoces e bem acabados, produzir
carne de alta qualidade e ao menor custo possível.
Muitas respostas surgiram: do manejo e nutrição
á melhor genética indica. Contudo, a heterose
obtida pelo cruzamento entre raças, prática
bastante comum no cruzamento industrial, parece a mais promissora
e eficiente. Ocorre, porém, que a segunda geração
do cruzamento, retornando ao zebu ou insistindo na raça
européia ou britânica, na maior parte dos casos
apresenta resultados bem aquém da F1, pela perda de
heterose e, conseqüente falta de opções.
Pensando nisso, algumas empresas produtoras genética
estão procurando uma resposta para o impasse. É
o caso da Alta Genetics do Brasil, que está trazendo
para o País o Sistema Frisch de cruzamento Rotacionado,
uma exclusividade.
De acordo com André Bruzzi Corrêa, um dos gerentes
da Alta Genetics, o sistema é produto de estudos encomendados
pela empresa, especialmente para o Brasil, ao dr. John Ernest
Frisch, bacharel em ciência agrícola e PhD pela
universidade de Queensland/Austrália. De posse do sistema,
a empresa ambiciona dar uma resposta consistente á
demanda dos adeptos do cruzamento industrial. Basicamente,
o sistema, a empresa ambiciona dar uma resposta consistente
á demanda dos adeptos do cruzamento industrial Basicamente,
o sistema Frisch recomenda a realização de quatro
cruzamentos a partir do Nelore, garantindo, segundo suas conclusões,
nas fases 1 e 2 do Sistema 560 de heterose, enquanto que
na fase 3,90% e na 4, 88%.
John Frish parte do princípio que não há
raças ruins ou boas. Todas dependem das condições
a que são submetidas. Exemplificando, as zebuínas,
são extremamente, adaptadas aos Trópicos, inclusive
apresentando grande resistência a endo e ectoparasitas
e ao estresse térmico; mas geneticamente são
pouco produtivas, se comparadas ás continentais ou
britânicas, provenientes de clima temperado, cuja produtividade
cai acentuadamente nos trópicos, muitas vezes culminando
até em morte de animais, devido á sua sensibilidade
e parasitas e altas temperaturas.
Então, o ideal seria aproveitar o melhor de cada uma,
temperando os cruzamentos com a heterose ou vigor híbrido,
fenômeno que reúne principalmente as virtudes
dos pais nos filhos. Segundo estudos genéticos, quanto
mais distante uma raça, for da outra, em termos de
origem, maior será o choque de sangue ou heterose.
Frisch, então pesquisou as origens das várias
raças, fixou suas principais virtudes (precocidade,
qualidade da carne, resistência a doenças e adaptabilidade
a altas temperaturas, entre outras) e estabeleceu bateriasou
rounds de quatro fases ou quatro cruzamentos distintos para
as condições brasileiras, por ele bastante estudadas.
A base do sistema é o Nelore. O objetivo da rotação
é aumentar a lucratividade através do aumento
da produtividade do rebanho e, assim melhorar o acesso aos
mercados de maior preço. Por isso, este sistema se
chama gado Tropical, Carne Universal. Cada fase rotação
manda os machos para a engorda e preserva as fêmeas
para a fase seguinte. Os nomes dos animais resultantes de
cada uma das quatro fases do sistema UNIVERSAL
compartilham o prefixo Rota (em alusão
a serem produtos de uma rotação), diferindo
na terminação para indicar a raça do
touro usados: RED (de Red Angus), POL (de
Senepol), HOT (de Hotlander) e NEl
(de Nelore).
rodução
de RotaRED
Na
primeira fase da rotação, fêmeas Nelore
serão inseminadas com sêmen de touros Red Angus
altamente selecionadas. Á conclusão do programa
de IA, touros Red Brangus poderiam ser usados como touros
de repasse. Por que escolher o Nelore como raça base?
Em nível nacional, o maior potencial de aumento da
produtividade através de mudanças genéticas
será alcançado melhorando-se a produtividade
da raça dominante, que é o Nelore. Em nível
individual, há espaço para que se aumente a
produtividade do Nelore em 20%, através de cruzamentos,
sem necessidade de aumentar os custos ou alterar o ambiente
de produção. O Nelore é logicamente a
raça base para qualquer programa de cruzamento e está
altamente adaptado, possui fácil manejo
e tem características maternais excelentes: produção
adequada de leite, morfologia desejável de tetos e
úberes e facilidade de parto com qualquer raça
que seja cruzado. Com o Nelore é uma raça índica,
seu cruzamento com Red Angus (Britânica, Bos taurus)
produzirá uma F1 (RotaREd) com heterose individual
e maternal máxima. Alta heterose, alta adaptação
e altos valores maternais são essenciais para se alcançar
alta produtividade em nível de rebanho, não
apenas na primeira fase da rotação (RotaRED)
mas também na segunda (RotaPOL).
Por que cruzar o Nelore com o Angus é melhor do que
com outra raça taurina? As raças européias
em geral têm potencial de produção mais
alto que raças taurinas. As raças européias
são então favoritas sobre as raças taurinas
adaptadas. Nenhuma das raças taurinas pode emparelhar
com o Angus, com o elevado potencial de crescimento, alto
índice materno, ser mocho, cor sólida, precocidade
sexual, alto mérito de carcaça, e qualidade
de carne do Angus. O Angus possui tamanho adulto moderado
e seu potencial de crescimento não provém de
seu alto peso final mas sim de sua alta intensidade metabólica.
O Angus como raça tem vantagens sobre todas as outras
raças européias em qualidade de carcaça
e de carne e na quantidade de informação disponível
que permite a identificação precisa de touros
geneticamente superiores. Não há nenhuma heterose
para características de qualidade de carne e a F1 (Nelore
x Taurus) tem características que são intermediárias
entre as raças que lhe deram. O potencial reprodutivo
da F1 (Nelore x Taurus) é um reflexo do potencial reprodutivo
da raça taurina. Para ambas as características,
o Angus é então a raça européia
de escolha. O Angus tem ainda um peso adulto moderado. As
F1 provenientes de raça com alto peso á maturidade,
tais como as raças Continentais, também têm
alto peso á maturidade. Os cruzamentos de raças
de alto peso adulto têm um menor mérito maternal
do que os cruzamentos de raças de peso adulto moderado
á maturidade. isto então reduz a produtividade
da segunda fase. Quando todos os fatores são considerados,
o Angus como raça tem uma grande vantagem sobre outras
raças taurinas. A escolha dos touros dentro de uma
raça tem também uma grande influência
na produção do cruzamento. Novamente o Angus
leva vantagem.
A maior quantidade de informação disponível
para o Angus permite maior intensidade mais precisa dos touros
geneticamente superiores e maior progresso genético
no Angus do que em qualquer outra raça taurina. Os
touros Angus têm assim, vantagens sobre touros de outras
raças taurinas. O Brangus como raça para repasse
tem vantagens similares sobre outros compostos Europeu-Zebu.
Por causa da heterose, a F1 Nelore x Angus (RotaREd) apresenta
vantagens sobre ambas as raças que lhe deram origem
bem adaptadas ao ambiente de fácil manejo,
maturidade sexual relativamente precoce e alta taxa líquida
de reprodução anual, vida produtiva longa, alto
potencial de crescimento, sem peso adulto excessivo, qualidade
de carne e carcaça, que se adequam a uma grande variedade
de mercados, e excelente mérito maternal. As qualidades
maternais da RotaRED F1 são então intensamente
utilizadas na segunda fase do programa.
Produção
de RotaPol
Para
manter os atributos essenciais para a alta produtividade (alta
heterose, alta adaptação, alto índice
maternal, alta qualidade de carne e de carcaça, fácil
manejo), enquanto se produz filhas que vão gerar
progênie com mesmos atributos, as RotaRED devem ser
cruzadas com uma raça taurina adaptadas. Raças
taurinas adaptadas puras, tais como Africander, Caracu e Tuli,
não têm a mesma alta intensidade metabólica
e, portanto, alto potencial de cruzamento das raças
européias. Cruzar as RotaRED como uma raça taurina
adaptada pura reduz significativamente o potencial de produção.
Compostas taurinos adaptados (e estabilizados com o tempo)
baseados em raças britânicas tais como o Senepol
(NDama Red Pol), herdaram maior intensidade metabólica
e potencial reprodutivo do que as raças taurinas adaptadas
puras que lhe deram origem (neste caso O N´Dama). Estas
características são transmitidas para a progênie
dos compostos adaptados.
Na maioria dos rebanhos comercias brasileiros, os compostos
taurinos adaptados têm vantagens sobre raças
taurinas adaptadas puras para serem usados no cruzamento com
as RotaRED. Cruzando-se o Senepol com as RotaRED. produzir-se
á uma progênie (RotaPOL) de animais de tamanho
moderado, adaptados, com grande composição,
em que 560 da heterose foi novamente obtida através
do cruzamento de três raças distantemente relacionadas.
A progênie de Senepol, RotaPOL, possui 75% de genes
adaptados, e tem 560 de heterose. Sua alta concentração
de sangue taurino favorece as características de qualidade
de carne e de carcaça (OConnor et al, 1997; Chase
et al, 1998) que são importantes em mercados de preço
médio mais elevado enquanto sua grande adaptação
reduz os custos e permite que sua alta heterose se expresse.
Alta heterose individual gerada na progênie de Senepol
combinada com as características das raças que
compõem o cruzamento, resulta na alta produtividade
dos animais RotaPOL.
Segundo estudos, em condições de clima temperado,
a redução estimada em custo unitário
do valor de venda de um cruzamento unitário do valor
de venda de um cruzamento de 3 raças entre Hereford.
Angus e Shorthorn foi de 12%. Esse aumento de produtividade
foi atingido cruzando-se três raças britânicas,
todas proximamente relacionadas, quando comparadas com os
componentes da rotação proposta. A vantagem
em produtividade dos animais RotaPOL, que têm maior
heterose do que um cruzamento de três raças britânicas,
deve ser pelo menos tão grande quanto a reportada por
Nunez Dominguez et al (1992). A alta heterose maternal
das fêmeas RotaPOL amplifica a produtividade de sua
progênie Rota HOT na fase 3.
Produção
de RotaHOT
Devido
á percentagem de 75% de sangue taurino na RotaPOL,
75% da heterose da F1 será retida e a adaptação
será maximizada, cruzando-se com uma raça indiana
ao invés de uma raça taurina. Entretanto, um
dos objetivos da proposta é aumentar o valor do produto,
atingindo-se mercados de preços mais elevado. Cruzando-se
as fêmeas RotaPOL com Nelore i´ra aumentar o conteúdo
indiano da progênie para 63%, com efeitos correspondentes
nas características da qualidade de carne (DeRouen
et al, 1992; O´Connor et al, 1997) e assim, impedindo
o acesso aos mercados de preços mais elevado. Cruzar
com uma raça taurina irá reduzir a heterose
e a adaptação 9se uma raça européia
é usada) ou reduzir o potencial de produção
(se uma raça taurina é usada) para um nível
baixo inaceitável (De Rouen et al, 1992; O´Connor
et al, 1997).
A alternativa que atende a todos os requisitos e oferece outras
vantagens significativas é cruzar as fêmeas RotaPOL
com touros Hotlander. Cruzar com Hotlander não apenas
manterá 74% do conteúdo taurino, mas também
mantém alta heterose na progênie. O Hotlander
contém uma mistura de genes desejáveis para
a qualidade de carne e carcaça (Angus,Simental e Senepol),
fácil manejo (Nelore/Brahman, Angus, Senepol),
precocidade sexual (Angus, Simental), alto potencial de crescimento
(Angus, Simental), excelentes qualidades maternais (todas
as raças) e alta resistência ao stress tropical
(Nelore/Brahman, Senepol). Cada geração de Hotlander
é composta do inter-cruzamento de Hotlanders mais a
primeira geração de Hotlanders formada pelo
cruzamento de (Angus xSenepol) com (Simental x Brahman /Nelore).
A primeira geração de Hotlander é formada
pela progênie de touros Senepol provados em vacas Angus
e Touros Brahman com alta acurácia para características
de carcaça, e fêmeas Simental top. Isto é
uma forma de se introduzir a genética superior de cada
raça componente em cada nova geração
de Hotlander.
Os touros Hotlander com características desejáveis
de produção desejáveis de produção
são então selecionados como touros para uso
no programa de cruzamento rotacionado. Usar o Hotlander nas
RotaPOL irá aumentar o potencial de crescimento, melhorar
as características de carcaça, mantendo alto
níveis de adaptação tropical, alto grau
de sangue taurino, alta heterose e outras características
desejáveis de produção. As RotaHOT contêm
75% de genes taurinos, 62% de genes adaptados e retêm
mais de 80% de heterose. Então, em termos de heterose,
não há desvantagens em se cruzar as fêmeas
RotaPOL com touros Hotlander no lugar do Nelore diretamente.
Uma vantagem adicional de se usar touro Hotlander ao invés
de touro Nelore neste ponto da rotação é
que se mantém por uma geração adicional
no sistema o 75% de conteúdo taurino e com isto se
assegura maior quantidade de produtos do sistema para satisfazer
mercados que exigem menos de 26% do conteúdo indicus.
Os RotaHOT satisfazem todos os requerimentos por ser um gado
altamente lucrativo. As fêmeas RotaHot têm as
qualidades maternais necessárias para garantir altos
índices reprodutivos e elevado ganho de peso para sua
progênie RotaNEL.
O 75% de sangue Taurus das RotaHOT significa que uma alta
heterose para características de produtividade e adaptação
será novamente atingida na próxima fase através
do cruzamento com touros Nelore. A heterose para peso ao nascimento
também será maior (Crockett et al, 1978). Entretanto,
Williams et al (1999)) reportaram que a incidência de
partos assistidos em rotações de três
raças )2.2 h ? 0.6%) entre qualquer combinação
de Angus, Brahman, Charolês e Hereford foi significativamente
menor que em raças puras (5.5? 0.6%). A heterose para
peso ao nascimento da progênie RotaNEL deve afetar a
incidência de distocia nas vacas RotaHOT, apesar desta
possibilidade também em novilhas, não poder
ser ignorada.
A produção da progênie RotaNEL completa
o primeiro Round da rotação. Round inicial captura
os benefícios da complementaridade de heterose e raças.
Cada Round adicional não apenas mantém os benefícios
da heterose, mas soma a eles o acesso a touros geneticamente
superiores, que foram gerados dentro da seleção
das raças puras. Isso tem a vantagem de manter um melhoramento
genético contínuo na rotação
combina-se os benefícios de cruzamento e seleção.
Quando o sistema estiver equilíbrio, quase 90% da heterose
da F1 é retida. Isso superior aos 87% retidos no composto
de 8 raças. E o mais importante, mantém se a
alta produtividade e gera acesso a diferentes mercados, incluindo
os de alto preço.
Produção
de rotaNEL
A
fase 4 é o começo do Round 2 da rotação.
Cruzar as RotaHOT com Nelore irá maximizar a heterose,
e simultaneamente aumentar o nível médio de
resistência da progênie. Nenhuma raça taurina,
adaptada, ou composto sintético com base
Zebu, pode atingir o mesmo resultado que pode ser atingido
com o Nelore. Os touros Nelore irão gerar uma progênie
muito similar aquela da fase 1 (RotaRED) alta produtividade,
excelente mérito maternal, e uma menor necessidade
de controle químico de parasitas. Devido aos 63% de
conteúdo indicus, a qualidade de carne e carcaça
será menor que aquela dos animais RotaHOT (25% indicus),
mas ainda se qualificará para uma grande variedade
de mercados. Essa redução pode ser minimizada
pelo uso de touros Nelore com DEPs desejáveis
para características de carcaça e carne. Animais
com maior grau de sangue Nelore poderiam criar maiores oportunidades
de diversificação de mercados. As fêmeas
RotaNEL terão mais de 75% de heterose maternal. A perdas
de heterose quando comparada com as fêmeas F1 RotaRED
da fase 1 se refletirá em uma idade á puberdade
ligeiramente maior e uma taxa de reprodução
anual e uma taxa de reprodução anual ligeiramente
menor. Entretanto, o efeito direto da maior idade á
puberdade, será comercialmente irrelevante, caso todas
os fêmeas UniverNEL tenha atingido a puberdade na idade
de acasalamento. A facilidade de parto e a produção
de leite serão similares aquelas das fêmeas RotaRED.
As fêmeas RotaNEL, ainda terão excelente mérito
maternal produção adequada de leite,
fácil manejo, altas taxas líquidas
de reprodução anual e peso de desmama elevado/peso
médio da vaca. As RotaNEL terão 80% de genes
adaptados (indicus + taurus adaptado), que irá
gerar o próximo Round de heterose quando combinado
com Angus.
Segundo
round: a produção de RotaRED
A
progênie RotaRED resultante da fase 5 possuíra
40% de genes adaptados 10% a menos que a progênie RotaRED
na fase 1. Essa proporção (40%) de genes adaptados
irá gerar uma resistência ao calor, mas na maioria
das regiões será necessário controle
de parasitas. A progênie RotaRED da Fase 5 irá
conter apenas 31% de genes indicus e 56% de genes Angus, tendo
assim, qualidade para uma grande variedade de mercados que
exigem alta qualidade de carne. Espera-se que a progênie
RotaRED da Fase 5 retenha 93% da heterose e pelo menos 80%
da vantagem produtiva dos animais F1 Rota RED da Fase 1. sobre
animais Nelore puros. Um aumento significante de toda a resistência
vai ocorrer na fase seguinte, quando touros Senepol de alta
resistência serão usados. Mais de 90% dos genes
das RotaRED da Fase 5 são genes europeus e indicus
(5/8 de genes europeus e 5/16 de genes indicus). A alta heterose
e a alta resistência serão então geradas
pelo cruzamento com Senepol. A progênie RotaPOL resultante
terá 94% de genes taurinos com os correspondentes efeitos
benéficos nas características de qualidade de
carne, tendo assim, acesso a mercados de maior preço.
As características de performance e produtividade serão
similares aqueles da progênie RotaPOL da fase 2.
As RotaPOL da fase 6 contêm apenas 16% de sangue indicus.
Se forem cruzadas com Nelore, altas taxas de distocia podem
ser esperadas. As RotaPOL da fase 6 deve então serem
cruzadas com Hotlander, pelas mesmas razões mostradas
acima na Fase 3. As características de produção
e oportunidades de mercado serão similares aquelas
da progênie RotaHOT da Fase 3.
As RotaHot da fase 7 contêm 80% de genes Taurus. Cruzá-las
com Nelore irá gerar uma heterose para todas as características,
incluindo peso ao nascimento. Isso poderia resultar em uma
incidência de distocia nas novilhas. Pode ser possível
reduzir esta incidência através do uso de touros
Nelore com baixas DEP´s para peso ao nascimento. Uma
melhor opção seria o uso de touros Brangus nas
novilhas, com a venda de toda sua produção.
Apesar das diferenças nas taxas de distocias, as características
de produção dos animais RotaNEL da fase 8 serão
similares aquelas dos animais RotaNEL da fase 4.
Da fase 8 em diante, a rotação atinge o equilíbrio.
A heterose média será de 90%, tão alta
quanto a que pode ser atingida em qualquer outro sistema.
Os touros e raças usados na rotação têm
alto mérito genético para todas as características
comercialmente importante. A produtividade da rotação,
medidas como quilos de progênie/kg de vaca em produção,
pode ser superior em 20% aquela de animais Nelore puro. O
maior efeito deste aumento é no lucro líquido.
Devido ás altas taxas reprodutivas esperadas para cada
fase rotação, mais 50% das fêmeas podem
ser acasaladas com touros de raças terminais, sem afetar
a funcionalidade da rotação. A rotação
proposta de 4 raças é mais complexa que a rotação
de 2 raças, mas o potencial de recompensa é
também maior. A rotação proposta tem
ainda a flexibilidade de permitir mudanças rápidas
caso o mercado ou condições ambientais mudem.
As fase irão se sobrepor mas para se completar o Primeiro
Round da rotação deve se gastar apenas seis
anos. Dedicação ao programa será necessária
para que a rotação funcione efetivamente. O
número de vacas em produção no rebanho
deve ser de pelo menos 150, sendo necessário implementar
um sistema prático de diferenciação das
progênies de cada grupo, e deve haver um forte desejo
de se aumentar a produtividade, em detrimento do tradicionalismo.
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