A
ênfase nos resultados de uma exploração
leiteira depende de todas as variáveis ligadas ao sistema
produtivo adotado, e este por sua vez, é definido de
acordo com particularidades de cada empresa rural.
Um dos itens mais significativos na análise de um sistema
de produção de leite é o manejo nutricional
dos animais. Sabe-se que na composição dos custos
da bovinocultura de leite, a nutrição tem uma
grande representatividade, ao redor de 45% do custo total.
Diante disto, a escolha do esquema de alimentação
é muito importante para definir a lucratividade da
atividade.
Para a escolha a escolha do esquema nutricional ideal, deve-se
analisar outros componentes do sistema produtivo, tais como:
capacidade de investimentos e objetivo do produtor; recursos
disponíveis, localização e tamanho da
propriedade; alimentação atual do rebanho e
seus custos; níveis de capacitação do
produtor e da mão de obra; histórico da propriedade,
entre outras. Na alimentação antes de se fazer
alguns investimentos ou alteração nutricional
deve-se conhecer o potencial genético do animais a
serem tratados e dimensionar a resposta produtividade.
A adoção de um esquema de alimentação
para rebanhos leiteiros não é uma decisão
isolada e não pode ser feita de maneira empírica.
Análises abrangentes devem ser feitas para que o desempenho
econômico (rentabilidade e lucro) seja satisfatório.
Definido o sistema produtivo, depara-se com duas situações
distintas para a elaboração de rações.
Em uma todo o alimento é fornecido no cocho (dieta
total) e em outra a base da exploração leiteira
é o pasto.
Na primeira situação as dietas total e em outra
base da exploração leiteira é o pasto.
Na primeira situação as dietas totais são
oferecidas no cocho e os animais não tem acesso ao
pasto, caracterizado um sistema mais intensivo de produção.
Nesta situação, a dieta se torna mais manipulável,
existe condição de fazer um controle efetivo
dos alimentos consumidos pelos animais, e conseqüente
quantidades específicas de nutrientes oferecidos diariamente.
A eficiência de produção de volumosos
e a qualidade destes, é primordial para a rentabilidade
deste sistema (os volumosos representam em média 13%
do custo total e30% do custo com alimentação),
pois quanto melhor os níveis nutricionais deste volumosos
menores quantidades de concentrados são utilizados.
Os custos de produção geralmente mais alto (média
de R$ 0,28/litro de leite) e a escala de produção
um fator limitante. Os animais utilizados são especializados.
Na segunda situação a base da exploração
leiteira são as pastagens, precisa-se conhecer e identificar
todas as variáveis que interferem na ingestão
das forragens, principalmente a disponibilidade da pastagem
e a capacidade de suporte ideal (Ua/ha/ano). O ponto de partida
para formular o suplemento concentrado é conhecer a
ingestão de matéria seca da forragem, bem como
sua qualidade. É o sistema mais difundido em nossa
condições, geralmente possuem os custos mais
baixos (média de R$ 0,22/litro de leite) quando comparado
com explorações intensivas e os animais são
menos especializados (mestiços). As rações
são calculadas para suplementar as deficiências
impostas pelo pasto.
Para qualquer formulação de ração
deve-se conhecer e quantificar todos os nutrientes existentes
nas matérias primas selecionadas, bem como as suas
interações entre eles e saber qual é
a exigência nutricional dos animais a serem tratados,
para isso, existem referências que servem como guia.
Os valores contidos nessas tabelas devem ser analisados com
prudência e adaptados dentro das condições
avaliadas.
O sucesso de uma atividade na bovinocultura, se traduz em
tomar decisões economicamente viáveis, dentro
da realidade do sistema produtivo escolhido. É um a
questão de múltiplos acertos.
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