A
maioria das indústrias processadoras do suco concentrado
de laranja está moendo a fruta, processo que teve início
em meados de maio. A moagem está sendo efetivada com
as frutas concentradas, cujos valores foram estabelecidos
em torno de US$ 10,00 a US$ 11,00/cx para três anos
(valores dos novos contratos equivalentes a US$
3,33 a US$ 3,66 por ano), e com as frutas precoces postas
no portão das fábricas (que caracterizam o mercado
Spot). As variedades precoces referem-se à
tangerina e a laranja Hamlin e o valor da caixa de 40.8 kg
dessas frutas estão cotado, em média, a R$ 4,00
e R$ 6,00, respectivamente.
Esses valores comprovam que a valorização da
fruta este ano está relacionada à queda em sua
oferta, ou seja, a produção da safra de 2001/02
estimadas pelos agentes do mercado em menos de 300 milhões
de caixas vem, causando preocupações ao setor
elevado significativamente o preço da fruta.
Em 2000, a maioria dos contratos de longo prazo foi estabelecida
a US$ 2,50/cx, o que indica uma elevação de
40% nos atuais contratos estabelecidos a partir de meados
de maio. Quanto ao mercado spot, o mês de maio de 2001
apresenta valores três vezes maiores do que no mesmo
período do ano passado, quando a precoce era posta
a R$ 1,36/cx.
Em contrapartida, toda a movimentação da indústria
de suco balançou o mercado da fruta in
natura, que tem presenciado grande parte da produção
ser destinada à moagem. Os rumores de escassez de laranja
para este setor elevou em até 213% o preço da
Pêra, principal variedade comercializada in natura,
ou seja, a fruta para o mercado também está
três vezes mais valorizada em relação
a maio, período em que sua média não
passou de R4 2,52/cx da fruta da árvore.
Enquanto isso, essa valorização da matéria-prima
não atingiu os valores dos sucos no mercado europeu,
pelo menos enquanto os estoques dos engarrafadores permanecerem
elevados, conseqüências dos baixos preços
praticados neste mercado no segundo semestre do ano passado
(abaixo de US$ 800,00/ton).
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