Dois
anos após a realização do seu primeiro
teste na revista Rural, a F-250 continua impressionando pelo
design, conforto e eficiência, superior os demais picapes
fabricados no país.
Não há como negar. Pouca coisa mudou no F-250
desde o seu lançamento. E nem precisava mesmo. Apostando
na filosofia de que em time que está ganhando
não se mexe, a Ford continua acumulando prêmios
conferidos a sua picape e transformando a sucessora da F 1.000
no principal objeto de cobiça do produtor rural. No
segundo teste realizado pela revista Rural, a F-250 conseguiu
impressionar mais uma vez. Mesmo circulando pelas ruas há
mais de três anos ela ainda chama muita a atenção
e impõe bastante respeito. O porte avantajado não
chega a inviabilizar o seu uso na cidade e a altura elevada
da cabine ainda dá ao motorista uma agradável
sensação de segurança. Você
se sente o dono da rua, afirma Adilson Silveira, produtor
rural e proprietário de uma empresa de paisagismo em
Campos do Jordão, SP. Proprietário de um F-1.000
ano 97, ele não esconde a disposição
em trocá-la em breve por uma F-250, que tem muito
mais presença, além de servir também
para a lida, segundo ele. Esta possibilidade de unir
num veículo o uso no passeio e no trabalho pesado é
um dos pontos fortes do F-250, que no teste da Rural, desta
vez, teve como principal desafio atravessar pastos em terras
inclinadas, de topografia irregular. E ela não desapontou.
A potência e excelente torque do motor turbo Diesel
faz com que a picape Ford consiga chegar em lugares difíceis
mesmo para veículos comuns. A presença de tração
nas quatro rodas (ausente na versão XLT testada pela
Rural), porém daria a ela ainda mais vantagens para
esta proposta de utilização. Assim como no teste
anterior, o F-250 ainda dá a impressão, muitas
vezes, de se tratar de um veículo mais para passeio
do que para trabalho, em função da qualidade
de acabamento e isolamento acústico da cabine, que
recebe pouco ruído do motor. Com os vidros fechados,
muitas vezes, quase se esquece de estar a bordo de um carro
com motor a diesel, impressão que se acentua pelo desempenho
do motor, superior a outras picapes da mesma categoria testada
pela Rural. O baixo consumo do motor diesel confere a F-250
boa autonomia.
Além do desing campeão, que já começa
inclusive a ser discretamente copiado pela concorrência,
a marca registrada da F-250 é sem dúvida o tamanho
avantajado. Com 2,37 metros de largura, 5,34 metros de comprimento
e 1,93 metro de altura, a picapona deu alguns
sustos na equipe de redação ao ir até
um shopping center de São Paulo. Apesar da garantia
do funcionário de que ela entraria sem dificuldades
no estacionamento, a distância entre a capota e algumas
beiradas e canos que corriam pelo teto não superavam
os dez centímetros, dando muitas vezes a impressão
de que ela iria encalhar. É claro que nada aconteceu.
O espaço e, sobretudo, o desenho da caçamba
tão grande versatilidade a F 250, que traz úteis
ganchos, bem localizados, em seu interior, além de
convenientes protetores plásticos nas laterais da caçamba,
que evitam boa parte daqueles riscos desagradáveis
e tão comuns nos veículos de quem o utiliza
para transporte de carga.
O espaço interno é excelente para três
ocupantes, com bancos 1/3 2/3, retráteis, e
um útil espaço para pequenos volumes atrás
dos bancos, onde se situa ainda uma rede para acomodar itens
menores. A presença de fartos e bem localizados porta
objetos pela cabine fazem com que seja fácil acomodar
óculos, telefones e carteira. Ajustes de altura e distância
no banco do motorista e na coluna de direção
e regulagem de altura no cinto de segurança permitem
adequar a F-250 a pessoas de qualquer tamanho, que tem ainda
seu acesso facilitando por estribos largos junto as portas.
O modelo testado pela Rural (XLT) trazia como itens de série
ar-condicionado, trio elétrico, cd player, air bag
do motorita, controle remoto das travas, para choques
e grades cromadas.
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