A
criação de avestruz no Haras Capim Fino, tradicional
criador de cavalo Árabe, só foi possível
porque o atual administrador da Avestruz e Companhia, Giovanni
Costa, conseguiu provar ao dono do Haras, Paulo Levy, o Polé,
que o potencial de mercado interno e externo, era muito grande.
E segundo Giovani, porque o Polé é uma pessoa
que gosta de criações.
Giovanni
conta que começou a se interessar pelo assunto durante
uma viagem que fez ao Arizona, EUA. Estando lá, conheceu
fazendas de criações e toda a linha de produtos
e subprodutos originários do avestruz. E com todos
os dados na mão, chegou ao Brasil com idéia
de fazer um teste. Convidou amigos para churrasco e serviu
carne de avestruz. Todos gostaram.
A
Avestruz e Companhia começou a operar em 1997, no município
de Jaguariúna, São Paulo, a partir da importação
de 380 animais adultos da mais antiga fazenda de criação
de avestruz, nos EUA. Depois deste passo, e de ter aprendido
como criar, a empresa já está com um plantel
de 130 aves adultas, e têm produzido cerca de 700 aves/ano.
O sucesso do empreendimento foi visto muito rapidamente. Logo
surgiram vários interessados e hoje a Associação
Brasileira de Criadores conta com cerca de 150 sócios
atuantes.
Giovani
diz que a demanda interna é tão forte que eles
têm dificuldades de manter o processo de manejo com
tem que ser. Muitos chegam aqui e querem levar na hora e muitas
vezes temos que explicar que é preciso esperar o tempo
certo e ter infra estrutura adequada para receber os animais,
explica o administrador.
Sobre
este tema ele diz que toda a pessoa que quiser se transformar
em criador precisa adquirir no mínimo dois casais,
para não haver cosangüinidade. Depois, quando
começarem a produzir, será necessário
investir na formação de piquetes para as várias
idades e também para a maternidade. É preciso
ainda criar uma área de granja e ter instalações
para a incubadora. O investimento inicial, nos primeiros anos,
é um pouco alto, mas do jeito que está o mercado,
você consegue recuperar o capital em cinco anos, informa.
O
administrador afirma que a expansão dos negócios
da empresa favoreceram a formação de uma joint
venture com Klein Karoo uma das maiores empresas mundiais
na criação e venda de subprodutos de avestruzes,
detendo 56% deste mercado. Giovani comenta que a partir desta
parceria poderão mais facilmente colocar os produtos
da Avestruz e Cia em outros mercados. Só para dar uma
idéia, 89% do que produzimos, tanto em carne como em
couro, está sendo exportado salienta.
Com
este resultado, a empresa já se consolidou no mercado,
acredita o administrador. E entusiasmado com isto, resolveram
fazer nova importação. O plano, segundo revela
Giovani, ´trazer entre 3 e 10 mil animais da África
do Sul, país que tem o mais conceituado criatório
no mundo.
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