O
levantamento irá atingir 10% dos talhões (blocos
de árvores) existentes no Estado de São Paulo
e Sul do Triângulo Mineiro, sorteados de acordo com
a variedade, idade e região onde se encontram. O trabalho
levará dois meses para ser concluída. Mais de
10 milhões de árvores serão inspecionadas
por 400 pessoas.
Segundo
o professor do Departamento de Ciências Exatas da Unesp
de Jaboticabal Carlos Barbosa, que desenvolveu a metodologia
do levantamento, os índices deste ano deverão
ficar iguais ou abaixo aos do ano passado, quando o trabalho
apontou a incidência da doença em 0,27% dos talhões.
Podemos prever este índice baseado no acompanhamento
que vem sendo feito nos talhões contaminados, principalmente
aqueles localizados em regiões mais críticas,
onde a doença ainda não está totalmente
controlada, afirma.
O
Fundecitrus pretende usar os dados do levantamento para programar,
logo após o seu término, ações
de controle como, por exemplo, uma nova varredura, em que
todas as últimas varredura, realizada em 66 municípios,
foi concluída em fevereiro e encontrou 111 talhões
contaminados, em 67 propriedades, de 27 municípios
diferentes. O número representa a queda da incidência
da doença, mas ainda requer atenção.
Das 67 propriedades contaminadas, 43, ou seja, 64% tinham
apenas um talhão contaminado. Em 25 talhões,
ou 22,5%, havia uma única planta com sintomas. Isso
mostra que o foco era novo e não teve tempo de se propagar
pela propriedade. Em contrapartida, 56, ou 50% dos 111 talhões
contaminados, apresentavam mais de 0,5% de plantas com sintomas,
o que significa que estavam com a doença há
bastante tempo. A causa provável foi a demora na realização
da varredura, que deveria ter acontecido em maio do ano passado,
logo após o término do levantamento amostral,
mas só foi iniciada em outubro devido ao atraso no
repasse de verba do Ministério da Agricultura.
VALORIZAÇÃO
PLANEJADA
Associação
Brasileira dos Criadores de Limousin firma convênios
para o aprimoramento da raça e planeja destaque ao
novilho precoce.
Ampliar a utilização da raça no Brasil
é o principal objetivo de Wilson Brochmann, presidente
da Associação Brasileira dos Criadores de Limousin
(ABCL). Empossado em fevereiro deste ano, com mandato por
dois anos, Brochmann garante que os leilões de elite,
a melhoria genética e o incremento da raça pura
são aspectos estabilizados. O Limousin precisa ser
visto como raça importante no cruzamento industrial,
explica. Para isso, a ABLC planeja iniciativas que revelem
aos pecuaristas brasileiros informações sobre
o Limousin, especialmente nos aspectos de carcaça,
ganho de peso e aptidão sexual. Duas delas consistem
em parcerias com a Pecplan/ABS. A primeira trata do projeto
de divulgação de cruzamento industrial no Brasil.
A ABCL formou seis equipes, cada uma delas com um profissional,
que pode pertencer á área de agronomia, zootecnia
ou veterinária. Esse profissional, munido de material
didático, como slides, transparências, filmadora,
percorrerá dias de campo, palestras e demais eventos
do setor pecuário, para a divulgação
da raça. No mês de abril, em Uberaba, um encontro
será realizado entre mundial e o diretor-geral, além
de representantes comerciais e regionais da ABS/Pecplan e
a diretoria da ABCL, para analisar o material preparado. Brochmann
afirma que, se aprovado, a ABCL terá a relação
dos principais eventos da agenda anual da empresa, onde passará
a apresentar o Limousin.
A segunda parceria com a empresa prevê a continuidade
do Projeto de Avaliação de Touros Jovens. Iniciado
em 98, o trabalho consiste na seleção de 10%
dos melhores machos PO e Pc nascidos no país. Os animais
são avaliados pelo corpo técnico da ABCL, que
escolhe entre 10 e 12 tourinhos, e envia para central da Pecplan/ABS.
Ali, são obtidas 300 doses de sêmen da cada animal
e aplicadas em vacas Nelore de plantéis cooperados.
A progênie é avaliada, com os machos sendo testados,
até o abate e as fêmeas, até o primeiro
parto.
Brochmann explica que a ABCL firmou também parceria
com a Unesp/campus Jaboticabal, Frigorífico Bertim,
Navimix e Agropecuária Maragogipe para análise
da carne de animais abatidos, com itens como maciez e suculência.
Participam do projeto 100 machos, dos quais 50 Nelore e 50
½ sangue Limousin. Mensalmente, são abatidos
10 animais de cada lote no Frigorífico Bertim, em Naviraí,
no Mato Grosso do Sul. As carcaças vão para
o Frigorífico Bertim, em Lins, São Paulo.
A ABCL pretende ainda impulsionar os criadores participar
do programa do DEP. Brochmam conta que atualmente apenas 100
criadores participam, embora totalizem 652 cadastrados na
ABCL ao longo do país. Mais ainda: o objetivo dele
é encerrar seu mandato com a ABCL englobando mil criadores.
Ele acredita que é preciso trabalhar para tornar o
Limousin mais conhecido na sua função por excelência,
isto é, o novilho precoce exercendo papel preponderante
na monta e no rendimento de carcaça.
Confiante, não hesita em afirmar que o Limousin é
o parceiro perfeito em afirmar que o Limousin é o parceiro
perfeito é o parceiro perfeito para o Zebu, em razão
das características de desempenho na monta natural,
pernas boas e pêlo liso, que permitem transmitir musculatura
mais saliente, precocidade sexual e no acabamento.
Diante de expectativa de crescimento no uso da raça,
a tendência é de que os produtores tornem-se
mais profissionais. O perfil atual engloba dois tipos de criadores.
O primeiro, formado por industriais e executivos que valorizam
a criação do Limousin como segunda opção
para lucros financeiros. Exatamente esse tipo é que
deve transformar-se no produtor profissional, que visa a obtenção
de lucro.
E o segundo, o selecionador de animais, que vive disso. Colaborando
também para esse quadro, o cenário atual, em
que o Limousin caminha para deixar de ser elite, conforme
Brochmann. Hoje, o mercado permite ao interessados entrar
na atividade. Agrônomo e criador há 28 anos,
ele é proprietário da Agropecuária Maragogipe,
que reúne rebanho de 700 animais PO, dos quais 450
fêmeas, em Camaquã, no Rio Grande do Sul, e rebanhos
para cruzamento industrial, em Itaquiraí e Iguatemi,
no Mato Grosso do Sul, cujos números não são
revelados. Entusiasmado, acredita que a próxima estação
de monta aponte os resultados da parceria com a Pecplan/ABS
e o conseqüência incremento da raça.
Marco Bello, gerente-executivo da ABCL, afirma que São
Paulo e o Paraná representam os pólos de crescimento
dos rebanhos Limousin. Hoje, a entidade representam os pólos
de crescimento dos rebanhos Limousin. Hoje, a entidade reúne
652 criadores registrados, com plantel compostos por machos
e fêmeas PO, PC e CGC distribuídos por todos
o país.
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