Depois
de um ano muito difícil para o mercado como foi 1999,
onde a maioriadas médias caíram não só
em real, mas também em dólar, qualquer previsão
mais otimista para o ano seguinte parecia soar como exagerada.
A performance das vendas em leilão no ano que passou,
porém, acabou mostrando que a tradicional cautela,
pelo menos dessa vez, foi injustificada.
A oferta apresentou um percentual de crescimento inferior
ao que foi verificado entre 98 e 99 no balanço da Revista
rural, passando de 48.329 para 57.191 animais (aumento de
18%). Entretanto, em termos de preço médio,
a situação foi bem diferente. A grande maioria
das raças conseguiu recuperação no preço
médio, entre bovinos de corte, leite e eqüinos.
A pequena oscilação no cambio verificada ao
longo de 2000, tendendo a estabilidade, a volta do capital
estrangeiro e a recuperação da maioria dos índices
econômicos do país ajudaram a dar maior confiança
aqueles que investiram em animais de seleção
mais apurada.
Com esse quadro, o mercado de leilões movimentou perto
de R$ 187 milhões em 954 remates, marca que quase multiplica
por dois o faturamento registrado em 1998, quando foram á
pista 35.458 animais em 708 promoções, rendendo
R$ 102 milhões.
Em 99, com o rompimento do dique que sustentava o Real frente
ao dólar, o mercado sofreu um forte abalo e, mesmo
mantendo a curva de crescimento na oferta, os preços
em sua maioria, não conseguiram acompanhar o mesmo
caminho.
O
ano do leite
O
mercado de raças leiteiras esteve longe de ser extraordinário,
mas foi que conseguiu maior salto no ano que passou e colaborou
com 5.387 unidades dos 8.862 animais vendidos a mais expressivo
lembrando que, até 99, o mercado leiteiro respondia
por apenas 24% dos negócios realizados. Este ano, porém,
ele aumentou sua fatia no bolo, atingindo 30% do total da
oferta.
Já os eqüinos mantiveram praticamente o mesmo
volume de animais negociados, com 7.319 animais em 277 pregões
(em 99 foram á pista 7.153 produtos, divididos em 219
promoções).
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