As
campanhas contra a febre aftosa e o universo pet, denominação
de animais doméstico, especialmente cães e gatos,
responderam por grande parte do faturamento de produtos veterinários,
que alcançou US$ 771 milhões, no passado. Esse
resultado foi auxiliado também pela recuperação
econômica do país e pelo setor avícola.
O total, embora abaixo da previsão de US$ 800 milhões,
é considerado razoavelmente bom, afirma Nelson Antunes,
presidente do Sindicato da Indústria de Produtos para
a Saúde Animal (Sindan). Ele lembra que, em 1999, o
faturamento somou US$ 670 milhões.
O volume de produtos veterinários cresceu em 2000,
mas os preços baixaram movidos por maior número
de empresas no mercado e redução do custo de
matérias-primas. Ainda assim, o Brasil, ao lado dos
Estados Unidos, Japão e França, forma o quarteto
dos países com maior volume de faturamento em produtos
veterinários.
Para 2001, a expectativa gira em crescimento de 14% do mercado
e faturamento torno de US$ 820 milhões e US$ 830 milhões.
A explicação é simples: livres da febre
aftosa, os produtos ampliarão o uso de outros produtos
na busca por mercado e retorno financeiro. A linha pet, por
sua vez, deve manter os índices de crescimento entre
9% e 10% do total do segmento, o que se repete desde 1998.
Até aquele ano, não ultrapassa 7% do total.
Resultado: hoje, a pet fatura entre exclusivamente com medicamentos.
A fusão entre empresas do segmento é outra característica
que deverá ser mantida ao longo de 2001. As multinacionais
unem-se e aumentam os investimentos em P&D, explica ele.
Atualmente, não há diferença de preços
entre produtos nacionais e importados.
Outras peculiaridades caracterizam os setores pet, suíno,
avícola e bovino, responsável por 60% das vendas
de medicamentos. Hoje, os donos de pequenos animais saem dos
consultórios veterinários, com a receita e os
remédios. Portanto, a indicação cabe
ao veterinário. Já os produtores compram predominante
em revendas e procuram novidades aliadas a preço. Os
suinocultores e os avicultores usam medicamentos recomendados
pela empresa que faz a integração. Um produtor
com mil cabeças precisa tecnificar seu manejo para
ter lucro, garante. Ele busca resultados e para isso
usa a dupla remédio e critério.
Antunes revela a importância de o Ministério
da Agricultura agilizar a liberação de novos
produtos. Atualmente, é preciso liberar cada produto.
Como resultado, o mercado recebe entre 300/400 produtos por
ano. Com maior agilidade, esse número poderia chegar
a 500/700 novos produtos.
|