Quando o assunto é incentivar o desenvolvimento de novas tecnologias para além das fronteiras da siderurgia, o Grupo Gerdau – marca líder na produção de aços longo nas Américas e líder mundial em aços longos especiais para a indústria automotiva – entra como candidata. Desde 1983, a empresa acompanha a história de máquinas e equipamentos agrícolas.
Mesmo não atuante diretamente no segmento, a Gerdau inovou e lançou uma proposta diferenciada. A empresa oferece todos os anos, o principal prêmio da indústria de máquinas agrícolas, “Prêmio Gerdau Melhores da Terra”.
O intuito do Grupo Gerdau é reconhecer a criatividade e a importância de um trabalho desenvolvido por profissionais, possibilitando assim que outros produtores adotem das técnicas semelhantes. Para isto, uma comissão técnica – coordenada pelo professor Luiz Fernando Coelho de Souza, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – vai a todos os locais, onde as máquinas e equipamentos são utilizados, de forma a verificar “in loco” seu desempenho. “Já foram 600 mil km rodados, ou seja, 13 voltas ao redor da Terra”, conta o professor. “Esse prêmio se transformou na memória viva da evolução tecnológica no campo”, analisa.
Todos os anos, a comissão técnica formada por professores de universidades do Brasil, da Argentina e do Chile visita várias fazendas no País e no Mercosul, onde eles, em conjunto com os produtores, avaliam o desempenho de cada máquina dos trabalhos inscritos nas três categorias do prêmio: Pesquisa & Desenvolvimento, Destaque e Novidade. “O Melhores da Terra dá uma consultoria gratuita para a indústria, que recebe informações preciosas de como suas máquinas vêm sendo utilizadas e avaliadas. Além disso, traz conhecimento às pessoas do meio acadêmico e aos produtores”, comenta o professor. “Não importa a classificação final, todos ganham. Quem se inscreve na categoria ‘Destaque’ ganha um relatório de avaliação de seus equipamentos elaborado por Comissão Julgadora formada pelas mais conceituadas universidades e instituições de pesquisa agronômica do Mercosul e do Chile. A comunidade acadêmica e o setor agroindustrial ganham mais um estímulo à pesquisa por meio de uma das maiores premiações da área na América do Sul, contribuindo para a geração e desenvolvimento de novas tecnologias e o aprimoramento dos equipamentos. O usuário final também ganha, já que poderá contar com novos e melhores equipamentos, mais adequado às suas necessidades. O fabricante também ganha, pois o Prêmio é uma vitrine. E finalmente o Brasil ganha já que a agroindústria aproveitará toda esta pesquisa e tecnologia para aumentar a produtividade”, menciona.
Uma característica que o professor e coordenador ressalta é que as máquinas premiadas nem sempre são voltadas à grande empresa agrícola. “Nós temos valorizado as melhores soluções para o pequeno e o grande produtor e também acompanhamos as principais tendências dos últimos anos, como o plantio direto e a agricultura de precisão”, diz o professor Luiz Fernando Coelho.
Ano de 2007 – Em 2007, um total de 84 empresas se inscreveram para as categorias “Destaque” e “Novidade”. Foram escolhidas nove vencedoras, dos estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina, além de Chile e Argentina. Os membros da Comissão Julgadora percorreram 69.634 quilômetros (o que corresponde a 1,7 volta em torno do planeta Terra) e visitaram 377 cidades em quatro países (Brasil, Argentina, Chile e Paraguai). Ao todo, foram entrevistados 592 usuários dos produtos inscritos.
A categoria “Destaque”, que reconhece as máquinas e os equipamentos lançados no mercado há mais de um ano, premiou o pulverizador arrozeiro Tarran 3000, da Stara S/A Indústria de Implementos Agrícolas. “É motivo de muito orgulho participarmos do prêmio. É a nossa Copa do Mundo das máquinas”, comenta Gilson Trennepohl, diretor da empresa, que há 47 anos atua no segmento. Segundo ele, no ano passado a premiação teve um sabor especial. “Estávamos concorrendo na categoria ‘Destaque’, desde de 2006. E não conseguimos ganhar. Faltaram alguns detalhes técnicos. No ano seguinte, passávamos por alguns problemas na empresa, e o Prêmio de 2007 nos trouxe uma energia positiva para recuperar o ânimo”, argumenta o diretor.
Edição 2008 – Este é o primeiro ano em que os inventores – profissionais autônomos que contribuem para o desenvolvimento do agronegócio – também serão premiados. “Muitos produtores rurais, mecânicos e mesmo curiosos costumam desenvolver diversas soluções em suas propriedades, usando apenas seus próprios conhecimentos e sua experiência acumulada”, diz o coordenador.
Os premiados serão conhecidos durante a Expointer 2008, na cidade de Esteio (RS), entre os dias 30 de agosto a 07 de setembro.