Por meio de um comunicado, a Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) divulgou que em março a setembro deste ano, o Brasil exportou 760 mil toneladas de arroz e ultrapassou o número de importações no período – 636 mil toneladas. Uma diferença de 124 mil toneladas.
Ainda que, com o quadro de oferta menor, devido à expressiva quebra da safra no país, o Rio Grande do Sul continua com suas vendas externas em alta em virtude da boa demanda do produto nacional, além da cotação do câmbio que oferece uma competitividade positiva ao cereal brasileiro.
De acordo com a análise da Federarroz, além de ampliar a comercialização com a abertura de novos mercados, escoar os excedentes e neutralizar as importações do Mercosul, a exportação faz com que o produtor não fique refém da demanda interna e, também, confere maior sustentação às cotações e consolida o país.
A Broto Legal Alimentos, por exemplo, informa que 5% do faturamento é oriundo destas operações. “É de suma importância não apenas para aumentar os valores de produção, mas também diminuir a exposição no mercado interno e agregar mais valor à marca. Além de movimentar a economia do país de modo geral”, afirma Maurício Moraes, diretor de Exportação da empresa. A marca comercializa com países do Oriente Médio, Estados Unidos, Chile, Peru, Caribe e Venezuela.
A estimativa é que até dezembro deverá ser embarcado pelo Porto de Rio Grande, o segundo carregamento com 30 mil toneladas de arroz beneficiado com destino ao Iraque. O país considerado um dos mais importantes parceiros comerciais do setor, consome mais de 1,7 milhão de toneladas anuais. E, além do Brasil, também fechou recentemente, novos embarques com países do Mercosul.
Segundo o CEPEA (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), o volume de exportação do agronegócio no Brasil subiu 4,6% no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2018. Na mesma comparação, o volume comercializado pela Broto Legal Alimentos cresceu 5,10%. Os principais alimentos que a companhia exporta, na ordem de vendas, são: arroz branco e parboilizado e feijões dos tipos carioca e preto.
A expectativa da marca é começar a exportar para Equador, Panamá, Angola, Colômbia, Bolívia e México, ainda em 2019, atingindo R$ 4 milhões em vendas. Antonio Miadaira, diretor de Marketing da empresa, assinala que a participação na feira da APAS (Associação Paulista de Supermercados) e ANUGA (Cologne, Alemanha) foram essenciais para firmar negócios internacionais.